Ligação rodoviária insular da Cotinga.
Solução para viabilizar o porto de Pontal do Paraná.
Wallace Requião de Mello e Silva.
Ainda que os técnicos gritem, a ligação rodoviária insular, ligando o porto de Paranaguá ao porto de Pontal se apresenta como a melhor das opções. Desde a década de 70, que o acesso rodoviário ao desejado Porto de Pontal do Paraná, antigo Pontal do Sul, tornou-se o grande entrave de sua viabilização. Hoje, para se chegar ao porto é preciso um desvio, para Praia de Leste, e dali ate Pontal. Não é nada, são 44 quilômetros se partirmos de Paranaguá, sendo que de Praia de Leste ate Pontal o trecho corre em área urbana densamente povoada. Outros governos já tentaram e propuseram soluções diferentes, como uma via de transporte paralela ao canal de dentro (como o chamam os moradores) partindo da ponte próxima ao guarda rodoviário, e acompanhando o canal ate Pontal. Todavia a compactação do solo e a adaptação do trecho já existente não são obra barata. O que estamos propondo, não é barato, mas é ideal e não me parece impossível tecnicamente. Ë uma obra de engenharia importante , que, entre outras vantagens, valorizaria o visual do nosso litoral. Seguindo com o raciocínio. Depois do terminal portuário de veículos, em Paranaguá, existem duas pequenas ilhotas entre o continente e a ilha da Cotinga. Propomos a construção de uma ponte, ligando Paranaguá à ilha da Cotinga, servindo-se dessas duas ilhotas como apoio intermediário. O vão entre a ilha da Cotinga e o continente é de aproximadamente 1200 metros. Correndo pelo lado interno da Cotinga o caminho rodoviário avança para Leste ate cruzar novamente da ilha para o continente, em um vão aproximado de 800 metros, ligando a Cotinga ao continente, proximamente ao Pontal do Poço, onde se realiza obras do Porto de Pontal, mais precisamente o terminal de estaleiros da Petrobrás. A obra pode ser financiada pelos futuros usuários do novo porto, ou financiada pelo Governo do Estado e ou pedagiada. A ligação assim proposta, dista um porto do outro em apenas 8,5 quilômetros com uma profundidade media para os pilotis das duas pontes de 9 metros. Isso feito desvia totalmente o fluxo de caminhões das áreas urbanas, evitando um trafego previsto de cerca de 1900 caminhões dia.
No meu entender, mesmo que haja legislações contraditórias para a viabilização dessa ligação insular entre portos, como a lei dos mangues, os resultados econômicos para o Paraná serão surpreendentes. A oferta de empregos, para o nosso litoral, ou o volume de arrecadação para os municípios, promete um desenvolvimento considerável para os próximos cinco anos se a obra for aceita pelos deputados e pelo governo estadual. Nem é preciso lembrar o incremento da movimentação de cargas. Hoje Paranaguá com apenas dois quilômetros de embarcadouro e um máximo de dezessete navios ancorados, movimenta a metade da tonelagem do porto de Santos, o maior porto do país, que permite a atracagem de sessenta navios e possui oito quilômetros de atracadouro. Ou seja, com um quarto de porto, movimentamos a metade da tonelagem de Santos. Com o incremento da área portuária do Pontal e melhoria em Antonina, e ainda o aterro do Cais Oeste, o Paraná estará em curtíssimo prazo disputando a primeira colocação entre todos os portos do Brasil.
E os caranguejos, tão ameaçados nos manguezais, serão esquecidos pelos pescadores locais, que empregados no novo porto podem abrir mão de capturá-los como alternativa de sobrevivência, deixando que proliferem à vontade. O próprio manguezal não será atingido com grande impacto se a estrada for suspensa. O único cuidado é o cuidado ambiental com a movimentação portuária, que não seja proibitiva mas prudente.
Wallace Requião de Mello e Silva.
Deus é um só!
Há 8 anos
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