sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Para você ler, pensar, discordar ou concordar.

Ong e Oscips ferramentas de demolição dos Estados Nacionais.

Desde que as nações ricas e poderosas da terra, principalmente aquelas que exploraram inescrupulosamente as riquezas naturais da África, passaram a arquitetar, após as duas grandes guerras, modos e maneiras de corromper os Estados Nacionais, e desse modo o conceito de soberania territorial, pois são elas absolutamente dependentes de matéria prima, muitas foram às estratégias testadas como balões de ensaio. A Primeira delas, proposta pelas nações ricas foi à necessidade de fundir grupos de nações em comunidades econômicas submetidas a uma lei geral, fato com o qual esperavam criar uma tendência a aceitar um governo mundial. Desta estratégia encontramos um testemunho claro na Constituição Federal do Brasil, artigo 4 parágrafo único: “A Republica Federativa do Brasil buscará a integração política, social e cultural dos povos da América Latina, visando a formação de uma comunidade latino-americana de nações”. Depois um governo único latino-americano. Como conseqüência teve na América Latina uma serie de “tijolos”, para a construção de um governo mundial tais como: Pacto Andino, MERCOSUL, ALCA etc. A segunda, mais eficiente e sutil, foi a política ambiental, pois essa cria uma legislação que permite a intervenção dos países ricos sobre o uso do solo de países soberanos em nome da preservação ambiental, ou seja, interfere-se gradativamente na liberdade de uso das riquezas naturais de um Estado Soberano. Nesse pacote veio a noção de “Patrimônio da Humanidade”. Ela foi introduzida em primeiro lugar pela necessidade de preservar sítios históricos, os chamados tombamentos, da UNESCO por exemplo. Hoje, quem quiser pesquisar, encontrará provas seguras de intervenção sobre o uso do solo dentro da Comunidade Européia, (Portugal, por exemplo, já não usa o seu território com liberdade) esse outro bloco de construção de um governo único e mundial. Em terceiro lugar foi à criação conjunta das ONGS e OSCIPES com a dita democratização e universalização dos meios de comunicação. Não para que as nações pobres se comunicassem com as ricas, mas para as ricas venderem a ideologia corruptora dos Estados Nacionais. Ora, criteriosamente toda firma ou empresa privada nacional é em ultima analise uma organização não governamental, todavia restringe-se sua ação à lei fiscal e aos limites impostos pelos estados nacionais, no escopo de suas leis, de tal modo a defender os interesses das nações livres e soberanas. As ONGS (organizações não governamentais) são o fruto de laboratório e de uma figura jurídica internacional, que foge aos regimes fiscais e aos interesses nacionais, criando a tendência ao governo único, ou ao desgoverno único, e permite ate mesmo o ingresso de capital estrangeiro e compra de áreas de terra por potências estrangeiras dentro de territórios soberanos de Estados Nacionais, minando gradativamente a sua soberania, sem tiros, sem alarde. O mesmo se diga das OSCIPs, (Organizações da Sociedade Civis de Interesse Publico) que são apresentadas como mais uma alternativa para o terceiro setor. Se considerarmos que os Estados Nacionais vivem dos impostos dos cidadãos, todo o dispositivo criado para a sonegação fiscal enfraquece o poder do estado, incluindo os recursos para manter as suas forças armadas, garantia militar de suas soberanias territoriais. É justamente aí que entram as ONGS, burlando ate mesmo os mais elementares direitos trabalhistas, operando salários fora do regime fiscal e trabalhista brasileiro. Mas ate onde tem efeito uma lei nacional? Dentro do território nacional. Como você vê vamos transferindo a jurisdição nacional para esferas internacionais, onde o julgamento não será feito na antiga “Liga das Nações”, ou na “ONU”, sua natural conseqüência, pois ambas fizeram parte deste mesmo projeto imperialista e globalizante, mas serão julgadas pelos donos do capital internacional, gerido por um grupo, objetivamente identificável. Ora, as nações ricas, por exemplo, não assinaram o tratado de Kioto, para reduzir a produção e a poluição, porque não podem parar e precisam dos minerais e fontes energéticas de outros países, riquezas pelas quais não querem pagar ou depender politicamente, mas apenas tomar sem restrições de fronteiras. Todavia algumas nações, em suas atitudes, denunciam providencialmente a inviabilidade de um mundo sem fronteiras, pois as fronteiras garantem a liberdade dos povos, garantindo a jurisdição de suas leis, portanto de seus costumes, de sua história e tradições nacionais. A lei nacional impera dentro do território nacional e isso nos garante a liberdade e o principio da não intervenção.
Enquanto o cinema, orquestrado pelo mesmo grupo, empresta argumentos às leis, ditas “Espaciais”, ou seja, normas hipotéticas de guerras entre planetas induzindo a união global contra um inimigo espacial comum (ao mais perfeito estilo de Maquiavel), nós assistimos Israel, por exemplo, construindo um muro de concreto para separar-se de palestinos. Ou os EUA servindo de braço armado de companhias petrolíferas invadindo o Iraque para lhe tomar o vital petróleo.
Um governo mundial será a oficialização global da injustiça social e fim das liberdades individuais. Todos os povos e nações deverão viver sob um regime ideológico único, uma mesma fé, um mesmo sistema financeiro cuja “moeda” será emitida pelo governo mundial, um mesmo costume, e quem ousar contrapor-se serão considerados TERRORISTAS. Os países ricos não se desarmam, os pobres vêm seus exércitos sucatados por falta de recursos que são sangrados até as raízes através de dividas externam impagáveis, assistem o desvio de suas riquezas naturais, enquanto sofrem o desarmamento das suas populações civis e militares. Os ricos se armam, não só de poderosas armas de destruição ao estilo de uma policia internacional, mas também de tecnologia de prospecção e identificação e produção das riquezas. Verdadeiro colonialismo imperialista.
Se tomarmos como base o que foi feito na África pelas nações ocidentais e algumas orientais, não podemos ter uma mínima esperança de justiça social num regime de governo Mundial, pois da África tiraram e continuam tirando tudo sem a mínima preocupação dos povos que ali vivem.
Os últimos conflitos mundiais também apontam diretamente para essa realidade. Esse é o quadro nada sutil da “exploração voraz sem fronteiras” em um “mundo sem fronteiras” da chamada economia global. A única fronteira que permanecerá é a que distingue os ricos dos pobres. Os poderosos dos subservientes.

Wallace Requião de Mello e Silva.

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