domingo, 28 de junho de 2009

Uma voz que clama no deserto por justiça e liberdade.

Uma voz que clama no deserto.
Demorei um pouco para entender todo o alcance dos programas de desenvolvimento da agricultura familiar e orgânica. A coisa é muito seria e trata-se de uma estratégia de resistência às ideologias de domínio. Os homens, enquanto massas populacionais têm sido controladas de diversas maneiras. Antes de expressar como são controladas as massas, é preciso estabelecer uma linha de compreensão sobre os monopólios. A palavra monopólio, diz respeito ao comercio de um só, no caso um só grupo, capital, ou povo. Monopolizar, nada mais é do que conduzir as riquezas e acumulá-las em um mesmo ponto, ou seja, em um pequeno numero de mãos que as possuem. Um grupo assim constituído possuí então a soberania (de poder soberano, real) sobre as riquezas monopolizadas. Isso não significa apenas riqueza, fartura, significa que o monopólio procura dominar, controlar os homens, para a perpetuação desse poder soberano sobre as massas humanas. Os homens são os produtores e consumidores das riquezas que necessitam da intervenção humana. Então, numa perspectiva de domínio, primeiro é preciso fazer com que os homens se desvinculem das riquezas naturais, e é preciso fazê-los dependentes de riquezas transformadas pelo homem, pois as riquezas naturais tornam o homem livre, e as beneficiadas tornam o homem escravo do comercio, e este vai sendo monopolizado por um grupo qualquer.
Alimentos naturais versos alimentos beneficiados, e agora patenteados através de engenharia genética criando domínio sobre sementes e sobre os alimentos e insumos.
Território: o monopólio quer o uso comercial de todos os territórios e sua riquezas orgânicas ou não, por isso antevê e trabalha na aglutinação de mega cidades de dependência, onde os homens se tornam escravos do comércio feroz.
Energia:domínio comercial sobre as fontes de energia, pelo controle da tecnologia, leis que impeçam a geração de energia própria e apropriada, monopólio de produção e distribuição.
Água: histórico bem natural fora do comercio, foi aos poucos sendo transformado em bem de comercio à medida que as águas foram sendo contaminadas pelas concentrações urbanas (outro aspecto do monopólio de comercio) e pelo excessivo uso de venenos como uma conseqüência de monocultura de controle.
Mídia: informação e comunicação, esse conjunto de estratégias tem sido usada para monopolizar a liberdade de pensar e se comunicar das pessoas, e sobre tudo controlar comercialmente o direito de ir e vir dos homens. Uma só ideologia que vai construindo a “consciência de dependência", de impotência comercial, de necessidade de consumo de riquezas proprietária e industrializadas. Toda a ação libertaria deve ser combatida.
Na contra mão, todos percebemos que o monopólio estatal, visava em princípio o controle e a regulação dos mercados para a garantia da liberdade e bem comum. Isso em tese. Pois muitas vezes, manipulados os políticos, usam o monopólio estatal para aplainar e aglutinar os mercados, para os interesses desses grupos monopolistas ditos privados, e aquilo que deveria ser garantia dos direitos de liberdade e soberania popular, passam a ser instrumento de escravização e dependência escrava.
O ar: o ultimo dos bens naturais consumidos fora do comércio. Começa a ser quantificado e comercializado através do "resgate do carbono”, e esse suporte ideológico, introduz a idéia de valor comercial da qualidade do ar, é só o principio.
Assim os homens têm sido controlados: 1) Pela monopolização da Comida e do Território. (2) pela monopolização comercial das fontes energéticas e frustração de todas as estratégias de democratização da criação de “geradores livres do monopólio”.3) do controle universal das ideologias pelo monopólio e controle da Mídia e dos meios de comunicação.
Ora, eu não sou homem de muita imaginação, mas prevejo uma escravidão brutal no que esta sendo proposto para a humanidade, uma escravidão sem igual, onde os homens já nascerão devendo ao monopólio o fato de terem nascido, de respirar, de beber, de comer e pagarão para servir.
Nesse contexto compreendi melhor o Programa de Resistência Soberana da Agricultura Familiar e Orgânica.
Em Foz do Iguaçu, no dia comemorativo de São João Batista, padroeiro daquela cidade, pude perceber no encontro, na feira de Sabores do Paraná, podia-se ouvir a Voz que clama no deserto. A Voz que propaga a liberdade territorial, e a agricultura livre do monopólio e dos insumos químicos.
Claro que o mundo “mono-Industrializado” teme a perda desse "seguimento territorial" já em vias de proposital desaparecimento, incorporação ao processo de dependência, e conseqüente escravidão.
O ar vem sendo contaminado, não pelas queimadas , mas sim, pelos motores e chaminés fabris. A água não é contaminada pelos dejetos dos animais e homens em liberdade espacial, mas 95% de sua poluição vêm do uso massivo de agrotóxicos em monocultoras extensivas, e do esgoto não tratado das cidades, que não significa apenas fezes, mas detergentes, resíduos industriais, materiais plásticos, compostos químicos etc.
Ora, um esforço de um Governo (representando o Bem Comum de seu povo) na viabilização, de investimentos no tratamento dos esgotos urbanos, e na radical diminuição do uso dos agrotóxicos, não só melhora o uso natural das águas, mas liberta da dependência tecnológica e comercial.
Os mantenedores dos monopólios vêem isso como um perigo, e pelo controle da mídia vem manipulando as opiniões. As Agriculturas familiares mantêm as famílias no campo. Preserva a terra numa distribuição populacional razoável garantindo uma densidade demografia adequada a liberdade humana. Impede que grandes capitais de domínios se apossem gradativamente de todo o território agricultável.
Ora ,mas pequenas propriedades não produzem em escala monopolista; não atendem os interesses das grandes cidades dirão os monopolistas, não tem mercado para gerar prosperidade, dirão. Se entendermos o Estado como a maior das cooperativas de defesa da soberania e liberdade do povo, podemos ver que o poder público tem sim ferramentas e ações que viabilizem a redistribuição das populações pelo imenso território brasileiro, a começar no nosso caso, pelo Paraná.
A rede escolar possui 2.500.000 alunos, que podem consumir produção orgânica.
As estruturas públicas têm capacidade de armazenar a produção familiar.
Uma rede de feiras e logística de comercialização pública vem sendo desenvolvida.
Isso, significa, se você entendeu, garantias públicas, da soberania territorial.
Garantia de Liberdade e Saúde.

sábado, 27 de junho de 2009

Aeroporto Municipal de Paranaguá.

Aeroporto Municipal de Paranaguá.

O aeroporto de Paranaguá é estratégico, tanto para os negócios portuários, como para o turismo. Ele já sofreu diversas inversões por parte do governo do estado, todavia encontra-se, mais uma vez, completamente abandonado. Tive o trabalho de ir fotografá-lo, para mostrar ao leitor o péssimo estado em que se encontra mesmo depois da ultima reforma (esta na pista).
Os parnaguaras dizem que ninguém usa o aeroporto, e que aquela área deveria ser destinada a construção civil para oferta de moradias. Visão curta, pobre, atendendo interesses de empresários locais.
De fato, há um projeto de retirar o aeroporto do município de Paranaguá transferindo-o para Pontal do Paraná, mas esse novo projeto também dependeria da viabilidade do Porto de Pontal, que a meu ver deveria ser num primeiro momento Porto Turístico. Mas enquanto essas coisas não se resolvem, temos uma realidade, um aeroporto abandonado, e uma área que se liberada fosse, deveria atender em primeiro lugar aos interesses do Porto de Paranaguá, que é à base da vida econômica daquela cidade.
Um cidadão ligado a administração municipal chegou a me dizer o seguinte: “o governador quer que o município gaste na manutenção do aeroporto, pague vigias, só para ele descer aqui duas ou três vezes ao ano.” Incrível a falta de visão desse administrador.
O aeroporto deve interessar em primeiro lugar a cidade, ao porto, aos operadores portuários, à "Segurança Publica", e ao novo terminal para navios de Antonina ou Paranaguá.
O que não se pergunta, é: Por que, não se usa o aeroporto de Paranaguá?
Um avião é um patrimônio caro, quanto maior e mais seguro, como os utilizados em linhas comerciais, maior seu valor patrimonial e mais necessidades de segurança têm, pois carregam muitas vidas em vôos freqüentes. Aviões privados ficam dias na pista.
Paranaguá não tem hangares, portanto, avião privado, ou de uso comercial empresarial, no seu tempo de permanência, fica exposto ao tempo e a maresia. Nem mesmo vigias há no aeroporto de Paranaguá. Aviões expostos ao tempo, largados nas pistas estão ao alcance de vândalos e de crianças curiosas. Equipamentos de segurança de vôo do avião podem ser avariados por crianças e vândalos. Não há abastecimento. Não há destacamento de combate ao fogo. Não há torre nem auxílio radio. Á noite se há iluminação de pista e sinalização ela fica apagada. Podem-se ver animais na pista, pois os alambrados estão rompidos. A sala de recepção não tem assentos, bancos ou serviços... Portanto como esperar o uso freqüente de uma pista nestas condições. Não há oficina mecânica ou mecânico, nem sinaleiros de pista para taxiamento das aeronaves e estacionamento, ou seja, carência de tudo que diga respeito à segurança. Sequer existe uma biruta para um avião pequeno saber em que direção sopra o vento ao nível do pouso.

Soluções?

Espaço há. Onde hoje existe uma pista de MotoCross, poder-se- ia construir um grande e moderno Hangar. Isso permitiria a permanência, o pernoite seguro, a alguns serviços na aeronave. Isso também poderia viabilizar um aeroclube. Uma oficina de serviços e estrutura de abastecimento seguro é fundamental. E um pequeno trator para manobras reboque dos aviões e manutenção do gramado é fundamental . Incrível é que esse abandono está ao lado de um destacamento da Policia Militar ( e um depósito de veículos apreendidos nos acidentes de transito no município de Paranaguá).

Eu me pergunto: esses militares não poderiam estar envolvidos, na segurança do aeroporto municipal?
Um Corpo de Bombeiros Comunitário, com sua presença viva, não atenderia também a segurança do vôo e a manutenção da pista? Ou não?

Assim na outra margem da pista, um futuro posto de abastecimento, que de um lado ( para a avenida) atenderia automóveis, e do outro, para o interior da área, as aeronaves, e alguns dos serviços necessários ás aeronaves, com seus combustíveis e cuidados característicos.

A torre mirante de Paranaguá, tão falada e nunca construída, que serviria para sinalização e segurança portuária, poderia também atender o controle de vôo. Isso apenas para vincular os interesses comuns do Porto com a integração de transportes, marítimo, aéreo, ferroviário e rodoviário. O porto deveria ter interesse na melhoria do aeroporto de Paranaguá e lhe destinar recursos. (O pedágio, como pequeno remédio aos seus abusos) deveria destinar verbas previstas em lei para a manutenção do aeroporto, por exemplo.
Um posto de Bombeiros Comunitários, como ja dissemos, instalado na linha marginal entre a avenida de acesso, e o espaço interno do aeroporto, com interface dupla, atendendo a pista e a comunidade, faria o atendimento comunitário, e o atendimento de proteção ao vôo.

Bem, já começamos a ter um delineamento de um aeroporto de verdade. Os detalhes, necessariamente apresentados ao (DAC) naquilo que diz respeito às normas de segurança de vôo, uso e condução de aeronaves, sinalização e equipamentos, e controle de mercadorias (alfândega) completariam o quadro, oferecendo a Paranaguá mais essa infra-estruturar de desenvolvimento e integração comercial e turística.


O que não pode acontecer é ficar abandonado, em mãos de pessoas que nada entendem das possibilidades da aviação privada e comercial, nem ao menos estão interessadas no desenvolvimento do estado do Paraná.
Quem sabe, por ser área de fronteira marítima, de interesse à segurança nacional, ele não possa ser federalizado?

Afinal ninguém sabe se pequenas avionetas, descem ali para apanhar ou trazer pequenas quantidades de drogas, por exemplo, que desembarquem ou embarquem nos navios.

Uma pista de pouso litorânea no maior exportador de grãos do país; e às margens de um dos mais importantes portos marítimos do Brasil, jaz abandonada, para que “usuários” esporádicos façam dela uso para pouso críticos, sem controle, segurança ou policiamento.

Porém, não se culpe apenas a imprevidência do poder público municipal, pois foram os parnaguaras, sim os cidadãos de Paranaguá que foram lá, quebrar os vidros, romper os alambrados, roubar os bancos, as portas, o material eletrico.
Paranaguá tem boas rádios, tem ate televisão, tem escolas, nada impede que ensinem à população da cidade a importância de se possuir um aeroporto em condições de funcionamento, pois, apenas para lembrar, nos muitos acidentes graves que ao longo dos anos ocorreram em Paranaguá, foi por aquela pista que o socorro mais rápido veio, e sempre pelos ares.

wallacereq@gmail.com.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A Terra do Príncipe da Paz.


A cruzada pacífica.

Eclode pontualmente em diversos pontos do globo a consciência da necessidade de uma cruzada pacífica, aventura única nesse século.
Cristãos de todos os quadrantes percebem que não é possível que o território onde nasceu e viveu o Príncipe da Paz, Jesus Cristo nosso Senhor, seja um continuo nó de discórdias, homicídios, inveja e racismo. Cristãos se movimentam para invadir pacificamente a Terra Santa, para colocar assim um ponto final naquele foco de conflitos que é nítida e insofismavelmente o germe de uma terceira Guerra Mundial.
Criado o Estado de Israel em 1948, sessenta e um anos atrás, os judeus do mundo todo, que hoje se aproximam de (dezoito milhões) não se coçaram, e não voltaram para a Terra da Promessa. Ora, mas por quê, devemos perguntar? Porque Israel é um Estado Inviável que necessita do aporte das contribuições de judeus enraizados em todos os negócios do mundo. A Palestina, e os palestinos sim viabilizam o seu Estado, um estado pobre, de uma pobreza quase evangélica, muito de acordo com a vocação do solo pátrio. Agora o Orgulhoso Israel, ( Que se diz o Dono do Pedaço segundo a Velha Aliança) para ser aquele “modelo” apregoado pelo Sionismo, não se suporta sozinho, com o trabalho das mãos de judeus, na terra pela qual "lutam" tanto, mas não ocupam.
Ora se eles não querem ir para Israel, mas eles exigem a manutenção de orgulhoso conflito, assim, nós cristãos começamos a pensar na necessidade de migrar aos milhões para possibilitar a paz na terra do Príncipe da Paz.
Essa a Cruzada pacífica. A grande Missão do Século. O desembarque na Palestina, na Siria, no Líbano, enfim nas fronteiras de Israel incluindo as fronteiras marítimas. Se o Orgulho de Israel impedir a entrada de Cristãos, ou combatê-los pelas armas, as nações origem desses cristãos reagirão pela força em defesa de seus cidadãos livres, e tomaremos Israel para o bem e paz no mundo.
Ninguém suporta mais esse discurso de perseguidos, sendo eles os perseguidores implacáveis, articuladores de revoluções e negociatas universais, que estão levando os sistemas políticos e as soberanias nacionais ao caos. Ninguém perseguira judeu, nem cerceará seus movimentos, nem sua fé ou direito de ir e vir, apenas habitaremos a Terra Santa, retiraremos de lá as armas e soldados, ( não os judeus que lá quizerm ficar) e daremos àquele território à expressão de sua vocação maior, uma republica de Culto a Deus, o Deus da Paz, o Deus Único, O Deus de Abraão, de Moisés, o pai de Jesus Cristo Nosso Senhor o Verbo Encarnado, a segunda pessoa da Santíssima Trindade, criadora de todos os homens, o Deus Uno e Trino da Nova Aliança do Universalismo e da irmandade humana.
Eu não estou inventando isso. Correntes cristãs já arrecadam recursos para tal intento, a Grande Caminhada do Século, a marcha pacífica para a Terra de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Você não ouviu falar? Então acorde, pois já esta ouvindo algo, não é mesmo? O mundo Cristão reivindica a TERRA DE CRISTO. A TERRA mãe da NOVA ALIANÇA. A Terra dos Evangelhos.
A Amazônia é terra de Paz, terra brasileira, soberana, entenda quem tenha ouvidos para ouvir.
wallacereq@gmail.com

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Capela ou restaurante?

Novo espaço no Palácio das Araucárias.
Com o falecimento do ex. Secretário de Justiça do Paraná, Advogado Goyá Campos, o Palácio das Araucárias ofertou pela primeira vez um amplo espaço como capela mortuária em homenagem ao velho guerreiro. Goyá foi a primeira pessoa e primeira autoridade a ser velada no Palácio das Araucárias.
Durante o velório algumas pessoas sugeriam que aquele espaço amplo, sem colunas, envidraçado e atendido por amplo terraço externo, deveria tornar-se um restaurante para atendimento dos palacianos em geral, num convenio com o SESC. Outros, no entanto lembravam que o Palácio das Araucárias, hoje sede do governo estadual em substituição do Palácio Iguassu (Iguaçu) que esta em reformas, possui como aquele uma capelania e um capelão. Ora, sugerimos ao governador que considere essas sugestões, ou que divida o espaço em dois ambientes, pois uma capela, com terraço aberto, e missa aberta aos moradores do Centro Cívico em Curitiba, cumpriria os mais altos desígnios da capelania, além de estimular a visitação ao novo Palácio.
De qualquer modo, a exemplo do anfiteatro Mario Lobo, aquela ampla sala deverá ser chamada, sala, restaurante, ou capela Goyá Campos. É a nossa atenta observação das conversas e conseqüente sugestão.

Campo bem habitado solução soberana.

A expansão da cidade e o êxodo rural.
Não há dúvida alguma de que o grande crescimento das cidades não é reflexo da explosão demográfica urbana (no sentido do nascimento de crianças), mas é fruto em maior proporção das migrações internas do campo para a vida urbana. Quais as razões?
1) Oferta de serviço de saúde.
2) Ausência de escolas e livros.
3) Pequena oferta de emprego, perspectiva e mobilidade social rígida no campo;
4) Pouca oferta de serviços básicos como saneamento, água encanada, luz elétrica, telefonia; segurança.
5) Esperança de que a vida urbana nos oferte escolaridade e oportunidade de emprego, moradia e serviços básicos.
6) Mecanização do campo, e extinção das pequenas propriedades,
7) Drenagem do Exercito, que atrai os jovens para as cidades, e as universidades que concentram nos centros urbanos os seus campi.
8) A desigualdade entre o número de mulheres e homens no campo.
9) A reserva de áreas imensas para a agricultura de exportação (commodities).
10) Estratégias internacionais de reservas de áreas não soberanas, desabitadas, para exploração de minerais, produção de comida, e expansão colonial ou imperialista.


Quanto maior a cidade, maior os problemas e maiores os recursos públicos necessários para sua manutenção e expansão; problemas insolúveis vão se desenvolvendo e poderiam ser evitados com o cerceamento da expansão urbana. Por exemplo: Lixo e sua destinação; Água e seu tratamento; Esgoto e sua destinação; Enorme necessidade de uso de combustíveis fósseis; Espaços públicos cada vez mais escassos e difíceis; Baixa qualidade do ar.
Ora, se não queremos controlar a liberdade de ir e vir, nem cercear a concepção, deveremos apresentar, em razão dos motivos elencados acima, soluções que permitam o surgimento de vilas e cidades menores, e melhor distribuição das populações no território nacional.
1)Fortalecimento da agricultura familiar nos cinturões do entorno das cidades. Isso retarda a expansão imobiliária, produz alimentos de qualidade ( o homem não vive só de soja e milho), e fixa considerável numero de brasileiros na vida rural.
2) Melhorar a oferta de equipamentos de saúde nas zonas rurais;
3)Ofertar escolas agrícolas e profissionalizantes em áreas agrícolas, e bibliotecas;
4) Ampliar e normatizar as profissões rurais, dando lhes mobilidade social e perspectiva de melhoria pessoal e familiar;
5) Investir em infra-estrutura de eletricidade, comunicação, saneamento e abastecimento de água tratada.
6) Se possível descentralizar os Quartéis, as Universidades, e as escolas de nível médio.
7) Tratar diferentemente as propriedades de produção de monocultura e mecanizadas e subsidiar as pequenas propriedades através de serviços públicos, para viabilizar esse sistema cooperado;ofertando patrulha rural, manutenção rodoviária vicinal.
8) Estabelecer as festas entre comunidades rurais diferentes e distantes, de modo a propiciar casamentos e uniões de gente habituada ao meio rural.
9) Combater a concentração (monopólio de culturas agrícolas e pecuárias), permitindo sob concentração de esforços a sobrevivência técnica de pequenas e médias propriedades, de modo que o consumo seja em primeiro lugar interno;
10) combater todos os esquemas de reserva técnica internacional de áreas, mesmo as fundadas em teorias ambientais, mineração, água, energia, etc. A Soberania (liberdade de escolha do uso do território nacional e interesses do bem comum nacional, se sobreponha ao interesses estrangeiros, qualquer que sejam).
A tecnologia de comunicação hoje existente e disponível pode viabilizar a necessária comunicação comercial e a formação escolar e técnica à distancia. O território nacional todo habitado, com "razões" populacionais racionais e garantidoras da qualidade de vida, preservação de meio ambiente, e sobrevivência de flora e fauna, hoje é possível.
Temos oito mil quilômetros de costa marinha, e temos um percentual baixíssimo de profissões marinhas, e isso pode ser corrigido, pois o mar territorial brasileiro é mais inexplorado que a Amazônia.
Os meios de comunicação devem se esforçar em produzir uma nova imagem do homem ligado as coisas do campo, à agroindústria de beneficiamento, e aos empreendedores e mantenedores de infra-estrutura. O país inteiro precisa ser habitado, preservado, e respeitado em sua sustentabilidade ambiental.
O país precisa ressuscitar e desenvolver infra-estrutura e tecnologia ferroviária, aérea, fluvial e marítima.
O país precisa repensar o papel das forças armadas, como instrumento da formação nacional, patriótica, militar de defesa, militar de solidariedade social, militar de garantia da paz armada. Ou seja, estar pronta como nação a defender seus interesses e a paz interna ou externa, e investir no setor.
O país tem como qualquer individuo alguma responsabilidade com o próximo, alguma responsabilidade solidária com os países vizinhos e contíguos ao solo pátrio em primeiro lugar, estabelecendo relações comerciais, militares, educacionais e colaboracionais nos mais diversos níveis.
O país precisa desenvolver cultura de preservação e respeito aos rios, pois a água é vital para todos os seres vivos, e deve ser quase reverente à qualidade do ar, pois esse é ainda mais vital para os seres vivos.
Assim como não se abate em uma festa todos os bois de uma propriedade, nem se consome todas as sementes ou se come todas as aves, não podemos continuar derrubando todas as árvores, sujando todos os rios, cavando o solo irresponsavelmente, sem nada substituir, sem nada acrescentar, sem nada plantar, sem nada querer dividir na ganância da vida.
Finalizando: se é verdade que nem todos nasceram com dons iguais, e nem todos estão destinados à riqueza, também é verdade que nem todos estão destinados a miséria ou a uma vida sofrível, pois todos estão obrigados ao amor e a solidariedade. Se as aves, animais e flora são cooperadores da vida, muito maior verdade é que os homens são cooperadores entre si. Quando o Brasil compreender que o seu mercado interno é viável, compreenderá simultaneamente que para haverem consumidores, as riquezas devem circular internamente de modo a que todos os brasileiros tenham num ou noutro momento a dignidade e orgulho de serem brasileiros. Não como seres nascido das "formas" em produção em serie, mas pessoas desiguais, que amam o próximo e o distante, pois o amor num país como o Brasil, não pode se restringir apenas aos que estão a nossa volta. Devemos conhecer como vivem os outros brasileiros, e repartir o pão.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Pesquisa revela defeito da comunicação.

Pesquisa aponta detalhe de máxima importância.

Em meio à pesquisa fotográfica dos Centros de Saúde da Criança e da Mulher, pude perceber que a semelhança das construções e da logomarca, esvazia a força publicitária das fotos, pois as fotos são entendidas como sendo tiradas na mesma unidade em ângulos diferentes. Essa deficiência pode ser corrigida se escrevermos os nomes das cidades na linha inferior das Logomarcas. Isso acabaria com a confusão e desconfiança.
Veja abaixo.

Equipamentos urbanos de combate ao fogo.















Hidrante.
Sou um dos mais fervorosos admiradores do programa Bombeiros Comunitários. Todavia há alternativa, não excludente e complementar, prudente e útil, que é a instalação de Hidrantes.


Em pequenas cidades, a Sanepar ao instalar as redes, deveria prever a instalação de Hidrantes e quadros de mangueiras, como as que existem nos grandes prédios, calculadas para viabilizar o alcance e a eficiência, nos quarteirões urbanos de modo a permitir os primeiros combates ao fogo. Todos sabem que o primeiro atendimento é a melhor garantia de extinção do fogo, pois os combatemos enquanto pequeno e “frio”, se assim podemos dizer.
Existe uma cidade no meio da Amazônia, construída pela Ford Motors, conhecida como Fordelandia, cidade que se destinava a abrigar grupos de exploração da borracha de seringueira. Foi essa cidade que me chamou a atenção para a simplicidade do sistema.
Veja nas fotos o detalhe.

sábado, 6 de junho de 2009

Amazônia.


Revista Revista Manchete em 05 de Julho de 1997
QUEREM INTERNACIONALIZAR A NOSSA AMAZÔNIA

Crescem em todo o mundo as pressões contra a soberania brasileira na Amazônia.
As Forças Armadas, conscientes do perigo, se preparam para resistir.

CARLOS CHAGAS

As tentativas começaram no início do século passado, jamais desapareceram e agora constituem risco iminente. As riquezas da região, mais do que as preocupações ecológicas, levam os países desenvolvidos a contestar a soberania brasileira sobre a Amazônia, sob o pretexto de que eles precisam cuidar das florestas e do ar que respiram, como declarou o presidente Bill Clinton, na semana passada, na véspera da abertura da sessão especial das Nações Unidas que debateu a questão ambiental.

O presidente Fernando Henrique abriu os trabalhos num discurso duro, onde criticou o desinteresse das nações ricas em cumprir os compromissos assumidos na Rio-92 e denunciou que o meio ambiente passou a ser utilizado como pretexto para práticas protecionistas que minam as bases do desenvolvimento sustentado e de um sistema econômico internacional aberto. "Ficou mais fácil cobrar e acusar do que fazer" - disse o presidente, acrescentando a necessidade de diminuição dos gases que provocam o aquecimento do planeta e são causados pelo CFC (clorofluorcarbono), gerados pelos aerossóis, escapamentos de veículos e a produção de parte das indústrias do Primeiro Mundo. Também surpreendeu a própria equipe econômico-financeira do governo ao anunciar a súbita retomada do Plano do Álcool, para diminuir a poluição.

Coincidência ou não, Bill Clinton, em entrevista à imprensa, exigiu a redução significativa de gás carbônico e centralizou suas críticas nos países que queimam parte de suas florestas. O presidente americano desmarcou encontro que tinha com FHC, preferindo viajar para a Califórnia para um encontro com prefeitos do interior daquele estado.

Certas organizações não-governamentais servem de instrumento para a cobiça internacional e sua estratégia, agora, é usar a mídia para convencer a todos, desde as crianças, que não temos capacidade para conservar a Amazônia, "que pertence à Humanidade". Assim, daqui a alguns anos, quando um organismo supranacional qualquer decretar a internacionalização, ninguém reagirá: estarão todos com a cabeça feita e acharão perfeitamente natural a ocupação, para a qual, aliás, já treinam batalhões especiais na Flórida e no Panamá, destinados a "guardar a floresta amazônica".

A fase operativa da conquista já começou, na palavra deles mesmos. Nossas Forças Armadas estão conscientes do perigo. Faz alguns anos que deslocam cada vez mais unidades para a região. Reconhecem, porém, que não resistiríamos a um ataque armado por mais de dez dias, se ele se fizesse sobre as principais cidades amazônicas. A solução, conforme um ministro militar, "seria nossos guerreiros se transformarem em guerrilheiros, porque entrar, eles entram, mas sair, ficará difícil..."

Em abril de 1817, o capitão da Marinha dos Estados Unidos, Mathew Fawry, famoso por seus trabalhos em oceanografia, enviou à Secretaria de Estado um estranho mapa da América do Sul, redesenhada por ele. O mapa ia em adendo a um memorando secreto que ele havia encaminhado em 1816, sob o título "Desmobilization of the Colony of Brazil". O comandante Fawry não era obrigado a conhecer detalhes de nossa política, porque naquele ano não éramos mais colônia de Portugal. Havíamos passado a Reino Unido a Portugal e Algarves, por ato de D. João VI, mas isso era de menor importância para os objetivos do brilhante oficial naval americano.


"Desmobilization of the Colony of Brazil"

Porque no mapa, e no memorando anterior, ele sugeria que os Estado Unidos tomassem a iniciativa de estimular a criação do "Estado Soberano da Amazônia", incluindo a região limitada pelas guianas atuais, pela fronteira da Venezuela e da Colômbia, ao Norte, e, ao Sul, por uma linha reta que começaria por São Luís do Maranhão e hoje terminaria no ponto extremo onde Rondônia se limita com Mato Grosso.

As sugestões de Mr. Fawry não paravam aí, em sua intenção de desestabilizar o Brasil, porque sugeria também a criação da república do Equador, que nada tinha a ver com esse país, mas englobaria os atuais Estados brasileiros de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e parte do Maranhão. Queria, ainda, a "Província Autônoma da Bahia" e, lá em baixo, a "República Riograndense". O que sobrasse seria o Brasil...

Coincidência ou não, em 1823 eclode no Nordeste a rebelião contra D. Pedro I, com o Brasil, já transformado em Império. Que nome deram os revoltosos de Manoel Paes de Andrade e do frei Caneca à república que fundaram e logo se viu batida pelas forças imperiais? Confederação do Equador...

A operação conquista já começou. Tropas especiais treinam na Flórida para "guardar a Floresta Amazônica".

Lincoln sugeriu um Estado Livre na região

Mais tarde, em plena Guerra Civil americana, Lincoln faz a Proclamação de Emancipação, a 22 de setembro de 1862, declarando "desde já e para sempre livres todos os escravos existentes nos Estado rebeldes". Com a vitória da União, o presidente americano encontra-se com uma representação dos negros libertados e lhes sugere, conforme proposta do general James Watson Webb, ministro plenipotenciário de Washington junto à Corte de D. Pedro II, a criação de um Estado Livre dos negros americanos. Onde? Na Amazônia... D. Pedro II perdeu noites de sono mas, ao final, foi salvo pelo próprio grupo de negros que Lincoln havia convocado. A resposta deles foi: "Não aceitamos a proposta, porque este país também é nosso!" E ficaram por lá mesmo, até hoje.

São reminiscências do passado, coisas de antanho, essas investidas sobre a Amazônia? Tomara que fossem, valendo alinhar alguns comentários recentes de líderes da atualidade: "Ao contrário do que os brasileiros pensam, a Amazônia não é deles, mas de todos nós" (Al Gore, 1989, vice-presidente dos Estados Unidos).

"Os países industrializados não poderão viver da maneira como existiram até hoje se não tiverem à sua disposição os recursos naturais não renováveis do planeta. Terão que montar um sistema de pressões e constrangimentos garantidores da consecução de seus intentos" ( Henry Kissinger, 1994, ex-secretário de Estado americano).

"O Brasil deve delegar parte de seus direitos sobre a Amazônia aos organismos internacionais competentes" (Mikhail Gorbachev, 1992, ex-ditador da extinta União Soviética).

"O Brasil precisa aceitar uma soberania relativa sobre a Amazônia" (François Mitterrand, 1989, então presidente da França).

"As nações desenvolvidas devem estender o domínio da lei ao que é comum de todos no mundo. As campanhas ecologistas internacionais que visam à limitação das soberanias nacionais sobre a região amazônica estão deixando a fase propagandística para dar início a uma fase operativa, que pode, definitivamente, ensejar intervenções militares diretas sobre a região" (John Major, 1992, então primeiro ministro da Inglaterra).

"A liderança dos Estados Unidos exige que apoiemos a diplomacia com a ameaça da força" (Warren Christopher, 1995, quando secretário de Defesa dos Estados Unidos).

"Se os países subdesenvolvidos não conseguem pagar suas dívidas externas, que vendam suas riquezas, seus territórios e suas fábricas"(Margareth Tatcher, 1983, então primeira-ministra da Inglaterra).

Precisa mais? Pois tem, mesmo sem precisar:

"A Amazônia deve ser intocável, pois constitui-se no banco de reservas florestais da Humanidade" (Congresso de Ecologistas Alemães, 1990).

"Só a internacionalização pode salvar a Amazônia"(grupo dos Cem, 1989, Cidade do México).

"A destruição da Amazônia seria a destruição do Mundo" (Parlamento Italiano, 1989).

"A Amazônia é um patrimônio da humanidade. A posse dessa imensa área pelos países mencionados (Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru e Equador) é meramente circunstancial" (Conselho Mundial de Igrejas Cristãs reunidas em Genebra, 1992).

"É nosso dever garantir a preservação do território da Amazônia e de seus habitantes aborígenes para o desfrute pelas grandes civilizações européias, cujas áreas naturais estejam reduzidas a um limite crítico" (Idem)


Dizem que somos dilapidadores das riquezas naturais

Engana-se apenas quem for bobo ou então malandro, se não concluir já ter começado o sistema de pressões e constrangimentos preconizado por Henry Kissinger, ou a fase operativa referida por John Major. começou a se encontrar em pleno desenvolvimento, apesar do silêncio cúmplice de nossa mídia, de nossas entidades representativas, especialmente empresariais.

Não se marcaram datas, é claro, ao menos até agora, para operações militares. Os "marines" ainda não estão saltando sobre a Amazônia, porque essa não é a estratégia lá de cima. eles têm tempo e paciência. Pretendem, primeiro, conscientizar a opinião pública mundial de que nós, brasileiros, somos irresponsáveis, dilapidadores da natureza, vândalos que não merecemos deter a soberania sobre nosso próprio território. Pode levar alguns anos a mais, porque começaram fazendo a cabeça do cidadão comum e, em especial, das crianças. Estas, quando adultas, de tanta propaganda antibrasileira, aceitarão sem pestanejar, até com aplausos, uma decisão qualquer das Nações Unidas ou de outro organismo supranacional, internacionalizando a região.

Evidências disso? Vamos a elas.

O Homem-aranha, numa revista em quadrinhos, organiza a sua turma e luta contra posseiros, fazendeiros e o governo do Brasil, "para salvar a Amazônia". O Super-Homem, também em quadrinhos, em vez de voltar para Kripton, dedicou-se numa aventura inteira a enfrentar os madeireiros que destruíam a região. Venceu, pelo menos na revistinha. Num ingênuo brinde distribuído por uma cadeia internacional de hambúrgueres, numa história em quadrinhos, dois meninos discutem se gostam mais de olho de cebola ou de pepino em conserva. De repente, sem mais nem menos, um fala com o outro: "você sabia que o Brasil queima um campo de futebol por segundo na Amazônia?".

E por falar em fogueiras: diversos restaurantes populares, de fast-food, nos Estados Unidos, utilizam toalhas descartáveis em suas mesas. Nelas se lê com muita freqüência o mesmo que os ingleses colocam em adesivos nos seus carros: "Lute pelas florestas. Queime um brasileiro".

Na CNN, cenas de queimadas e devastação

Acabou? Não. Há meses a cadeia de televisão CNN dedica à Amazônia um comercial-institucional, apresentado por sua correspondente no Rio de Janeiro, Marina Mirabella. Ela mostra, primeiro, as belezas e maravilhas da região, exaltando-as. De repente, um corte e cenas de queimadas, devastação da flora e da fauna, garimpos, sujeira e imundície. E a conclusão da jornalista, em "off": "São os brasileiros que estão fazendo isso. Até quando? A Amazônia pertence à Humanidade e o Brasil não tem competência para preservá-la".

Tem mais. A revista "Science", editada em Washington, acaba de publicar recente estudo mostrando que em 30 anos os recursos de água doce do planeta não serão suficientes para aplacar a sede universal, e o maior problema é a falta de acesso a essa água, porque dois terços dela estão nas geleiras dos Pólos. Em seguida completam dizendo que o rio Amazonas carrega 15% da água doce da terra, e "só é acessível a 25 milhões de pessoas, constituindo uma opção exótica tentar utilizar os icebergs..."

Conforme depoimento do ex-ministro da Marinha, almirante Maximiano da Fonseca, quando na capital americana, "são freqüentes as professoras das escolas públicas que defendem a invasão da Amazônia como inevitável, e que virá mais cedo ou mais tarde".

Documentos continuam sendo produzidos pelo Conselho Mundial das Igrejas Cristãs, em Genebra, sustentando "a necessidade da infiltração de missionários na floresta para delimitar as nações indígenas, sempre pedindo três ou quatro vezes mais (...) sendo nosso dever esgotar todos os recursos que devida ou indevidamente possam redundar na preservação desse imenso território, patrimônio da Humanidade, não patrimônio dos países que pretensamente dizem lhe pertencer".

Em nome dos índios, ONGS fajutas criticam o Brasil

Organizações internacionais de reconhecidos méritos em defesa da ecologia e dos direitos humanos muitas vezes se misturam a organizações fajutas, calhordas, daquelas que servem a interesses escusos do empresariado, pregando a demarcação de terras indígenas e a formação de nações indígenas independentes, inclusive em zonas onde o Brasil faz fronteira com a Venezuela e a Colômbia. Só para citar o caso dos Ianomâmi, que merecem todo o nosso respeito e proteção: são cerca de 10 mil e têm assegurada uma área de cerca de 9,5 milhões de hectares entre os Estados de Roraima e Amazonas.

Uma Bélgica e uma Holanda, onde, por coincidência, conforme o coronel Gelio Fregapani, em seu livro "Amazônia – 1996", lê-se que 96% das reservas mundiais de nióbio localizam-se exatamente lá. E, segundo informações da Unicamp, a energia elétrica no futuro será gerada em centrais nucleares limpas, feitas de um grande aro de nióbio na forma de um pneu. Essas centrais só poderão ser construídas de nióbio e, se dominarmos a tecnologia, dominaremos a venda das centrais...

Por ocasião da crise do petróleo o presidente Richard Nixon declarou que "antigamente quando os povos vigorosos necessitavam de água, iam buscá-la onde existisse, independente de quem fosse o dono". Pois um de seus sucessores, George Bush, além de ter deflagrado a Guerra do Golfo, para buscar petróleo, foi quem, em carta ao então presidente Fernando Collor, exigiu que a área dos Ianomâmi fosse demarcada. Também exigiu o entupimento do poço do Cachimbo, onde, no futuro, o Brasil poderia fazer experiências nucleares...

Hoje fica supérfluo dizer, por inócuo, ser a Serra dos Carajás, por coincidência em território amazônico, a maior concentração mundial de minerais, do ferro aos nobres. A Vale já foi privatizada.

O coronel Gelio Fregapani, que serviu muitos anos na Amazônia, e hoje se encontra na reserva, faz um alerta partindo de frase de Bismarck, para quem "recursos naturais nas mãos de nações que não querem ou não podem explorar, deixam de constituir bens e passam a ser ameaças aos povos que os possuem". E acentua: "A ameaça poderia não ser imediata na época da bipolaridade, quando os Estados Unidos não se arriscariam a jogar o Brasil e talvez toda a América Latina para o outro lado, mas a situação não é mais a mesma, e a guerra do Iraque mostrou claramente que os nossos antigos amigos do Norte decidem rápido ainda quando estão em jogo os seus interesses. (...) Então, qualquer pretexto servirá. Em caso de instabilidade social ou econômica no país haverá muito maior possibilidade de pressões serem bem-sucedidas".

Dúvidas inexistem de que todas essas ameaças ficariam enfraquecidas caso dedicássemos a ocupar e desenvolver a Amazônia no mais breve prazo possível. Tentativas, porém, têm fracassado ou sido propositadamente levadas ao fracasso. A experiência da Transamazônica malogrou, talvez pela impossibilidade de levar nordestinos a uma região completamente diversa de sua cultura. Mas o projeto Calha Norte foi deliberadamente torpedeado, como se tenta fazer com o SIVAM, importando menos quem ganhou a concorrência e lucrará com sua implantação.

Existe o risco de acontecer um novo Vietnã

Não dormimos, propriamente, enquanto isso acontece. Unidades das Forças Armadas têm sido transferidas para a Amazônia, mas é claro que, diante de uma invasão armada, dizem os Estados-Maiores, não resistiríamos dez dias na preservação das principais cidades da região. O problema (ou a solução), está no comentário reservado de um de nossos ministros militares, feito pouco tempo atrás: "Será o momento, então, de nossos guerreiros se transformarem em guerrilheiros". Aconteceu assim no Vietnã, queira Deus que não aconteça por aqui, mas o confronto bélico não constitui o perigo principal dessa questão. Muito pior é a lavagem cerebral que se faz no planeta inteiro, atingindo crianças e jovens, até os nossos. Porque um belo dia irão decretar a internacionalização da Amazônia e se repetirá a história daquele pastor evangélico alemão que momentos antes de enfrentar o pelotão nazista de fuzilamento, escreveu: "Primeiro vieram levar os judeus e eu não me incomodei, porque não era judeu. Depois levaram os comunistas e eu também não me importei. Não era comunista. Levaram os liberais e também dei de ombros. Nunca fui liberal. Em seguida os católicos, e eu era protestante. Quando vieram me buscar não havia mais ninguém para protestar..."

Quando vier a internacionalização da Amazônia, quem reagirá?

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Racismo oculto na omissão.

Racismo se esconde na omissão.

Lindo o novo parque Alemão. Uma agradável homenagem feita aos alemães e à sua substancial contribuição à vida de Curitiba, aqui, perfeitamente expressa pela obra do executivo municipal. Lindo o parque ucraniano. Poético o polonês. Simpática a “Praça do Japão”.
No entanto, sempre marcou a minha consciência e escandalizou os meus sentidos a ausência omissa na questão dos negros e mestiços indios na formação étnica e cultural da Cidade de Curitiba.
Folhetos editados pelo poder público, livros sobre o Paraná e Curitiba, manuais fotográficos, comentários sobre a arquitetura, a música e os costumes, dão sempre a impressão que o negro e os índios, foram figuras ausentes na formação de nossa cidade.
Alemães, Italianos, Poloneses e Ucranianos são, por assim dizer, o emblema falso que todas estas publicações usam para definir o povo curitibano. Mais recentemente se acrescentou, via status, o povo Japonês ao “cardápio”, povo que apesar de tardiamente ter emigrado ao Brasil, pois não faz cem anos que aqui estão e já ocupam destaque nas fotos emblemáticas que mostram as tradições e folclores do paranaense e curitibano. Sem desmerecê-los, vejo nisto um pouco de exagero. E negros, onde estavam os negros? O primeiro relato de uma população negra no Paraná é devida a um relato do pioneiro a Cabeza de Vaca na segunda metade dos anos 1500.
Hoje, fazendo uma pesquisa encomendada pelo deputado Maurício Requião ( PMDB) fui encontrar no inventário sobre a cidade de Curitiba, transcrito na obra do professor Ernani Straube, que nos diz, que em 1693, Curitiba possuía uma população de 5.819 pessoas sendo que 4102 eram brancos, 955 mulatos e pardos frutos de miscigenação e 762 negros. Ora, isto significa que, nada mais nada menos que trinta por cento da população curitibana era negra ou mestiça ao momento de sua fundação. Como então podemos desconsiderar este fato? Como podemos omitir nos manuais, folders, livros e guias a presença dos negros na vida de nossa cidade?
Que tipo de sentimento desenvolve tamanha cegueira? Que tipo de ingratidão cívica é responsável pela omissão que faz vistas grossas ao esforço e a contribuição dos negros em nossas vidas? Que nos dirá o IBGE nos dias de hoje? Qual o percentual de negros na população de Curitiba,... e de mestiços? E de mestiços índios?
Sei que no passado o poder público inaugurou a Praça do Zumbi numa tentativa de resgatar um pouco desta cegueira crônica, infelizmente não acho que esta caricatura de “rebeldia reivindicatória” esboce com fidelidade a contribuição negra na vida cultural e no processo civilizatório brasileiro. Basta tirar uma foto dos pontos de ônibus na capital paranaense para ver a presença negra em nossa sociedade.
Sinceramente eu interpreto estas omissões como um racismo velado.

Wallace Requião de Mello e Silva.

Segurança no Casamento?

Segurança no casamento.
Meu filho ensaia o seu casamento. Fala seguro sobre temas que aparentam maturidade e esconde certa ansiedade diante de escolha tão seria e permanente.
Fala em segurança no casamento. Mas o que é segurança para essa geração? Segurança segundo os jovens é estabilidade no emprego (dinheiro). Salário suficiente para educar filhos (dinheiro). Casa ou apartamento próprio (dinheiro). Plano de saúde com cobertura para todos os futuros membros da família (dinheiro). Empregadas que garantam a qualidade de vida do lar (dinheiro). Ou seja, se continuarmos essa lista veremos que essa geração acredita que segurança é dinheiro. Como se diz popularmente: Mulher gosta de dinheiro. Segundo os jovens, sem dinheiro não se pode viver.
Mas o conceito não resiste a algumas perguntas. Porque casais ricos, com quatro carros na garagem, bons empregos, filhos criados se separam? Perderam a SEGURANÇA no casamento?
Não, é que perderam a estabilidade dos sentimentos.
Quando a população era verdadeiramente cristã, ouvíamos falar entre as jovens aquelas solicitações da alma afetiva: Na tristeza e na alegria, na pobreza e na riqueza, na saúde e na doença. Naquele tempo a segurança do casamento não estava fundada no dinheiro, mas na estabilidade e disposição de manutenção de uma promessa que permitia viver juntos nas adversidades, e diante dos filhos as contradições da vida e poder educá-los em um lar. Uma família, muitas vezes criava seus filhos numa CaSA construída com as próprias mãos, e comiam do próprio suor, sem que dinheiro fosse o centro das suas vidas. A Fé era o centro de suas vidas, fé na vida, fé na fertilidade dos lares, fé nos valores cristãos era o cerne da segurança no casamento.
Quando falta a estabilidade dos sentimentos, e o apego honroso ao compromisso assumido, nem psicólogo, nem médicos, nem financeiras, nem propriedades e bens seguram a união da família, muito menos as condições ideais de educação dos filhos.
Sendo assim resolvi escrever essas linhas, fundadas no meu próprio passado e experiência pessoal, e reeditar esse texto escrito em 1995 sobre a Mulher, de modo que meu filho se tiver tempo de ler entre os minutos que lhe sobram quando não esta correndo atrás de dinheiro e segurança, e pensar o que é Deus, e o que é a Providência. Simão o Mago, um judeu esperto e exorcista profissional quis comprar os dons do Espírito Santo, por bom dinheiro ao apostolo Paulo. Resultado ficou cego.
Filho abra os olhos para a estabilidade de seus sentimentos. Depois contemple a estabilidade de sentimentos de sua futura companheira, e pelo amor de Deus, esqueça o dinheiro, para poder recuperar a visão.

Leia isso guri. Eu te ofereço com amor e respeito.

Escravidão da Mulher

Observando um grande peixe nadar voraz em direção à isca, e depois debater-se, lutar, para enfim cansado descobrir-se preso pelo anzol e próximo da morte, tivemos uma visão clara, quase literal, uma verdadeira dissertação sobre o movimento de libertação da mulher.

Obras como: A História da Vida Privada de Phillipe Ariès e a A Família nas Diversas Sociedades de Starcke, poderiam ajudar o leitor a melhor entender a maneira como evoluiu o pensamento da mulher e a sua condição social através do tempo histórico. Todavia é difícil encontrar em diferentes períodos uma escravidão tão sutil, uma perda tão profunda da dignidade da mulher como nos dias em que vivemos.

É verdade que a cultura judaico-cristã foi sem dúvida a que mais elevou e libertou a mulher. Toda a estima e alta dignidade da mulher, toda a liberdade e autonomia de sua vontade, a nosso ver, está muito bem expressada na imagem cristã do Deus, todo poderoso, quando, pediu consentimento à Maria para gerar-lhe um filho. Do mesmo modo o conjunto dos ideais cristãos atribuiu um novo sentido e definiu o amor. Assim como Nilton definiu a lei da gravitação universal (fenômeno existente), mal comparando, o cristianismo definiu as leis do amor. Compromisso, responsabilidade, proteção e o ato de prover passaram a ser quase que sinônimos do conceito de amor.

Nesta condição pode-se dizer que em momento algum da história a mulher foi mais digna, segura e amparada, materialmente, afetiva e sexualmente do que quando inserida numa sociedade e numa família cristã. Nada nestes últimos séculos depunha contra o testemunho desta imensa multidão de mulheres felizes que assumiram o ideal cristão.

Todavia a índole tirana e abusiva de alguns homens modernos, que imaginam viver a licenciosidade dos tempos primitivos, lançou uma isca, retornando a um antigo ideal, já muito usado, onde não importa o compromisso entre homem e mulher, mas sim a expressão máxima da paixão. Paulatinamente levantaram a dúvida quanto à felicidade afetivo-sexual da mulher inserida no ambiente cristão, não verdadeiramente preocupados com elas, mas, num retorno ao paganismo apaixonado, que os permita viver as suas próprias voracidades e falsas liberdades. Assim, ainda que a mulher não admita, os homens criaram a isca, a linha ideológica e o anzol que submeteria a mulher moderna mais uma vez à escravidão que a tirará de sua natureza para implodi-la na “liberdade” de um hedonismo estéril.

A olhos vistos a mulher moderna vive, luta e debate-se num mecanismo de rebeldia e depressão, sofrendo a trágica conseqüência da perda de sua dignidade, com a violência à sua natureza afetiva e maternal. A cada dia é menos amada e mais passional. Mais explorado, mais comercializado, mais utilizado por uma sociedade de homens perversos que tripudiam sobre elas, inspirados por forças de ordem quase sobrenatural.

Nisto há como uma semente, um grito de morte e ingratidão ao dom da vida.

Cada dia que passa é maior o número das mulheres que se arrastam em uma luta sem tréguas e sem descanso, mal provendo seus filhos, reclamando e desencorajando a maternidade e mesmo o casamento, desejando um amor que já não encontram, satisfazendo suas pequenas paixões em relações de risco, abandonando ou negligenciando seus filhos e muitas vezes abortando, ou ainda, em ato de desespero, assumem a anticoncepção ou a esterilidade permanente para viverem a fantasia da “liberdade do prazer” ou “o prazer que liberta” numa ação semelhante ao usuário do álcool ou da cocaína que depois da euforia descobre que no vício vive, na realidade, a escravidão.

Se nós, homens modernos, não cremos mais no compromisso, na estabilidade das relações, como então proteger, amparar prover e educar? Sem compromisso e sem estabilidade, é inútil qualquer esforço, e isso leva a cairmos num individualismo crônico, num hedonismo estéril, que por vezes nos mostra sexualmente satisfeitos, mas dificilmente seguros, correspondidos ou amados, salvo naquela exceção que é o narcisismo, o amor de si mesmo, a solidão mais profunda, a perfeita escravidão.



Wallace Requião de Mello e Silva.


Curitiba, 11 de novembro de 1.995







Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)

Carta aos irmãos evangélicos

Carta aos Evangélicos.
Quando digo evangélicos estou me referindo a todos aqueles, judeus e não judeus, que compreenderam o novo Testamento, a nova Aliança, os escritos cristãos. Refiro-me a todos aqueles que compreenderam tudo o que foi dito sobre Jesus Cristo.
Assim, todos os que leram o Novo Testamento têm condição de compreender a simplicidade do que digo aqui nesse texto.
Jesus nasce entre judeus. Sua mensagem, e também a de seus discípulos se dirigem à conversão dos judeus. Essa a principal proposição do Cristianismo: Ide cristãos primeiro às ovelhas desgarradas de Israel. Se lermos o livro chamado Atos dos Apóstolos, veremos de maneira clara e insofismável que os apóstolos em todas as regiões que chegavam procuravam em primeiro lugar as sinagogas e se dirigiam aos israelitas.
Tanto Pedro o Pescador judeu, como Paulo filho de pais judeus, são testemunhos dessa verdade que não deve ser esquecida ou negligenciada por aquele que se crê evangélico. A conversão dos judeus é a meta principal desse século.
Se o evangélico compreender os motivos da dispersão dos apóstolos e a disposição de irem aos ditos povos pagãos, compreenderá que após o cristianismo ter percorrido os cinco continentes e não ter ficado nação que não tenha ouvido falar do Messias prometido a Israel, chega a ser um crime desperdiçar argumento, que não seja argumento destinado à conversão dos judeus. O mundo é redondo. Quem caminhar, ainda que seja para divulgar a Boa Nova do Evangelho, acabará por chegar ao mesmo lugar de onde partiu. Uma bola leva todas as linhas que dêem a sua volta para o mesmo ponto de origem. O cristianismo partiu da Terra Santa e à Terra Santa se destina em todas as suas linhas apostólicas submetidas ao Príncipe dos apóstolos, o pescador Judeu. È Chegada à hora nesse século de nos concentrarmos, qualquer que seja a nossa orientação evangélica na conversão dos judeus, e na orientação de todas as linhas do cristianismo na direção da Terra Santa, tendo por meta a conversão de Jerusalém.
Não há como fugir dessa missão. Jerusalém nos espera. O Evangelho nos diz que o coração nos queima se não evangelizarmos, e devemos levar essa missão oportuna e inoportunamente, prudente e imprudentemente. Temos que converter os judeus.
Ora, mas para convertê-los é preciso saber quem são, onde estão, em que setores da sociedade se escondem, para que possamos nos posicionar nessa missão do século.
Quando lemos a historia inicial do cristianismo, vemos que todos os meios, incluindo o martírio foram utilizados para a conversão e divulgação do cristianismo. Os cristãos se colocavam dentro das casas dos pagãos e judeus, em seus exércitos e nas suas sinagogas, e urge que os evangélicos retomem essa atitude de conversão militante. Deixamos os judeus de lado, por um erro estratégico, uma cegueira de alma, uma desatenção aos evangelhos, e é chegada a hora de retomarmos com urgência essa atitude, e sair a campo a importuná-los prudente e imprudentemente, frustrando as ações dos israelitas que enriquecem as ferramentas de frustrar o crescimento do cristianismo no mundo. Saber quem são. Onde estão o que fazem, e depois, sem duvida ou vacilo importuná-los sem fim ou trégua, pois a pedra dura da espinha rija do orgulho desse povo cederá como a água mole que tanto bate na pedra dura, fura a pedra, ou rompe a rocha do orgulho.
Israel é a meta geográfica, mas o judeu, é o caminho para a conversão de Israel. Só converteremos Israel se compreendermos como agem os judeus, como alimentam o orgulho de Israel, como negam e obstacularizam os progresso do cristianismo, como anulam as necessárias metas do cristianismo em relação aos judeus.
Em Atos dos Apóstolos, lemos: 1, 15 Naqueles dias levantou-se Pedro no meio dos irmãos (judeus). Em 2,5: Estavam em Jerusalém judeus (...). Em 2,22 Israelitas escutai estas palavras... Em 3,12 Pedro diz Israelitas porque vos admirais. Em 7,37 è esse o Moisés que disse aos israelitas; Em 11,1 Ouviram os apóstolos e os irmãos da Judéia (judeus); ou em 11,19 Pregando a palavra somente aos judeus; Em 13,5 Paulo e Barnabé pregam a palavra de Deus na sinagoga dos judeus; Em Antioquia 13,14 Entrando nas Sinagoga em dia de Sábado; Em 13, 16 Israelitas e vos que temeis a Deus escutai; em 13,23 Pregou o batismo a todo o povo de Israel; em 13,26 Irmãos filhos de Abraão; em 13 43: Depois da assembléia muitos judeus (seguiram) Paulo; Em 14,1 Entraram juntos na sinagoga dos Judeus; em 15,1 Se não vos circuncidardes segundo a lei de Moisés; em 17,1 em Tessalônica: Onde havia uma sinagoga de Judeus; Em Atenas 17,17 Discutia na Sinagoga com judeus e convertidos ao judaísmo; Em Corinto 18, 1 e ali encontrou um judeu chamado Áquila; 18,4 Nos sábados discutiam nas sinagogas defendendo diante dos judeus que Jesus era o Cristo (Messias). No retorno a Antioquia; 18,19 Entrando na Sinagoga e falava aos Judeus; em 18,26 Começou a falar com intrepidez na Sinagoga; Em Efeso, 19, 8 Entrando na Sinagoga Paulo falou por três meses; Em 26,22 dando testemunho a grandes e pequenos e não ensinado outra coisa do que aquilo que os profetas e Moisés disseram ter de acontecer. E Paulo em Roma: 28,17 Paulo convocou os judeus de maior destaque.
Ora não preciso continuar. O Globo é redondo ( geodésico), estamos sendo orientados para as origens geográficas do cristianismo, nossa meta universal é Jerusalém, é a conversão de Israel.
Como disse Paulo em Roma: 28 26,27 s: Vai a esse povo e lhe dize: com os ouvidos ouvireis, mas não entendereis, Ficareis olhando, mas não vereis; porque se tornou insensível o coração desse povo e seus ouvidos se fecharam, para que não vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, nem entendam COM O CORAÇÃO, NEM SE CONVERTAM E ASSIM EU NÃO OS CURE. Mas isso foi dito 2000 anos atrás. Se Cristo disse a Paulo: “Vai porque quero te enviar as nações distantes”; em At. 22,21, hoje esta dizendo: ” Cristão converte Israel e os israelitas”.

Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Início da lista de cidadania honorárias.

06/05/2009
Concede Título de Cidadão Honorário de Ponta Grossa ao Senhor ROBERTO REQUIÃO DE MELLO E SILVA, DD. Governador do Estado do Paraná.



Requião inaugurou obra e recebeu título de Cidadão Honorário em Farol
Com a presença do governador do estado do Paraná, Roberto Requião, do secretário de estado da saúde, Gilberto Martin, do deputado estadual Nereu Moura, dos prefeitos Nelson Tureck, Fabiano Antoniassi, Vera Zanatta, Osney Picanço, Reinaldo Krachinski, Ivo Coelho, Henrique Sanches Salla, vereadores da Associação das Câmaras Municipais da Microrregião Doze- Acamdoze, chefes de núcleos regionais, lideranças comunitárias locais e regionais, a prefeita Dina Cardoso (PMDB) promoveu a inauguração do Centro Municipal de Atenção a Saúde e a Criança e fez a entrega do 1º título de cidadão honorário do município de Farol.




2007
Súmula:Concede Título de Cidadão Honorário ao Excelentíssimo Senhor Dr. Roberto Requião de Mello e Silva.
PROJETO DE LEI Nº 01/2007
Art. 1º - Fica concedido o Título de Cidadão Honorário de Castro ao Excelentíssimo Senhor Dr. Roberto Requião de Mello e Silva, Digníssimo Governador do Estado do Paraná, pelo interesse e auxílio prestado em favor do desenvolvimento deste Município.Art. 2° - As despesas decorrentes desta concessão correrão à conta do Orçamento em vigor.Art. 3° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário.Sala das Sessões da Câmara Municipal, em 15 de janeiro de 2007.
(a) José Otávio NoceraPresidente
JUSTIFICATIVA
ROBERTO REQUIÃO DE MELLO E SILVA, nascido em 05 de março de 1941, em Curitiba, filho do médico e ex-prefeito de Curitiba, Wallace Thadeu de Mello e Silva e Lucy Requião de Mello e Silva.Casado com a senhora Maristela Quarenghi de Mello e Silva, pai de Maurício Thadeu e Roberta. Formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná e, em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, cursou Urbanismo pela Fundação Getúlio Vargas.Foi Deputado Estadual (1983-85), Prefeito de Curitiba (1986-89), Secretário do Desenvolvimento Urbano do Estado do Paraná (1989-90), Governador do Estado do Paraná (1991-94), Senador da República (1994-2002), e eleito novamente para Governador do Paraná, a partir de 2003. Como Senador, Requiãoteve a maior votação proporcional da história do Paraná. Em sua trajetória política, sempre demonstrou sua preocupação no desenvolvimento tecnológico do Paraná, como exemplo: Software livre. Em sua campanha ao governo de 2002 o candidato se mostrou simpatizante ao uso do software livre e sua adoção virou uma grande bandeira do governo, sendo que nesses últimos quatro anos o governo do estado economizou aproximadamente 127 milhões de reais em licenças e contratos de softwares. O valor poderia ser maior se empresas como a Copel e a Sanepar tivessem adotado o software livre.

Reeleito ao Governo do Paraná em 2006.

É o primeiro governador do Paraná a conquistar três mandatos por eleição direta.

PARA O NOSSO MUNICÍPIO, EM APENAS DOIS ANOS - 2005/2006 TROUXE OS SEGUINTESBENEFÍCIOS:PAVIMENTAÇÃO MORADA DO SOL II E III R$ 1,15 milhão – CONCLUIDO;PAVIMENTAÇÃO JARDIM DAS ARAUCÁRIAS R$ 1,35 - EM EXECUÇÃO;PAVIMENTAÇÃO MORADA DO SOL IV R$ 1,3 milhão - CONCLUIDO;PAVIMENTAÃO R. JERÔNIMO CABRAL R$ 670 mil - LICITADO;PAVIMENTAÇÃO R. TIRADENTES – DELEGACIA R$ 278 – CONCLUIDO;PAVIMENTAÇÃO DA R. MARECHAL DEODORO, ANTONIO JOSÉ GOMES, NELSON IVANOWSKIATÉ A ESCOLA JAHIR LOPES R$ 800 mil – FASE DE PROJETO;PAVIMENTAÇÃO MORADA DO SOL IV R$ 1,5 milhão - A LICITAR;PAVIMENTAÇÃO OLEGÁRIO DE MACEDO E SANTOS DUMONT R$ 800 mil - A LICITAR;CALÇADAS NA REGIÃO CENTRAL R$ 100 mil - A LICITAR;CALÇADAS NO JARDIM DAS ARAUCÁRIAS II R$ 43 mil - A LICITARPEDRA IRREGULAR NO BAIRRO DO TRONCO R$ 110 mil - JÁ LICITADO;POSTO DE SAÚDE DO JARDIM MORADA DO SOL R$ 274 mil – EM CONSTRUÇÃO;RECAPE ASFÁLTICO CASTRO-CASTROLANDA R$ 1,6 milhão - CONCLUÍDO;DUAS ROTATÓRIAS E DUPLICAÇÃO CONTORNO SUL R$ 800 mil - CONCLUIDO;9 LEITOS DE UTI R$ 1,7 milhão - CONCLUÍDO;CENTRO DE SAÚDE DA CRIANÇA R$ 150 mil - A LICITAR;FAZENDA ESCOLA R$ 105 mil - EM CONSTRUÇÃO;GALPÃO PARQUE DE EXPOSIÇÕES R$ 100 mil – CONCLUÍDO;TRÊS QUADRAS COBERTAS R$ 360 mil – EM CONSTRUÇÃO;INVESTIMENTOS EM ESTRADAS RURAIS R$ 40 mil - EM CONSTRUÇÃO;INVESTIMENTOS SANEPAR R$ 2 milhões – EM CONSTRUÇÃO;JOGOS ABERTOS R$ 18 mil - RECEBIDO;JOGOS ESTUDANTIS DE CASTRO R$ 30 mil - RECEBIDO;PROJETOR DE CINEMA TEATRO BENTO MOSSURUNGA R$ 100 mil – RECEBIDO;DUAS ESCOLAS – ABAPAN E CAIC R$ 1,234 milhão - A LICITAR;UMA PARATI – PROJETO POVO R$ 38 mil - RECEBIDO;UMA PARATI – RÁDIO-PATRULHA COMPANHIA R$ 34mil - RECEBIDO;DOIS GOLS-PATRULHA ESCOLAR R$ 52 mil - RECEBIDO;UMA MOTO – PROJEETO POVO R$ 12mil - RECEBIDO;UM GOL – POLÍCIA CIVIL R$ 15 mil – RECEBIDO;UMA PARATI – POLÍCIA CIVIL R$ 34 mil - RECEBIDO;UM GOL – BOMBEIROS R$ 21mil - RECEBIDO;DUAS AMBULÂNCIAS DO SIATE R$ 300 mil - RECEBIDO; EMOBILIÁRIO DA CASA LAR E FAZENDA ESCOLA R$ 120 mil - RECEBIDO.TODOS ESTES BENEFÍCIOS TOTALIZARAM UM VALOR DE R$ 16,9 MILHÕES, CONTRIBUINDO ASSIM COM O DESENVOLVIMENTO E O BEM ESTAR DE NOSSO POVO, QUE NÃO SÓ PODE CONSTATAR COMO USUFRUIR DESTES BENEFÍCIOS ELENCADOS.Por isto, nada mais justo que prestamos esta homenagem ao Senhor Governador, como uma demonstração de nosso reconhecimento e gratidão pela sua especial atenção à nossa querida Castro.

Sala das Sessões da Câmara Municipal, em 15 de janeiro de 2007.



Requião recebe o título de cidadão honorário de Cascavel - 21/03/2009 11:40:00
O governador Roberto Requião recebeu, na noite desta sexta-feira (21), na Câmara de Vereadores de Cascavel, o título de cidadão honorário da cidade. “É uma satisfação receber este título porque tenho um carinho especial por Cascavel e, como governador, tenho investido com muita força na cidade e na região. Cascavel é uma das cidades mais importantes do Paraná e me sinto realmente homenageado”, declarou Requião. A proposição do foi do ex-vereador e atual secretário de esportes de Cascavel, Juarez Berté, e aprovada por unanimidade pelos 21 vereadores que representam o município.“Requião fez muito pela região Oeste e pelo Estado do Paraná. É uma forma de reconhecimento por sua brilhante prestação de serviços ao município de Cascavel, ao Paraná e ao Brasil”, declarou o ex-vereador e propositor do título, Juarez Berté. Todas as autoridades da cidade compareceram a solenidade entre elas, o prefeito, Edgar Bueno e o vice-prefeito, Jadir de Mattos; o presidente da Câmara de Vereadores, Marcos Damaceno; o comandante do espaço aéreo de Catanduvas, José Robson Leite Nogueira, e o comandante do Batalhão de Infantaria de Cascavel, tenente-coronel, Celso José Motes; o presidente da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amopi), Marcos Vilas Boas Pescador, e os deputados estaduais Elton Velter e Duílio Genari.O prefeito, Edgar Bueno, justificou a honraria mencionando todas as ações já realizadas por Requião, em prol do município, desde o seu primeiro mandato como governador.“No seu primeiro mandato Requião foi responsável pelo envio dos recursos que resultou na transformação da Unioeste. Nesta gestão, duplicou a BR-467 que liga Cascavel a Toledo: uma das melhores e mais importantes obras para Cascavel dos últimos 20 anos”, destacou o prefeito de Cascavel Edgar Bueno.


Requião recebe título de Cidadão Honorário de Sergipe - 12/12/2003 00:00:00
O governador Roberto Requião recebeu, nesta sexta-feira (12), em Aracaju, o título de Cidadão Honorário de Sergipe. A homenagem foi proposta pelo governador do Estado, João Alves Filho.“Meus bisavô, Justiniano de Melo e Silva, saiu de Sergipe em 1876, a pedido do imperador Pedro II para organizar a educação e a saúde do Paraná”, lembrou o governador em seu discurso. “Naquela época, o Nordeste e Sergipe em particular eram o celeiro dos cérebros e das informações disponíveis no país”, completou Requião.O governador dedicou a segunda parte de seu discurso de agradecimento pela homenagem a um balanço deste primeiro ano de mandato na administração do Paraná.Requião detalhou os programas de geração de empregos implantados no Estado e o resultado fantástico alcançado. “Foram criados 90 mil empregos até outubro”, salientou o governador. Os programas sociais Luz Fraterna e Leite das Crianças também foram apresentados por Requião durante seu discurso. “Eu costumava dizer que esse ano eu faria as coisas difíceis e deixaria as impossíveis para o ano que vem. Mas, levando em conta tudo o que já conseguimos fazer, posso afirmar que as impossíveis também foram realizadas esse ano”, finalizou Requião.
Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)

A Igreja e a Ciência

A Igreja e a Ciência.
Eu, como muitos de minha geração, fui, como eles foram, bombardeado com as severas criticas feitas à Igreja como sendo um obstáculo histórico à ciência. Alguns, entre meus colegas capitularam e se fizeram inimigos levianos desta instituição bi-milenar. Outros na mesma linha de inconformismo e de calunias se fizeram maçons, protestantes, espiritas, ateus, materialistas históricos etc. e tal. Tal atitude de deserção tem gerado em mim curiosidade e alguma pesquisa.
Estudei Filosofia e Psicologia
e pude verificar, mesmo numa Universidade Católica como a PUC, ou numa escola de Teologia como o Studium onde também fui aluno , as acusações de que a Igreja cria “tabus” naquilo que diga respeito direto à sexualidade e aos costumes. A Igreja tornava-se assim, para mim e para meus colegas, a inimiga de uma juventude libertária e licenciosa.
Concluo hoje, que tudo era absolutamente falso. A moral cristã preservada na sua integridade pela Igreja é imbatível e nada foi proposto fora dela que a supere ou aperfeiçoe.Hoje, bem amadurecido, tenho estudado o assunto e verifico apenas um emaranhado de calunias levianas.
Quero demonstrar aqui, se o leitor permitir, que se não fossem alguns membros da hierarquia da Igreja, embora não seja esta a sua missão especifica, muito pouco saberíamos da sexualidade cientifica. Sem a Igreja e o Sacramento do Casamento, fundamento da família, teríamos nos distanciado ainda mais da moralidade sadia e da prudência nas relações em sociedade. Viveriamos um caos.
Sem considerar aqui, todo o movimento histórico do cristianismo na valorização da mulher, tirando, por assim dizer, a mulher de uma escravidão e de um estado de obnubilação social que a caracterizava na sociedade de dois mil anos atrás, principalmente na sociedade classica, venho em linhas gerais, comentar o papel biológico e sexual e alguns dos feitos científicos de membros da Igreja ( padres) em relação a estes fatos, sem me prolongar, nas conseqüências de sua influência, que o leitor inteligente saberá deduzir.
Todos já ouviram falar de Gabriel Fallope, o descobridor da Trompa de Fallope. Esse homem que trouxe avanços fantásticos para a Química e a Anatomia, principalmente para a compreensão do aparelho genital feminino e também para os fundamentos da bioquímica era um Cônego que viveu entre 1523 e 1562 e um dos primeiros cientistas que viram o óvulo feminino apesar desta descoberta, a descoberta do óvulo, ser atribuída a Renier de Graaf em 1671. Fallope também foi o professor de Fabricio D’Acquapendente o descobridor das válvulas das veias e de outros segredos da circulação sanguinia (1537-1619).
Até 1700 ninguém suspeitava do papel do esperma na reprodução . Foi com as pesquisas do Abade italiano Lazare Spallazani, que viveu entre 1729 e 1799, que a humanidade fica conhecendo o papel do esperma na reprodução. Por ele o mundo cientifico fica conhecendo a fisiologia do estômago, detalhes da fisiologia do sangue e de quebra alguns avanços na Física e Matemática.
E a Genética?.. esta ciência que ainda engatinha, quem a conhecia ate surgir a Lei de Mendel? Pois foi Johan Mendel, um monge agostiniano austríaco, o descobridor e sistematizador ( pela análise matemática) das leis genéticas em 1865. Vocês já pensaram no que isto significa, significou e significará em termos de ciência? O cientista paranaense, geneticista de renome internacional, Newton Freire-Maia, recentemente divulgou sua conversão ao catolicismo, possivelmente como resultado de suas pesquisas genéticas.Donde concluo que a sincera busca da verdade aproxima da doutrina católica, e não o inverso.
Lavoiser é considerado o pai da Química moderna. Não era padre mas, em seus trabalhos há inúmeras referências ao Abade Caille, astrônomo e matemático, seu contemporâneo e que foi seu professor. Protegido pela Igreja que era a sua Mecenas, Lavoiser foi guilhotinado pela Revolução Francesa. A Revolução Francesa, na época a maior inimiga ideológica da Igreja e sua maior caluniadora, matou Lavoiser porque era católico e fidalgo. Conta-se que “Thermidor” teria dito: “A Revolução não precisa de sábios”. E a Igreja “a retrograda”, tão acusada do atraso da humanidade, os protegia.
Só como curiosidade, não os apresentando como membros da hierarquia clerical católica, mas porque tiveram vida de pratica religiosa incomum, isto é, chamavam a atenção pela prática religiosa que professavam, vou lembrar aqui de Theodor Schuann e Pasteur, ambos católicos. Portanto ambos viveram e nortearam suas vidas e suas ciências pela “Rígida Doutrina”. O primeiro que viveu na Alemanha era católico num país protestante e foi o descobridor da contração dos músculos e também descobriu a musculatura estriada e a Bainha de Mielina que envolve os axionios e que ficou conhecida como Bainha de Schuann ...um grande avanço para a neuroanatomia. Theodor Schuann e Scheleiden foram os primeiros a proporem a teoria celular. Você percebe todo o alcance desta proposição?
Pasteur, cujo grande número de descobertas não cabe citar, notabilizou-se mundialmente pela descoberta da vacina contra a Raiva, a Hidrofobia, e era como Schuann católico dos mais praticantes, isto é vivia a moral católica, que no meu sincero entender jamais cerceou a liberdade ( pois é a defensora da Liberdade) dos cientistas ou da ciência.
Mas se o leitor esta sabendo entender e avaliar o papel destas descobertas no que diz respeito as ciências da vida e da sexualidade científica, também no campo das ciências sociais, no campo das relações humanas, dos costumes e da moralidade, e, afora os grandes moralistas católicos, vamos encontrar padres como iniciadores dos primeiros passos da Etenografia e da Etnologia, ciências chaves para a formulação da Sociologia. Como ciência a etenografia consiste no método científico da descrição dos costumes e a etenologia, consiste na ciência comparada dos costumes. Nestes campos científicos, encontramos como iniciadores da Etnografia os monges franciscanos Carpini e Ruysbroek e como iniciadores da Etnologia o jesuíta Francês J.F. Lafitau (1724) e o Frei Graebner e o Padre Schimidt ambos alemães. E o que seria das Sociologia sem esta base? E o que seria, me responda, da Moral sem a Teologia? Não viraria a Moral, uma Ética efêmera e relativista?
No alargamento, se assim podemos dizer, dos limites da ciência do Cosmos, da Matemática e da Astronomia, nunca poderemos esquecer o cônego Nicolau Copernico, que “demonstrando” ser o sol o centro do sistema solar amplia o conhecimento astronômico, e o Padre Lamaitre com a teoria da expansão do Universo.
Os anos passaram e hoje, quando João Paulo II, em inúmeros documentos insiste acertadamente na irresponsabilidade das uniões carnais para com a vida gerada, e insiste na ilicitude da anti -concepção, e denuncia entre os métodos dela, o uso da camisinha, não podemos deixar de lembrar, nesta oportunidade, que numa seqüência de descobertas químicas estará, na origem, o Padre norte-americano Niewland, professor de química da Notre Dame e descobridor da borracha sintética que, quero crer, jamais pensou em produzir camisinhas ou aplicar a borracha sintética na anti concepção. Dos avanços que esta descoberta propiciou, desde o fabrico de pneus com borracha sintética e a produção de instrumentos médicos, passando pela descoberta do nylon e seus derivados por Wallace, estas multiplas invenções transformaram as relações sociais, médicas e sexuais no planeta, muitas vezes confundindo tudo num espirito de arrogância e contestação , sorte todavia , serem balizadas na solida moral cristã que, ao sobreviver aos ataques constantes, continua sendo o norte de todos os valores desejáveis.

Wallace Requião de Mello e Silva
Psicólogo

Obras consultadas:
O homem descobre seu corpo, de André Senet.
Historia da Cultura, de Kaj Birket-Smith
Caçadores de Micróbios, de Paul Kruif
Nos domínios da ciência ,de Waldemar Kaempffert
La Era de La Quimica, de Williams Haynes



Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)

Homem do Campo

Homem do Campo.

Meu filho de dezoito (hoje com 32) anos quer ser fazendeiro. Uma rara vontade nos dias de hoje. Brinco com ele dizendo que passarei nas Casas Pernambucanas e comprarei duas ou três fazendas. Fica uma fera.
Acontece que meu filho nasceu na cidade e não teve uma vida de campo como tivemos eu e meus irmãos. Ele simplesmente não sabe o que é uma fazenda, suas alegrias e seus suores, suas vantagens e desvantagens. É por isto que estranho tal vocação.
Parece que cada dia que passa menos pessoas querem viver a vida do campo. Migram anualmente aos milhares para as cidades. Por quê?
Sem aprofundar o tema e analisando apenas a minha história pessoal, os meus longos anos, atribuo algumas causas.
Os primeiros responsáveis pelo fenômeno migratório dos anos 50 para cá, foram os militares. Estes retiravam jovens do campo para servir o exercito nas cidades e lhes ofereciam sem o saber um ambiente que lhes convenciam a não voltarem para o lugar de origem.
Seguem-lhes os professores e o sistema de ensino nacional que divulgam uma ideologia, um conjunto de valores que vêem no homem urbano e no cidadão “universitário” uma meta e o espelho, quase um sinônimo do progresso individual e da melhoria financeira o que é falso.
Em terceiro lugar contribui para o fenômeno a economia destes últimos anos e o tipo de industrialização e serviços voltados para a necessidade de exportação, assim como a mecanização do campo e a monocultura como conseqüência de pacotes internacionais que expulsam o trabalhador rural. Resultado, migração.
Em quarto lugar a ganância dos latifúndios, os sistemas bancários e a injusta assistência dos governos fazem a vida das pequenas propriedades bastante árdua. Finalmente temos os meios de comunicação que, principalmente nas últimas duas décadas, vendem as cidades, sua “moral”, suas fantasias, seus confortos, sua multiplicidade profissional mostrando uma classe social idealizada e uma vida econômica irreal.
Por outro lado estes mesmos meios de comunicação se omitem diante da importância do campo, ou propositadamente ridicularizam o campesino destruindo-lhe os valores.
Mas é preciso lembrar, todos comem. E ninguém quer plantar, cuidar do gado e das criações, armazenar, irrigar a terra... Em fim cuidar da terra... que é muito mais do que preservá-la “intocada” como querem alguns ecologistas.
Todos vêem o problema que começa a avolumar-se, inchaço nas cidades, evasão do campo e diminuição da comida num fenômeno quase universal. Nós brasileiros não podemos deixar de ver que possuímos o melhor espaço hidro-agro-pecuário do mundo. Esta é a nossa verdadeira riqueza. Num futuro negro os homens não beberão gasolina, ou comerão dólares, ou rubros, ou ainda ienes, por melhor que seja a qualidade do papel moeda. Também não nos serão digéstos os computadores, os automóveis, os soros hospitalares ou as vitaminas sintéticas e os canhões e metralhadoras. Tudo indica que ainda necessitamos e necessitaremos por muito tempo de um bom prato de comida. Quem a tiver terá a mais necessária das riquezas. Um homem faminto e sedento larga o ouro, o vídeo game e até as perversas novelas da TV.
Desenvolver, redesenvolver no povo paranaense e brasileiro o amor ao campo, à dignidade de ser fazendeiro e campesino, criador da vida e da saúde, é uma prova de inteligência e de visão de futuro, é quase um salvar o Brasil e quiçá o mundo inteiro.


Wallace Requião de Mello.



Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Relatório à Assembleia Legislativa 2009

Data: 02/02/2009 - Íntegra do discurso do governador na abertura dos trabalhos da Assembléia Legislativa - 02/02/2009 18:03:48
Requião diz que investimentos são saída contra crise

O desastre começou em Breton Woods.Tinham os EUA certeza absoluta de seu poder militar. Vencedores da guerra, convocaram a Conferência que estabeleceu o dólar como padrão de moeda em todo o mundo. Com uma única limitação: o dólar só seria emitido na medida em que houvesse contrapartida em ouro. Aí está o inicio da fantástica lenda do Forte Knox.Os EUA emitem seu papel-moeda através de uma associação de bancos privados conhecida como Federal Reserve, que passa a inundar o planeta com a nota pintada de verde, traduzida em moeda-padrão do universo. A correspondência em ouro foi quebrada inicialmente por Richard Nixon e por Ronald Reagan em decreto presidencial unilateral. Hoje, existe dólar no planeta sem correspondência com ouro, com a capacidade industrial instalada, com o produto interno bruto dos EUA. Existe dez vezes mais dólares circulando no mercado financeiro que o PIB de todos os países do mundo reunidos. As corporações industriais, se apropriando de todo o conhecimento técnico e cientifico do planeta, patenteado de forma unilateral e abusiva, aumentaram de forma fantástica seus lucros, ao mesmo tempo que congelavam os salários dos seus trabalhadores. Os lucros das bolsas, com a velocidade com a extraordinária velocidade da internet, dominam todos os negócios da terra. Com os salários congelados, o papel-moeda emitido em abundância começa a voltar para o mercado norte-americano. Pois, com o que o operário americano ganha, jamais seria possível manter o nível de renda e consumo da América do Norte. E aí temos uma oferta de financiamento abundante, que substitui o aumento dos salários dos trabalhadores, que não podiam mais, com o que ganhavam, sustentar a economia americana. Aí temos automóveis vendidos em 90 meses, financiamentos de moradia de exagerados, com prazos largos e juros absurdos, transformados nos famosos derivativos, sem nenhum controle do banco central norte americano. Tudo em nome da inventividade, da criatividade no mercado. Em determinado momento, os financiamentos não sustentados por uma evolução salarial provocam a crise, que começa como o crash de 1927 e 1929, no mercado imobiliário, e se alastra para o financiamento de automóveis, de estudantes, todo o financiamento caro e de largo prazo que substituiu o necessário aumento do salário dos trabalhadores. Numa linguagem técnica, a isso se chamaria de apropriação da mais-valia cientifica e tecnológica, sem que essa valorização do conhecimento do planeta adquirido ao longo dos séculos significasse a melhoria do salário e do poder aquisitivo do povo. Assim, a crise se estabeleceu. Senhoras e senhores.Como se determina, venho a esta Assembléia prestar contas do Governo do Paraná.Preliminarmente, a saudação do Governo às senhoras e aos senhores deputados. Fazem-se votos que esta Casa tenha uma legislatura produtiva. E que o Executivo e o Legislativo atuem de forma harmoniosa, parceira, em proveito da nossa gente. Ainda mais agora, quando a crise exige iniciativas eficazes em defesa do emprego, do salário, da produção e do consumo.A crise não pode sacrificar ainda mais os nossos trabalhadores. Os paranaenses, nos extremos de nossas possibilidades e responsabilidades, devem ser protegidos dos efeitos do abalo provocado pela debacle geral do sistema financeiro global.Aqui, na Europa, nos Estados Unidos, na África, da plácida Islândia aos agitados tigres asiáticos, onde quer que seja, reserva-se hoje ao Estado o papel de protagonista na crise aos Estados. O Estado, o mesmo Estado tão vilipendiado pelos fundamentalistas do mercado, emerge agora como esteio, como salva-vidas dos especuladores e de suas vítimas. Em regra, mais daqueles do que desses.Evidentemente, não estamos imunes à crise. O Paraná não está desonerado de seus efeitos. No entanto, com certeza, estamos bem equipados para enfrentá-la. Por que? Porque, desde o início desta administração, em janeiro de 2003, buscamos recuperar e fortalecer estruturas públicas, fortalecer o Estado. Buscamos recuperar e fortalecer a capacidade estatal de planejar e intervir na realidade, em uma desabrida e clara desafinação com os pregadores do Estado mínimo, com os fâmulos das privatizações, das desregulamentações.Ao mesmo tempo, desde os primeiros dias, procuramos preservar tanto a administração direta quanto a indireta do assanhamento, do apetite, da gulodice dos que encaram a coisa pública como um butim a ser partilhado. Nesse sentido, atuamos em duas frentes. Em uma face, revisamos todas as tabelas de preços, do fornecimento de material de consumo para as obras públicas. Moralizamos as concorrências, instituímos o registro de preços. Em outra face, cancelamos ou renegociamos contratos lesivos ao Estado e às empresas públicas. Menciono como referências os contratos de informática, mais de meio bilhão de reais de dinheiro público irregular e desnecessariamente comprometido, que cancelamos. E, sobretudo, os absurdos contratos de compra de energia firmados pela Copel, que repactuamos em condições vantajosas para nós, paranaenses. Buscamos, enfim, lançar e firmar bases para a construção de um Estado democrático, moderno, progressista e justo, em contraposição ao modelo em voga, excludente, gerador de desigualdades sociais, de desequilíbrio econômico, de corrupção.Buscamos um Estado que praticasse políticas públicas que assegurassem os direitos fundamentais da cidadania; que radicalizasse na opção pelos mais pobres, pelos desvalidos, pelos trabalhadores, pelos pequenos. Que combatesse as desigualdades sociais e regionais, que investisse nas regiões menos dinâmicas do nosso território. Que contribuísse para a construção de uma Nação para os nossos, e não um Brasil para os outros, para o desfrute do mercado, para o deleite das megas corporações transnacionais, notadamente as do mercado financeiro.Esse, o caminho que escolhemos. Na contramão das receitas, preceitos e dogmas neoliberais. Arrostando e encarando as consequências dessa escolha. E não foi branda, muito menos respeitosa, a reação dos torquemadas do mercado. Na verdade, a crise que hoje desorganiza a economia mundial e cuja grandeza ainda não nos é ainda possível avaliar, já estava escrita nas estrelas.Não era preciso ser profeta, consultar o Oráculo de Delfos ou a mãe Dinah para saber que a especulação, a jogatina amalucada, desregrada das bolsas, o arrocho dos salários dos trabalhadores do mundo todo, mais cedo ou mais tarde trariam consequências funestas. O que esperar, quando a especulação e a usura prevalecem sobre o trabalho e a produção? Todavia, aconteceu.Trata-se agora de impedir que a crise castigue a nossa gente, de impedir que, como é de uso, a conta seja paga pelos trabalhadores. O que interessa, e deve mobilizar o Executivo e o Legislativo, é a garantia dos empregos, dos salários e da produção. É o que temos feito.Agora, em abril, entra em vigor a diminuição do imposto de 95 mil itens de consumo mais frequente — alimentos, eletrodomésticos, remédios. Tudo aquilo, enfim, que compramos, que compra o trabalhador, com o salário que recebe.Essa desoneração do consumo vem em boa hora. Em circunstâncias como as de agora, o estímulo ao consumo é vital. A equação é muito simples. A contração do consumo resulta na diminuição da produção, no desemprego, na redução da massa salarial. Logo, é o que temos que evitar. O círculo virtuoso da economia não pode ser revertido. A diminuição do ICMS desses 95 mil itens, na verdade, é um capítulo a mais, e certamente não o último, de uma política fiscal que abre mão do imposto em troca do emprego, do consumo, da produção.Começamos em 2003, quando de uma só penada isentamos o microempresário do pagamento de imposto e reduzimos radicalmente o imposto da pequena empresa. Hoje, das 242 mil empresas cadastradas na Receita Estadual, 172 mil beneficiam-se da redução do ICMS.Toda vez que um setor da economia precisa de ajuda, com a ajuda da Assembléia Legislativa, cortamos imposto. Tanto para aumentar a competitividade dos nossos produtos, quanto para diminuir o impacto de retrações de mercado. Foi assim que cortamos o ICMS da criação de frangos, da suinocultura, de fabricantes de carrocerias, dos moinhos de trigo, de dezenas de casos semelhantes. Para incentivar as nossas indústrias a se equiparem e modernizarem, cortamos o imposto das importações de bens de capital pelo nosso Porto de Paranaguá.De todas essas iniciativas de diminuição e isenção de ICMS, uma das mais importantes, e de maior repercussão em nossa economia, foi a redução de 18 para 12 por cento do imposto nas compras internas. Isso levou grandes atacadistas a fecharem seus escritórios de compra em outros Estados, dando preferência ao produto paranaense. Mais produção, mais vendas, mais empregos, aqui mesmo, no nosso Paraná.Disse que uma das premissas deste Governo é o combate aos desequilíbrios regionais. Pois bem, para tanto, estamos dilatando em até oito anos o recolhimento do ICMS para a ampliação de investimentos e para novos investimentos nas áreas menos desenvolvidas, de menor Índice de Desenvolvimento Humano. Assim como prorrogamos por até quatro anos o recolhimento do ICMS sobre a conta de energia elétrica das empresas que se instalarem nas regiões mais pobres do Estado. Esse dinheiro fica como capital de giro para as empresas. Em uma conjuntura como esta, é um recurso extraordinariamente bem-vindo. Até o momento, já deixamos com as empresas a quantia de 3 bilhões e 200 milhões de reais em imposto não recolhido.A política de usar o imposto como meio de defesa do emprego e da produção está dando certo. Os resultados são fantásticos. De um lado, damos vida e sobrevida aos investimentos, às empresas. Hoje, temos aqui no Paraná o melhor índice nacional de longevidade das micro e pequenas empresas. Isentas de impostos ou recolhendo o mínimo, nossas empresas vivem bem e muito mais que a média brasileira.Na outra ponta, isso faz com que o Paraná seja o Estado brasileiro que mais gera empregos com carteira assinada, proporcionalmente. Nos últimos seis anos, atingimos a magnífica marca de 627 mil empregos formais. Como um estudo do BNDES recomenda que a cada emprego direto calcule-se a criação de 2,8 empregos indiretos, teríamos então, no período, um milhão, setecentos e cinquenta e cinco mil e seiscentos novos empregos. Tenho lido, nesses dias, com certa preocupação e muito espanto, notícias sobre a perda de empregos formais no Paraná, inclusive algumas projeções fantasiosas, para o encanto dos pessimistas. Modus in rebus. Moderação na coisa. Não é bem assim. Vamos à verdade dos números.Em dezembro, como em todos os dezembros, desde que o mundo é mundo, há de fato aumento de demissões. As fábricas já fabricaram o que tinham a fabricar para o final do ano; as lojas já venderam o que tinham a vender. E assim por diante. Daí, as demissões.Em dezembro de 2007 foi a mesma coisa. Sem crise, foram demitidos quase tantos trabalhadores quanto no dezembro de 2008. É sazonal, dezembro é o mês das demissões dos trabalhadores contratados especialmente para a demanda das festas do final do ano.O que poucos disseram, o que poucos destacaram é que, mesmo assim, o saldo de empregos no Paraná, em 2008, foi altamente positivo, um saldo de cento e dez mil novos empregos com carteira assinada, ou trezentos e oito mil novos postos de trabalho, segundo a projeção do BNDES.Mais ainda — a taxa de crescimento de empregos do Paraná, no ano passado, ficou bem acima da média nacional: 5,69 por cento, ante 5,01 por cento; e superior a Estados como São Paulo e Minas Gerais.Vamos manter os mesmos números neste 2009 que começa tão nebuloso? Certamente não. Mas esse terrorismo todo acaba levando empresas a demitirem sem base na realidade dos fatos, como reação espasmódica, pavloviana. Falou em crise, já sacam demissões e cortes de gastos como se fossem os remédios salutares. Mais adiante falarei sobre a terapia dos cortes de gastos, essa malandragem tão em moda que empana gestões incompetentes e glorifica a mediocridade.Se as fábricas não podem parar, se o comércio não pode deixar de vender, e nos limites de nossas responsabilidades estamos fazendo de tudo para que a economia continue em movimento, os nossos agricultores também devem ser apoiados para que prossigam plantando.Destaco aqui ações voltadas à agricultura familiar, uma vez que todos os alimentos servidos à nossa mesa, diariamente, vêm das pequenas e médias propriedades. Hoje, das 374 mil propriedades agrícolas existentes em nosso Paraná, 340 mil são da agricultura familiar. Para esses agricultores, criamos o Fundo de Aval, o Trator Solidário, a Irrigação Noturna. O Fundo de Aval libertou o pequeno agricultor da amarra da falta de crédito, porque não podia oferecer as garantias que os bancos exigiam. Hoje, quem garante o financiamento é a nossa sociedade, através do Estado.Já distribuímos 2.500 tratores com o programa Trator Solidário para mecanizar e modernizar a agricultura familiar. Os efeitos da mecanização na pequena propriedade são fantásticos. Aumenta a produção, a produtividade, a renda, fixa a família à terra, diminui o êxodo e, por consequência, melhora a vida nas cidades. Com o programa Irrigação Noturna, financiamos equipamentos de irrigação e damos um desconto substancial na tarifa de energia, para que os agricultores irriguem suas plantações durante a madrugada. A taxa de financiamento do equipamento é de 1%, não ao mês, mas ao ano, simplesmente para um registro do que se está fazendo e do benefício que se consegue.Fala-se no verdadeiro milagre de produtividade da pequena agricultura japonesa, chinesa, coreana e mesmo da européia. Pois bem, estamos construindo a mesma coisa aqui, no Paraná. Com crédito agrícola, mecanização, irrigação, pesquisas e assistência técnica. Os resultados estão aparecendo. Pela primeira vez em tantas décadas, ano passado o Paraná deixou de perder pequenas propriedades. Pelo contrário, aumentou o número delas e, por conseguinte, caiu o índice de êxodo rural. Essa é outra frente de batalha contra a crise: garantir a pequena propriedade rural, produzir alimentos, evitar a alta de preços e a inflação.Combater a crise é também investir em infra-estrutura e em obras públicas. Investimos e vamos continuar investindo, rejeitando a opção fácil, desfrutável e meã dos cortes de investimentos. Para recuperar, construir e melhorar oito mil quilômetros de rodovias estaduais, já investimos 1 bilhão e 500 milhões de reais. E, neste ano, vamos investir mais 250 milhões na construção, recuperação e conservação de estradas estaduais, municipais, aeroportos e pontes.O Paraná é auto-suficiente em energia elétrica, mas continuamos investindo forte no setor. Depois de concluir as usinas de Santa Clara e Fundão, iniciamos a de Mauá. Neste 2009, devemos investir 1 bilhão e 100 milhões na geração e transmissão da nossa Copel. Queremos aumentar cada vez mais a oferta de energia, para receber e estimular a ampliação de grandes investimentos industriais, comerciais e de serviços.A batalha dos portos públicos do Paraná continua. Começa agora a dragagem, e ainda neste semestre vamos eliminar as restrições à navegação. Com 430 milhões de reais em caixa, continuaremos com obras. Agora em março, vamos inaugurar o Terminal Público de Fertilizantes e um novo pátio para a movimentação de veículos. E estamos construindo um terminal público para congelados. Mesmo com o espocar dos primeiros sinais da crise, os portos de Antonina e Paranaguá geraram, em 2008, uma receita cambial de 14 bilhões de dólares, a maior de todos os tempos. Na ampliação da infra-estrutura do saneamento, os números também são expressivos. Já investimos dois bilhões de reais em água e esgoto. E, até 2010, vamos investir mais um bilhão de reais. Hoje, cem por cento da população urbana do Paraná recebe água tratada em casa. E 95 por cento dos moradores das cidades com mais de 50 mil habitantes são atendidos com coleta e tratamento de esgoto. São, sem dúvida alguma, os melhores índices do Brasil, iguais ou melhores que os de países desenvolvidos. Os investimentos em infra-estrutura somam-se aos investimentos em obras públicas. Construímos, reformamos ou ampliamos 37 hospitais. Em todas as regiões. Cito aqui os magníficos hospitais de Paranaguá, de Paranavaí, de Ponta Grossa, de Francisco Beltrão, o Centro de Queimados de Londrina, o Hospital da Criança, em Campo Largo, e o de Reabilitação, em Curitiba.A regionalização do atendimento à saúde deixou de ser promessa ou intenção para se transformar em fato. Ainda mais. Para cuidar das mães paranaenses e de seus filhos, nos bairros ou cidades onde moram, já construímos ou estamos concluindo 145 Centros da Saúde da Mulher e da Criança. Pequenos hospitais, com ultrassom, médicos, pediatras, ginecologistas e dentistas. E já autorizei a construção de outros 150.Para atender as reivindicações dos municípios de melhorias urbanas, de pavimentação, de creches, praças, terminais rodoviários, centros de convivência, ginásios de esportes, canchas cobertas, postos de saúde, escolas, mercados, barracões industriais, bibliotecas, parques, iluminação pública, financiamento de máquinas e equipamentos rodoviários vamos investir, neste ano, com crise ou sem crise, pois temos 600 milhões de reais em caixa, e 200 milhões de reais de retorno das prefeituras, vamos investir 800 milhões de reais. Estado algum tem um fôlego como esse para apoiar os novos prefeitos.São incríveis os efeitos dessas obras e desse volume de investimentos na vida de nossos municípios, especialmente nas pequenas localidades. Construímos, reformamos ou ampliamos 26 unidades penitenciárias, elevando o número de vagas no sistema de 6.529, para l4.563 neste momento. Programamos a construção de outras cinco unidades, e projetamos a construção de outras seis, para criar mais sete mil e trezentas vagas.Entre 2003 e 2008, construímos 75 novas escolas e reformamos outras 251, um investimento de 105 milhões de reais. Agora, estamos construindo 14 escolas, licitando outras 31 e concluindo o projeto de mais 46 unidades, num investimento de 273 milhões de reais. Até 2010, temos programadas, além do que citei, mais 92 novas escolas. E para resolver de vez as dificuldades do transporte escolar, estamos comprando um mil, cento e quarenta ônibus, um investimento de 133 milhões de reais. A maior parte deles de uma montadora de carrocerias do Paraná, com domicílio industrial em Cascavel, gerando a contratação de mais 350 trabalhadores.Já construímos 22 mil e 500 casas populares, um investimento de 349 milhões de reais; e urbanizamos e regularizamos 19 mil e 700 lotes. São 180 mil paranaenses beneficiados. Estamos hoje desenvolvendo no bairro Guarituba, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, o maior programa de urbanização do País, atendendo cerca de 60 mil pessoas. Um número maior que a população de 90% dos municípios do Paraná. Neste 2009, vamos construir mais 14 mil casas, um investimento de 113 milhões de reais.Pois é. E ainda temos que ouvir em nossas manhãs radiofônicas que este Governo não tem obras. O que querem? Fontes luminosas? Portais e outras pirotecnias tão ao gosto de alguns? É preciso muita má vontade, muito azedume, muita ignorância córnea ou má-fé cínica para negar a este Governo o maior programa de obras públicas e de investimentos hoje no País, entre todos os Estados, e o maior da história entre todos os governos do Paraná.Assim combatemos a crise. Investindo, construindo, melhorando a vida das pessoas, gerando empregos, dotando o nosso Paraná de infra-estrutura moderna, adequada, favorável a novos empreendimentos.E não vamos cortar gastos. Cortar gastos é a saída clássica, pouco criativa, desiluminada, preguiçosa, ou, quando não, espertalhona. Vejo aí muitos Estados e prefeituras quebrados e que aproveitam a onda da crise para suspender obras que não iriam fazer nunca, para cortar despesas que não tinham condições de realizar com crise ou sem crise, para negar aumentos salariais que não dariam mesmo. E proclamam que estão fazendo um choque de gestão. Ora. A minha disposição de não suspender investimentos, de não cortar gastos, de acelerar as obras públicas, de manter o cronograma previsto já mereceu críticas e reparos, tanto na imprensa local quanto da nacional. E toda vez que sou entrevistado, a primeira pergunta é sobre os cortes de gastos para enfrentar a crise. Por que essa obsessão? Por que o Estado tem que sacrificar obras e investimentos, ainda mais obras e investimentos que vão atender os que mais precisam e dependem da administração pública? Afinal, com o que o Estado gasta? Relatei aqui. Gasta com saúde, com educação, com habitação, com infra-estrutura, com saneamento, com apoio à produção, com estímulo à geração de empregos, com a modernização do Judiciário, e com a necessária modernização do nosso Ministério Público. É com isso que gastamos. E falam em cortar esses gastos, como se cortá-los fosse uma coisa boa, virtuosa, responsável, equilibrada, e outros adjetivos com que premiam-se ações administrativas fiéis à cartilha neoliberal, do neoliberalismo que explode nesse momento a economia do planeta.É a mesma reação de alguns patrões que, esperta e açodadamente, jogam a conta para os trabalhadores, demitindo, propondo redução de salários e outras coisas do gênero. Para surpresa de alguns, para o desconsolo dos cortadores de gastos, dos entusiastas dos choques de gestão vou dar aqui algumas informações sobre o custo da máquina pública paranaense, conforme estudo — pouco divulgado — do Ipea, o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada.Primeira informação: dos Estados do Sul, o custo da nossa máquina é o menor. Segunda informação: entre os 27 Estados brasileiros, o custo da máquina pública paranaense, por habitante, fica em décimo-primeiro lugar, apenas cinco reais acima, por exemplo, que o custo da máquina de Minas Gerais, estado tão decantado por sua proposta neoliberal e pelo choque de gestão que sacrifica empregos, salários, trabalhadores.Nossa eficiência dispensa o marketing e a propaganda. Por isso que não vamos cortar gastos, reduzir investimentos, suspender obras. É claro, vamos estar sempre atentos ao andar da conjuntura e, se necessário, com responsabilidade, fazer os ajustes necessários. Da mesma forma, não vamos suspender ou diminuir qualquer dos programas dirigidos aos paranaenses de menor renda, como o Leite das Crianças, o Luz Fraterna e a Tarifa Social da Água.Igualmente, vamos continuar a política do piso salarial regional. Com a fixação do nosso mínimo entre 527 e 548 reais, em maio de 2008, foram beneficiados, diretamente, 170 mil trabalhadores e, indiretamente, 210 mil assalariados que tiveram seus reajustes influenciados pela base do piso regional. Segundo o Dieese, o mínimo regional injeta em nossa economia mais de 400 milhões de reais, no decorrer do período de sua vigência. Como se vê, cortar salários, reduzir os ganhos dos trabalhadores, não é propriamente uma medida muito inteligente.Senhoras e senhores deputados, são as contas que presto de como o Governo do Paraná enfrenta a crise. Para avançar ainda mais, para impedir que a crise sacrifique a nossa gente, Executivo e Legislativo devem estreitar ainda mais suas relações. Juntos, vamos pensar, vamos criar, vamos fazer.À guisa de encerramento, Alguns conselhos, ao governo federal. Em primeiro lugar: o Brasil não pode manter sua indústria sem o controle do câmbio. Isso diz respeito principalmente às industrias que trabalham com insumos importados, como a indústria de informática, como a nossa Positivo Informática, que trabalha com 85% de insumos importados. Como podem eles fixar um preço internacional, participar de uma megaconcorrência, quando o dólar varia em duas, três horas, de R$2,20 para R$2,45? É rigorosamente impossível. Os países do mundo inteiro estão controlando o câmbio, e o Brasil tem que fazer isso com coragem. A segunda medida é a estatização dos empréstimos. O presidente Lula, no caminho certo, liberou uma bela fatia do depósito compulsório dos bancos. Porque empresa sem financiamento — e os financiamentos internacionais foram encerrados — não pode evoluir, não podem produzir. E os bancos aplicaram o compulsório em letras do tesouro. Seguindo o entendimento do Tratado da Basiléia, cuidando de sua estabilidade e pouco se preocupando com a economia do País onde estão, os bancos bateram todos os recordes de lucratividade. Todos eles, hoje, enfeitam as páginas do Guinness, o livro dos recordes.O caminho é a estatização dos empréstimos. Alguns liberais se enrubesceriam e mostrariam sinais de indignação diante de uma proposta destas. Mas o Fundo Monetário Internacional não propôs, como eu estou propondo agora, a estatização dos empréstimos. O FMI propôs a estatização dos bancos, para a sobrevivência da economia do planeta. Outra medida já foi tomada pelos governos federal e estadual, com o PAC e o nosso plano de aceleração do crescimento. Temos que maximizar investimentos, principalmente nas regiões mais pobres. Investimentos produtivos, em infra-estrutura. Investimentos que gerem empregos. E, finalmente, precisamos de aumentos de salário. A crise que vivemos hoje começou porque as empresas capitalistas maximizaram lucros, se apropriando da mais-valia da ciência e tecnologia gerada pela humanidade o longo dos anos, e congelaram os salários. Só vai haver a retomada do desenvolvimento com a industrialização do País. Não podemos continuar sendo uma espécie de plantation das nações mais desenvolvidas, como foram no passado a África e a Índia, onde os países desenvolvidos plantavam para seu consumo. E, quando foram embora, na mudança dos ciclos econômicos não deixaram educação, tecnologia, desenvolvimento. É evidente que as commodities não deixariam de ser interessantes, mas elas não podem ser o objetivo absoluto de um governo, de uma sociedade, de uma economia.Precisamos da industrialização, da ampliação de salários, da aceleração da possibilidade de consumo neste nosso extraordinário Paraná. E, no que se refere ao funcionalismo público, não vai aqui uma promessa vazia, de um demagogo na tribuna — mas os aumentos serão os maiores que o Estado puder dar. O aumento do salário do funcionalismo significa maior capacidade de compra. Somado a política fiscal lubrifica esta maquina e restabelece o circulo virtuoso do desenvolvimento.Muito obrigado.


Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)