sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Que interesses envolvem os indios na Amazônia?

A MÁFIA ANGLO SAXÔNICA DOS NATIVOS

Entre os rios Xeruã, afluente do Juruá, e Cuniuá, afluente do Tapauá (por sua vez afluente do Purus), numa área localizada a mais de 1.000 quilômetros de Manaus, em linha reta, vivem 361 nativos brasileiros da tribo ”“Deni” (segundo dados do Anuário Estatístico do Brasil, IBGE, 1997).
Usando os mesmos “critérios metafísicos” que resultaram na concessão de 9.664.975 hectares para abrigar 6.706 “Yanomamis”, os nossos irmãos da tribo “ Deni ” foram aquinhoados com uma área de 998.400 hectares para seu uso exclusivo .
Acontece que, até agora, essa reserva descomunal não chegou a ser demarcada, provavelmente por falta de recursos financeiros para a execução da tarefa.
Segundo notícias chegadas de Manaus, os silvícolas “Deni” cansados de esperar a ação governamental, resolveram demarcar unilateralmente as suas terras, que dizem medir 1,53 milhão de hectares, inclusive porque se sentem ameaçados pela madeireira “WTK”, da Malásia, e sua subsidiária “brasileira” Amaplac, que juntas adquiriram 313 mil hectares na região, dos quais 150 mil no interior da reserva reclamada pela tribo.
Não possuindo experiência para executar fisicamente a demarcação, os “Deni” pediram auxílio à uma organização governamental estrangeira, o “Greenpeace”, famosa por se intrometer em assuntos de outros países, enquanto mantém os olhos fechados para os desmandos cometidos pelo respectivo país de origem.
Para interferir nas demarcações, o navio “Artic Sunrise”, do “Greenpeace”, atracou em Manaus no dia 9 de setembro, de onde suspendeu no dia 20 do mesmo mês, demandando a área onde se encontram os “Deni”.
A bordo do navio estrangeiro viajam o cacique Haku Varashadeni, da tribo em questão, dirigentes da “Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – COIAB”, representantes do “Conselho Indigenista Missionário – CIMI” e da “Operação Amazônia Nativa – OPAN”, todos reunidos para respaldar a ação da “Máfia Anglo-Saxônica dos Nativos”, um segmento da “Máfia Verde”, que atua no sentido de promover a cizânia entre os nativos dos países subdesenvolvidos, todavia ricos em recursos naturais.
Interessante repetir as palavras do Senhor Nilo D’ Ávila, do “Greenpeace”, responsável pelo “Projeto Deni”: “O Governo brasileiro não cumpriu o compromisso constitucional de demarcar todas as terras indígenas do País até 1993. É dever de todos nós apoiar a luta dos “Deni” e dos demais povos indígenas pela preservação de seus territórios e cultura tradicionais”.
Diante de tanta insolência, é válido perguntar:
- Onde se esconde o conceito de soberania nesses tempos bicudos do neoliberalismo caboclo?
- Será que já não há mais nenhuma autoridade, no Brasil, capaz de impedir a incursão de corsários inimigos bem no interior do país, em águas sob soberania exclusiva do Brasil, para incentivar sentimentos separatistas?
- É válido autorizar a venda de imóveis rurais para empresas estrangeiras que já devastaram metade das florestas tropicais úmidas da Ásia e, agora, dispõem-se a repetir a façanha na Amazônia brasileira?

É aí que se manifesta a diferença abissal que existe entre o procedimento dos “cidadãos do mundo”, meros representantes do “Império” no Brasil, e os nacionalistas, isto é, aqueles que dão prioridade absoluta a tudo quanto é próprio da Nação à qual se pertence.
Pensamento nacionalista foi aquele do Padre Antônio Vieira, quando percebeu a simpatia dos Tamoios em relação aos invasores franceses. Tratou logo de mostrar aos nativos que estes “não queriam o nosso bem, mas sim os nossos bens”.
Atitude nacionalista foi aquela do seringueiro cearense Eduardo Nogueira Angelim, segundo Presidente “Cabano” do Grão-Pará, ao repelir, com veemência, a proposta iníqua de oficial inglês, comandante de uma força naval, por “mera coincidência” fundeada na Baia de Guajará, ao largo de Belém, para que proclamasse a independência da Amazônia, sob a proteção da Inglaterra, que lhe garantiria a chefia do novo Estado. A resposta de Angelim foi curta e seca: “não trairei nunca a minha pátria e jamais trocarei o nome de cidadão brasileiro, com o qual sinto-me enobrecido”.
Reação nacionalista foi aquela do Presidente Floriano Peixoto quando consultado por representante do “Corpo Diplomático” sobre como receberia o desembarque de pequenos contingentes estrangeiros no Rio de Janeiro, para proteger os seus respectivos nacionais, contra os riscos a que poderiam estar sujeitos devido à “Revolta da Armada”.
“À bala !”, respondeu-lhe o alagoano de boa têmpera!
Tal deveria ter sido a resposta do Ministério das Relações Exteriores, assessorado pelo Ministério da Defesa, ao pedido do “Greenpeace” para navegar em águas interiores nacionais, quaisquer que fossem as alegações para tal incursão.
Tal deveria ter sido a resposta dos responsáveis por questões fundiárias à simples tentativa de aquisição de glebas rurais por estrangeiros mal intencionados. Mormente na Amazônia ainda despovoada.
Dia virá, todavia, em que todos os nacionalistas estarão alinhados no mesmo lado do Padre Antônio Vieira, do Presidente “Cabano” do “Grão-Pará”, Eduardo Nogueira Angelim, do Marechal Floriano Peixoto e de tantos outros nomes igualmente ilustres “que por suas obras valorosas se vão da lei da morte libertando”. Quando tal união ocorrer, todos os “vendilhões da pátria” serão devidamente defenestrados dos postos de mando que vêm ocupando.
Daí por diante, inverter-se-á o rumo adotado para a condução dos negócios de Estado e ninguém mais, aqui dentro, ousará conspirar contra o povo e o Estado brasileiros.
“Brasil acima de tudo, sob a proteção de Deus!”

ROBERTO GAMA e SILVA
Almirante Reformado
Presidente da “Comissão Executiva Nacional Provisória”
Partido Nacionalista Democrático
Rio de Janeiro, em 4 de outubro de 2001

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