quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

O sonho de Karina.

O último texto de 2009.
O sonho de Karina Karamazov.
Desde pequena Karina só tinha conhecido uma paixão: dançar e sonhar em ser uma bailarina do balé Bolshoi. Seus pais haviam desistido de exigir empenho em qualquer outra atividade. Os rapazes já haviam se resignado, no coração de Karina só havia lugar para a dança.
Um dia Karina teve a sua grande chance. Conseguira uma audiência com o Kara Bicheviski, diretor do Bolshoi que estava selecionado aspirante para o balé.
Karina dançou como nunca. Colocou toda a sua alma em cada movimento.
Terminada a sua “ prova” aproximou do Kara Bicheviski e perguntou: então tenho alguma chance?
Na viagem de volta Karina em lagrimas nunca pensou que aquele “não” lhe pesaria tanto na sua alma.
Meses se passaram ate que pudesse vestir as sapatilhas e se recuperar.
Dez anos depois o Bolshoi faz uma turnê pela sua cidade. Ela ocupa a primeira fila, era agora conceituada professora de um raro balé.
Para sua surpresa, viu que o Kara Bicheviski ainda era o diretor do balé, embora um Bicheviski caido; sua curiosidade levou-a a se aproximar e perguntar; se ele sabia o quanto lhe doera aquele não.
Bicheviski, colocando a mão na cintura, diz, mas querida eu digo isso a todas.
Karina parou um pouco, e disse baixinho, como o senhor pode cometer uma injustiça dessas?
Cínico o Kara Bicheviski, diz: Amiga, você jamais seria uma grande bailarina se desistiu de seu sonho pela opinião de uma única pessoa.
Karina deu-lhe uma tapa pé na Kara de Bicheviski e saiu como se tivesse recuperado a dignidade.
Moral: O primeiro passo, para se realizar um objetivo, é ter a convicção de que é possível alcançá-lo, não importando em quantas tentativas tenha que se dar um tapa pé( chute) na Kara do Bicheviski. O Bolshoi, naquele dia, no passado, perdeu uma grande bailarina, e perderia um diretor dez anos depois por traumatismo craniano. Karina era agora mestre em um balé muito especial, o Vale Tudo do Circo de Moscou
Super moral. Cuidado quando por presunção profissional se desvia uma vocação.
Ultra moral: cada vez que um "homem" impede uma mulher do exercicio de uma vocação natural a induz a asumir um papel masculino.

Wallacereq@gmail.com

A Carne, o espelho mágico do homem.

O espelho do homem.
Carta aos casais amigos.
Deus fez o homem e a mulher. Não só lá no inicio de tudo, mas a cada dia, ele esta fazendo o homem e a mulher. Portanto o homem e a mulher não são obras acabadas de Deus. São possibilidades, projetos secretos de Deus.
Quando Deus une um homem a sua mulher, faz deles uma só e mesma carne. Ora, então a mulher vê no homem a sua carne, e o homem vê na mulher a sua carne.
Se uma mulher acha que seu homem esta acabado, pronto, obra que ela já conhece, ele assim será. O mesmo ao homem acontece.
Como são o remédio e consolo, de uma para a outra carne em construção ate o último dos dias de suas vidas, cabe a mulher e ao homem serem espelhos mágicos um do outro.
A mulher tem de ver no marido possibilidades, projetos, e o homem, o mesmo, ver na mulher.
Ai, o novo, o possível, vem morar no meio do casal. Abrir a empoeirada porta da acomodação, deixar entrar ar e luz para a obra inacabada de todo o dia. Essa obra nova em construção gera o querer fazer, o querer realizar, o querer amar. Gera vida.
Portanto nuca a mulher, espelho do homem, o olhe como um ser sem amor, sem projetos, sem futuro, cansado...
Acabado.
Nem o homem considere sua mulher obra acabada, conhecida.
Olhe para ele, a mulher, com todas as possibilidades que ele tem. Mostre para ele como ele é importante. Que ele veja na carne dele, que é a mulher, o que ele ainda pode ser não o que ele acha que é, o mesmo veja o homem na sua mulher, sua carne cheia de futuro.
Ora, se num repente algo fora do casal, desperta a paixão, é porque ela estava lá, a paixão adormecida, e o novo a acordou. Pois o novo, não é a outra pessoa, mas é a outra pessoa que estava adormecida em você que acordou.
Olhe para seu marido e o marido para a mulher, de maneira nova. Pergunte coisas novas, estimule coisas novas, vista nele, ou nela, roupas novas. Deixe-o bonito, ou deixe-a bonita, como você se vê no espelho, pois ele, e ela, são sua própria carne. Se você mulher, acredita nele, você acredita em você, ele é a sua carne. Se não acredita nele, ou nela o marido, você não acredita em você. Como pode você acreditar em apenas metade de você?
O novo nada mais é do que Deus construindo a vida de vocês.
Portanto deixe Deus entrar com suas novidades renovadoras fortalecendo a fé na vida, para que a vida do casal não se torne um inferno no baú da acomodação.
Um feliz ano NOVO para os Casais Amigos

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A cidade sem espelhos.

A cidade sem espelhos.
“Então sereis uma só carne”.
Havia passado boa parte da noite acordado. O sono, e a desatenção já formigavam o meu corpo. Então cochilei e adormecido sonhei.
Estava em uma cidade, numa praça, onde crianças, meninos e meninas brincavam. Eram lindas crianças, vestidas com roupas coloridas e cuidadas. Não pude deixar, e falando sozinho exclamei: que lindas crianças!
Então uma linda e graciosa menina se voltou em minha direção e disse: Achas que somos lindas? São nossas mães que nos deixam assim!
Pensei... As mães dessa cidade são virtuosas.
Então segui pela rua principal e encontrei um senhor que parecia brilhar. Dirigindo-me a ele disse: O senhor parece brilhar, estaria radiante de felicidade? Ele me respondeu, é minha mulher que me deixa assim.
Puxa pensei, as mulheres daqui são virtuosas. Vi então uma casa comercial e entrei, queria comer e beber algo. Uma senhora de uns trinta e cinco anos, linda, simpática, encantadora veio me atender. Eu não pude deixar de dizer um galanteio: Senhora, como és simpática e encantadora. Ela sorrindo, me responde: Achas? È meu marido que me deixa assim. Fiquei pensativo... Os homens dessa cidade devem ser virtuosos. Sai dali e encontrei uma senhora de idade, feliz, bem vestida, porque não dizer; charmosa. Indaguei tirando o chapéu... Senhora pode-se ver que estas muito feliz, é verdade? Sim respondeu ela, meu velho marido me faz assim.
Que curioso, que cidade surpreendente, pensava eu com meus botões. Voltei à praça. Enquanto caminhava me preocupei com minha aparência, como seria eu aos olhos daquelas pessoas? Desci a rua em silencio notando que em cada porta das casas havia um letreiro dizendo sempre as mesmas palavras: “Então sereis uma só carne”.
Havia na praça um senhor. Bom dia amigo, eu disse. Pode me dizer onde encontro um espelho? Espelho, ele repete, o que é isso? Digo: Um vidro onde podemos ver nossa imagem. Ele, movendo-se um pouco para que eu pudesse me sentar, diz: sente um pouco, por favor.
A sua imagem, senhor, são as outras pessoas. Como assim, indaguei.
Diz a Sabedoria, que quando um homem e uma mulher se unem se tornam uma só carne. Portanto quando um homem olha para sua mulher, olha para si mesmo. Se ele vê sua mulher triste, vê a si mesmo triste. Se despenteada, vê a si mesmo despenteado, se suja, vê a si mesmo sujo. Então ele pode convidá-la a alegrar-se, a pentear-se, a tomar um banho juntos, pois juntos são uma só e mesma carne. Então o homem cuidando da mulher, sua carne e sua imagem e semelhança, cuida de si, e sua imagem e semelhança, por sua vez, sendo sua própria carne cuida de ti. A tua imagem cuida de ti. Uma mãe cuida dos filhos e filhas e os prepara para os filhos e filhas dos outros, mas as outras mães cuidam de seus filhos e filhas para os nossos filhos e assim um dia eles serão então uma só e mesma carne. Compreende?
Então abriu um livro e leu algo assim: ninguém aborrece a própria carne, antes cuida dela, assim marido, seja solicito para sua mulher, e mulher seja solicita para seu marido... pois....
Aquilo me perturbou profundamente a alma. A cidade começou a diluir-se, a desmanchar-se. Então o homem me disse: Senhor, senhor antes que acorde, lembre-se se faz muito tempo que negligencias a tua imagem e a tua carne, que é sua mulher, lembre-te é trabalho difícil, cotidiano, paciente, mas é preciso começar e perseverar... Senhor... Acordei assustado. Peguei um papel e escrevi sem saber o por que: “Homem levanta a tua esposa. Mulher levanta o teu homem”.
Durante todo o dia eu lia aquela anotação. Se minha mulher esta gorda, é porque eu não estou cuidando dela que é minha imagem e carne. Se esta triste é porque não lhe comunico alegria. Se desanimada, não lhe comunico animo... Estou sempre tão preocupado com minha felicidade, que me esqueço dela, que sou eu. Olho no espelho, mas não olho para ela, penteio os meus cabelos, quero ser o tal... Escovo os meus dentes, quero ser auto-suficiente... Quando deveria escovar os cabelos dela, de lhe dar animo, fazer dela a tal... Servi-la, pois ela é minha carne. Troco a minha imagem real pela imagem virtual do espelho frio, imagem invertida, narcísica, onde um abraço nessa imagem mentirosa coloca o meu coração sobre a imagem refletida do meu coração, quando, se por ventura, eu abraço a minha imagem na minha carne, feita mulher, o abraço real coloca o coração dela do lado do meu, como num prato de balança antiga, balança da vida, pesando o dia a dia do amor conjugal. Se o sexo dela está adormecido, é porque eu o deixei dormir. Se o meu esta indiferente a ela, ela o deixou dormir. Se ela esta silenciosa é porque eu já não converso mais com ela. Se não tem paixão, a culpa não é dela é minha.
Então percebi que não olhava mais para mim, mas olhava para uma invenção que me separava de mim mesmo, uma imagem fria, uma ilusão. Eu vivia para o que eu acho ser o outro, mas não vivia para o outro verdadeiro que é minha própria carne na mulher minha imagem e minha semelhança. E pensei: então sereis uma só e mesma carne vivendo em uma cidade sem espelhos.
Um homem e uma mulher não são uma obra acabada. Só a ilusão pode nos enganar dessa maneira cruel e nos fazer crer, que o amor acabou, pois o amor é Deus e Deus não acabou. O casamento acabou digo eu... Por que acabou o respeito que deveria ter pela minha própria carne e imagem, porque parei desde muito de olhar, ser solicito, cuidadoso atencioso com minha mulher, eu e ela começamos a nos olhar no espelho, a nos preocupar com nossas vaidades, com a nossa beleza fria, quando a nossa beleza estava e está na união solicita de nossas próprias carnes... pois Deus nos deixou assim unidos.
Então tudo começou a se diluir... e eu gritei: Senhor, senhor lembre-te se faz tempo que .... Senhor... Amigo... antes que o senhor acorde.... leia isso....nós somos eternos sonhando um sonho passageiro.... por isso esta escrito: " Até que a morte os separe"... e tudo se diluia, eu ja não sabia se era eu que estava com o livro estendido..., ou se eu era o homem com chapéu, só uma coisa era real, as crianças, meninos e meninas brincavam na praça da "Cidade sem Espelhos", porque seus pais e mães assim os fizeram lindos, na união indissolúvel de suas carnes vivas.

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domingo, 27 de dezembro de 2009

A Cosmogonia judeu-Cristã

A Cosmogonia, a Ecologia Cristã e a Responsabilidade Humana.
Antes de tudo é preciso admitir, que o homem sempre se percebeu parte de um contesto de forças muito superiores a ele. Frio intenso, neve colocando-lhe a vida em risco, calor insuportável, secas sazonais, violência dos ventos, tufões, tornados, ciclones, erupções vulcânicas, incêndios florestais, terremotos, enchentes, chuvas de pedras, mistérios celestes... Perguntas e perguntas sem fim.
Outra coisa que temos que admitir sem o que não entenderemos esse texto, é que o homem, seu aprendizado através dos séculos, diz respeito em primeiro lugar ao auto-controle, ou seja, educar-se, ou ser educado, é controlar-se. Pois bem, quando falamos em ação humana, falamos em valores, pois sem isso, falamos apenas em ação animal. Homem e valor, homem e racionalidade se confundem. Assim os valores são os freios internos aceitos pelo individuo racionalmente em vias de educar-se, ou como queiram, de pautar seu comportamento. E desse modo controlar seus comportamentos, suas ações. Os valores morais se desenvolvem na vida do individuo de tal modo que se tornam, para o homem, superiores do que à sua própria vida individual. Isso, é a mais radical expressão do valor humano, o maior aperfeiçoamento da consciência social. Somente quando se atinge esse patamar moral vencemos o egoísmo de sobrevivência. Assim o homem pode morrer pelas suas idéias, pelo seu país, pela sua família, pelos seus filhos, pela sua mulher. Se não compreendermos isso, não compreenderemos o cristianismo.
Quando esses valores que regulam o fazer ou deixar de fazer humanos se deduzem da compreensão de Deus, do qual somos imagem e semelhança, na vontade, inteligência, racionalidade e ação, e aceitamos que Deus se revela ao Homem, não só através dos mistérios naturais, mas sobre tudo, no Verbo Encarnado, chamamos a esse freio de valores, MORAL. No caso Moral Cristã. Quando não acreditamos na revelação, mas que o homem esta construindo valores para seu convívio social e para explicação do mundo, chamamos a isso ÉTICA. As duas palavras têm origem no mesmo radical, um grego e outro latino: Morus, do Latim, comportamento revelado pela vontade de Deus, e Éthos do Grego, comportamento costumeiro. Aos costumes como se dizia.
Então se há alguma responsabilidade do homem com o meio que o cerca, o ambiente que o cerca, antes de tudo devemos nos perguntar: quais os valores que controlam a ação humana com relação ao meio que o cerca, incluindo como é obvio, o meio social e os outros homens, pois o homem não se relaciona apenas com o meio Cósmico, mas com o Meio Social?
Chegamos enfim onde eu queria: Uma resposta lógica: A relação ecológica é acima de tudo uma relação moral, ou no mínimo ética, é uma relação de valor. Ora, “Oikós”, casa, habitat (ambiente familiar no entorno) que é a palavra grega que dá origem ao termo ecologia (oikós+ Logos= casa+ estudo) fala diretamente das relações do homem com sigo mesmo, como o próximo e as coisas em sua volta. Não há ecologia sem o homem, como alguns querem fazer crer. Uma harmonia cósmica que dispense o homem como sendo acessório, pois sem o pensamento do homem “realizando” o estudo da ecologia, só nos restará, para explicação dessa harmonia, a Inteligência e onipotência de Deus, e Deus criou o Homem, e o criou sua imagem e semelhança. Portanto o homem não é uma doença cósmica.
Se é assim, se essa é a evidência qual é o valor, a Moral, a ética, que pauta o relacionamento humano com o ambiente onde estão em primeiro lugar os outros homens, pois o homem não nasce sozinho, nem sobrevive ou se multiplica sozinho? Ora, o primeiro “oikós” é a família, o pequeno grupo humano que perpetua a espécie humana e garante a sobrevivência. Então o primeiro valor é o familiar, sem o qual não há educação, transmissão de experiências, cultura ( o culto em torno da mesa= Kult tour né ). E um jogo de palavras, embora traduza precisamente o que é a cultura.
Ora, a ciência que estuda a origem e evolução ou desenvolvimento do Cosmo, é a Cosmogonia. A cosmogonia judeu cristã é muito clara, Deus ( O Verbo= Palavra que indica ação, vontade e inteligência) criou o Cosmo. No início era o Verbo, leremos em Genesis. Afora a cosmogonia judeu-cristã há outras, mas todas intuem uma força que antecede ao homem, ao planeta, as estrelas, que é responsável pela sua origem, e sua evidente harmonia temporal ( ilius tempore).Ora, a grande pergunta que nos se impõem é: essa vontade quer algo dos homens? Ela indica um comportamento ideal, desejável, para o homem nas suas relações com o seu entorno? Se SIM, isto é a Ecologia Cristã, pois o VERBO criador se faz Carne, e habita entre nós, ou seja, se relaciona conosco, e desse relacionamento moral, não há duvida, esta a regra da ecologia cristã, ou seja, a regra moral do comportamento da casa, do grupo, do ambiente do entorno, ou meio ambiente. (Aliás, “ambi + ente” esconde a relação entre “ambos os entes”, o espiritual e o físico ou material).
Então há uma relação da harmonia entre os homens e a harmonia cósmica?
Sim há! O “Pai Nosso”, única oração que o Verbo Encarnado nos ensinou diz: Seja Feita a Tua Vontade, assim no Céu como na Terra. Ora a harmonia cósmica esta nas mãos de Deus, e na nossa vontade, enquanto imagem e semelhança de Deus em cumprir essa vontade, no Céu e na Terra.
Leremos em João 1,1: 18.
No principio era a Palavra (Verbo) e a palavra esta com Deus; e a Palavra (Verbo) era Deus. Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. “Nela estava à vida e a vida era a luz dos homens. E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguem dominá-la”. Vale a penas ler no Evangelho todo o texto.
E leremos em Hebreus 1,1-6.
“Ele nos falou por meio do Filho”. Urge ouvir o Verbo Encarnado no Meio Ambiente.


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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

A Tecnologia de Lula.

A tecnologia de Lula e a Rádio Escola do Rio de Janeiro.

O titulo é atraente. Mas na verdade ele diz respeito a dois assuntos. A tecnologia de Lula durante a Conferência de Comunicação, e o segundo assunto, as Rádios Escolas patrocinadas pela Secretaria de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro.
Quem ouviu o longo discurso de Lula na Conferência de Comunicação ficou boquiaberto. A linearidade, os objetivos, a pontuação... Um discurso escrito.
Eu sou psicólogo. Comecei a trabalhar no IMPOPE (Instituto Medico de Orientação Profissional e Educacional) aos 21 anos de idade. Portanto há muito mais de 35 anos atrás. Tenho ouvidos e olhos atentos, digo profissionalmente atentos. Lula lia “auricularmente” seu discurso, ou seja, repetia uma gravação lida em sua própria voz. Tornou-se duro nos gestos, e atento ao que ouvia. Não tinha aqueles espaços que todos nós temos quando falamos, que servem para organizar as idéias. Seus braços fiçaram imóveis, e os freqüentes pigarros escondiam os pequenos erros. Somente quando foi responder a questão das rádios comunitárias, ele voltou a falar por si, pois, recupera o laconismo, o característico gestuário, o tom de voz de quem responde espontaneamente e pensa no que vai dizer. Lula usou de uma tecnologia auricular para fazer o seu Discurso durante a Conferência de Comunicação. Se eu estiver errado rasgo o meu diploma.
“Lamentável, pois quando um homem com a responsabilidade que tem, começa a ser “soprado”, colando diante de milhões o próprio discurso, isso me passa uma imagem de marionete a serviço de um discurso escrito pra ser “representado” diante de uma ONU reunida na Dinamarca.
Mas como ele só recuperou o discurso próprio, para responder aos defensores das rádios comunitárias, eu pego o gancho, e comento as Rádios Escolas promovidas pela Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro mostradas pela TV Brasil.
Escolas Municipais do Rio de Janeiro estão colocando no Ar, rádios comunitárias, totalmente conduzidas, produzidas e apresentadas por alunos da rede municipal, que fundem pelas ondas do rádio, a comunidade escolar, com a comunidade do seu entorno, extensiva aos pais desses alunos. Algo fantástico, pois a comunicação e os defeitos na comunicação são a origem da violência, é o “desentender-se” ( com alguém ou com a Sociedade) que gera a violência das palavras e das “Vias de Fato”.
Tempos atrás eu contei em um desses blogs a origem da Rádio Colégio Estadual do Paraná, na década de 50, ou 40, aqui no Paraná e o resultado dessa experiência que acabou resultando na Radio e TV Educativas do Paraná.
Se quisermos a democratização da Comunicação e o acesso dos meios, às juventudes, têm que conceder as escolas públicas concessões e equipamentos para que as escolas ponham no ar sua voz e sua criatividade.



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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Mais um Herói de Natal

Outro herói de Natal.
Como é maravilhosa a Providência Divina. Ela parece uma mãe de família aos olhos de suas crianças. Quando compra a farinha, sal e ovos, ninguém imagina se dalí sairá pão, uma pizza, ou um bolo salgado. Ou seja, a Providência tem olhos muito antecipados aos fatos.
Menino ainda, calçando surradas sandálias de dedo, o garotinho ajudava ao seu pai nos partos de cachorros, cabritos e terneiros. Vivia na colônia. Aos quinze já auxiliava o nascimento de um terneiro com desenvoltura. Aos dezoito se inscreveu na Policia Militar do Paraná.
Arma na cinta, ambiente endurecido... Ladrões, homicídios, traficantes, violência contra a mulher... Se isso não endurece por completo o coração humano, torna o homem mais cético com relação a seus semelhantes. Mas sempre há remédio na mão da Providência.
O padrasto e o marido da jovem grávida, à colocam com cuidado no banco de trás. Violentas contrações indicam que ela está entrando em trabalho de parto. Depressa diz o padrastro, vamos para o pronto socorro do Evangélico. Mas quem diria, horário difícil, engarrafamento na Brigadeiro Franco e o tempo passando.
Olha ali, diz o marido da jovem, mostrando o Posto Policial da Praça Afonso Botelho ; vamos pedir aos policiais que abram caminho...
Dito e feito.
O policial vem atender e vê que não dá mais tempo. Num segundo, se lembra dos detalhes de sua infância e dos partos de bichinhos que fazia com o pai. Agora, com o curso de primeiros socorros que todo policial faz, ele abre o estojo de primeiros socorros, veste as luvas de borracha e sem pensar duas vezes, inicia o seu trabalho de forma quase instintiva.
A Criança esta imóvel. Ele percebe que há algo de errado, com a mão empurra a criança e tateando descobre a criança semi sufocada pelo cordão umbilical. Com pericia desenrola o cordão e finalmente vê a criança escorregar para os seus braços.
Todos estão brancos. Frios, embora aliviados.
Chama o Siate, por favor, diz o policial, é possível que ela precise de cuidados médicos.
Assim correu o tempo, e a criança e sua mãe; ambas chagaram ao hospital. Ambas em muito bom estado de saúde.
Não bastasse, no dia seguinte, a viatura da policia para defronte ao Hospital. Descem dois policiais armados, um deles com mais de cem quilos, colete a prova de balas, e para surpresa de todos, um buquê de flores nas mãos. Procuravam pela mãe e pela menina.
A Providência havia preparado a farinha na tigela, misturado um pouco, colocado o fermento, batido a massa, acendido o fogo, deixado a massa crescer o tempo necessário, enfim feito nas duas pontas dos acontecimentos tudo para que esse quadro de Natal (Natal quer dizer Nascimento) se revelasse publicamente no mais puro ato de solidariedade humana, heroísmo, e competência. Num ato de profundas raízes na fé e na vida.
Amanhã quem sabe, a pequenina recém nata será Capitã Médica da Policia Militar do Paraná. Tudo depende de como a massa seja preparada.
Feliz Natal a todos.
wallacereq@gmail.com

OBS: semi-sufocada é figura de linguagem pois nessa situação a criança ainda não respira pelas vias aéreas.
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domingo, 20 de dezembro de 2009

Bonita homenagem do Governo aos Policiais Militares.

Diploma de Mérito e Medalha aos 51 policiais que faziam a a segurança no Estádio Couto Pereira.


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Um homem para mudar o Haiti.




Eu conheço um homem capaz de mudar a face do Haiti.
Assistia a TV Brasil quando me surpreendi com um programa sobre o Haiti. Descobri que o Haiti é o grande deposito de pneus velhos do Caribe; imediatamente lembrei-me do empresário Francisco Simeão, o Chico Rico, e pensei: eu conheço um homem que pode mudar o perfil econômico do Haiti.
Chico teve que encerrar as atividades de sua fabrica de remodelagem de pneus, aqui no Paraná.
Imediatamente pensei, navios da Marinha Brasileira estão constantemente navegando para dar suporte as Forças de Paz do Haiti. O Chico transfere por esse meio sua fábrica para lá.
A estratégia é o mercado caribenho e africano.
Uma equipe de homens e mulheres, negros, nenhum branco, recrutados no Brasil, no Caribe e na África portuguesa e francesa. Muito bem treinados.
O primeiro módulo industrial a fábrica de recuperação de pneus.
O segundo modulo a fabrica de asfalto borracha.
O terceiro módulo a pavimentação.
O quarto uma unidade de plantio e beneficiamento de açúcar (vocação econômica original do país).
O quinto, beneficiamento de carne e leite, criação de gado caprino ou bovino, e refrigeração.
As cinco pontas exigem transporte, marítimo, portanto a sexta ponta é o Modulo de Transporte Marítimo Caribenho, e o africano contratado.
Em dez anos, o Haiti estaria totalmente recuperado.
Conhecendo o Chico, imagino que seus primeiros 1000 funcionários do primeiro módulo fabril, em equipes de 100, ou seja, dez equipes de 100 homens iriam, paulatinamente reformando as residências de cada um dos mil funcionários do empreendimento, de modo que a participação no grupo fosse evidenciada pelo concretismo da melhoria do nível de vida e habitacional. Esse projeto é pedagógico e exemplar. Propaganda pela Evidência. Parte da equipe treinada entre os africanos, de língua portuguesa e francesa, voltaria para a África para abrir frentes de comercialização de pneus re-moldados. Parte trabalharia nos países caribenhos, incluindo o México, a Venezuela, Santo Domingo, Cuba, Colômbia, Honduras, Costa Rica, Barbados e as Guianas.
O leite, a carne, a pavimentação local, os empregos (por volta de 10.000 diretos em dez anos) empurrariam a economia local, hoje paralisada. As exportações de açúcar, de carnes e derivados, ( depois de alimentada a população) seriam indutores de fomento à navegação comercial.
Tudo isso precisa de um suporte de controle, que geraria o Grupo Hi TI, grupo, cuja “marca”, orgulho do povo haitiano, seria Alta (HI) + (TI) Tecnologia de Informática, montagem de componentes eletrônicos com contratos iniciais, por exemplo, com as forças armadas dos cento e tantos países representados nas forças de paz ali sediadas, ou pela ONU. Só para começar.
Parece loucura, mas é projeto exeqüível. ( mas lembrem-se, nenhum branco no projeto).
Uma grande dúvida: E a energia? Poderiamos começar queimando o lixo. Depois aproveitar os vulcões com geradores movido a vapor. Finalmente o alcool de cana.


wallacereq@gmail.com.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Sugestão Cultural

Sugestão Cultural.
Faço uma sugestão à Secretaria de Cultura e Museu da Imagem e do Som, para o incremento cultural da Rede de cinemas em fibra ótica do Paraná.
Assisti na Educativa um documentário sobre o Núcleo de Cornélio Procópio numa parceria com a Universidade de Londrina, num esforço, junto com a comunidade escolar do ensino médio numa documentação da história dos anônimos, com impressionante resgate da cultura e história dos municípios da região.
Assim, na tradição antiga dos cinemas, sempre existiu uma apresentação antecipada aos filmes de uns dez minutinhos. Pois esses dez minutinhos que antecedem as projeções do filme em cartaz deveriam ser preferencialmente ocupados por esses documentários paranaenses, de alta qualidade, não só como esse da Educativa, mas também da Paulo Freire, como de outras origens independentes colhidos no próprio acervo do Museu da Imagem e do Som.
A idéia é boa e deve ser desenvolvida.


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Herois de Natal

Heróis de Natal.
Quem observa a equipe de operação de um caminhão catador de lixo percebe que esses jovens desenvolvem algumas habilidades em grau mais elevado, pelo treinamento constante, do que o comum das pessoas. A primeira coisa que se nota e o elevado preparam físico, resistência e agilidade corporal. Em segundo lugar o olhar atento com olhos ágeis que fazem uma leitura de 360 graus em busca dos sacos e latões de lixo, ação que executam ininterruptamente e com grande velocidade. Terceiro a audição, defesa atenta, pois é a garantia de sobrevivência de quem salta de um caminhão em movimento no meio do trafego intenso, portanto, seus ouvidos estão ligados a tudo, gritos, motores, buzinas, etc.
Na tarde do dia 16 de Dezembro, uma forte chuva provocou repentina inundação. Um jovem foi colhido pelas águas que desciam em grande velocidade e o arrastaram por mais de um quilômetro, o que o levaria a morte ou por afogamento ou por exaustão física. O jovem gritava já sem forças por socorro.
Foi quando a equipe de coleta de lixo entrou em cena. Olhos habituados a enxergar detalhes do entorno, e ouvidos atentos, imediatamente perceberam o volume na água e os gritos abafados. Mas só isso não seria suficiente. Perceber o fato não bastava. Assim o incrível preparo físico desses jovens que correm horas a fio no exercício de seu trabalho, e a grande agilidade física e alto nível de reflexos, foram então suficientes para o resgate do jovem que já morria de exaustão.
Interessante, esse ato de bravura passou despercebido dos jornais, no entanto nos revelam Heróis de Natal. Ato de bravura que lembra o espírito de natal, o amor que coloca em risco a própria vida em favor do próximo.
O fato ocorrido em Curitiba revela que ainda há, na raiz do povo, heroísmo e solidariedade cristã.
wallacereq@gmail.com.




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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Estradas no Paraná.






Detran investiu R$ 634,8 milhões
nas estradas do Paraná desde 2003

O investimento foi possível graças aos sucessivos superávits obtidos pelo Departamento de Trânsito do Paraná, decorrentes da gestão pública do órgão, treinamento de pessoal e economia gerada neste processo. Somente em 2009 foram destinados R$ 165,8 milhões para aplicação nas estradas estaduais, conforme o previsto no Plano de Metas do Governo do Estado. O Detran investiu ainda R$ 17,7 milhões em sinalização horizontal, vertical e em semáforos. O benefício resultante do investimento atingiu 229 municípios. E repassou, por meio de convênio, mais de R$ 56,1 milhões à Polícia Militar do Paraná, para investimentos em segurança.

OBS: O Detran não é a unica fonte de recursos do DER.







Wallacereq@gmail.com

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O combate às drogas, não é somente caso de policia, é caso para bioquimicos.

Na base do tráfico de drogas está, aparentemente, o lucro comercial. Não é o único vector, mas é o mais importante vector no que diga respeito ao combate, ou seja, o seu comércio sustenta a droga.
Ora, o combate policial exige recursos proporcionais aos gastos na produção transporte e consumo das drogas.
Sendo assim, meu falecido professor, Dilermando de Brito Filho, genial na sua especialidade, a toxicologia humana, propunha, não a destruição das drogas apreendidas, mas seu tratamento químico. Ora, as drogas são produtos químicos, naturais ou artificiais. Portanto, tratados, combinados, depurados, se transformam em outros produtos... alguns médicos, de interesse comercial e farmaceutico.

O velho professor propunha que as Universidades deviam atentar para a possibilidade de transformação massiva das drogas apreendidas, em produtos aceitáveis, comercializáveis, não viciantes, dirigidos ao comércio médico, ou outros, de modo a patrocinar o combate policial aos produtores e traficante de drogas.

Além, é claro que estes estudos produzirão antídotos utilizáveis no tratamento da dependência, campo específico da bioquimica.

Eu havia esquecido dessa idéia, até que, procurando um outro livro, encontrei o "Toxicologia Humana e Geral", de Dilermando de Brito Filho, editora Itaipu, 1983.

Registro no Blog, pois acho que alguèm possa se interessar, e produzir tecnologia de transformação desse produtos tóxicos ao homem, em produtos farmaceuticos, ou inócuos à dependência humana.

Fica o registro da Idéia.

wallacereq@gmail.com

Hospital Infantil de Campo Largo, obra do Governo Requião

Fotos Julio Covello








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O governador Roberto Requião inaugurou nesta segunda-feira (14) o Hospital Infantil Regional Waldemar Monastier, em Campo Largo (Região Metropolitana de Curitiba). Referência no atendimento de média e alta complexidade, a unidade vai atender crianças de até 14 anos de idade de todo o Paraná. Foram R$ 30 milhões em recursos estaduais, investidos em construção e compra de equipamentos e de veículos.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Pergunto aos engenheiros. Isso é possivel?

Assistia a um filme sobre a Itaipu, quando observei que há uma via perpendicular à barragem onde trafegam ônibus e veículos pesados. Eu pergunto, a estrutura da barragem não poderia servir como suporte para a passagem da linha férrea da Ferroeste em direção ao Paraguai? A vibração colocaria em risco aquela sólida e monumental estrutura? Se houver a possibilidade física, não seria o caso de pensar nessa obra? Não seria isso mais viável que uma eclusa, uma nova ponte, ou o contorno da barragem rio abaixo, ou acima?



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O tempo apaga.


Mais uma obra esquecida no tempo.
A Secretaria do Menor, hoje chamada da Criança e do Adolescente, é uma obra do então Prefeito Requião. Posteriormente outro prefeito mudou o seu nome para Secretaria da Criança e do Adolescente, e assumiu a paternidade.
Trago aqui um documento assinado por Mário Celso Cunha, ex. Secretário Municipal do Menor do prefeito Requião, que confirma o fato. Sua primeira secretária foi Sonia Paese.
O SIM foi extinto pelo prefeito que sucedeu ao Requião.
Clique sobre a Imagem, ela cresce para você ler.


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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Dívida externa.

Coordenação da Auditoria Cidadã da Dívida

OBS: Se os senhores (as) leitores prestaram a atenção ao discurso do governador Requiâo nessa semana em Foz do Iguaçu, perceberam que a crítica feita ao Senador Alvaro dias, cabia sim, e era conveniênte, pois o "Discurso de Requião", fundamentava-se no fato de que os recursos público continuam servindo para pagar juros, e o que sobra, apenas o que sobre é repassado aos municipios, para prestar os erviços necessários à população Brasileira. As razõs do argumento, estão escritas no texto abaixo, leia, por fafor com muita atenção.




A dívida externa apresentou crescimento agressivo na década de 70, quando os bancos privados se encontravam abarrotados de petrodólares gerados pela alta do preço do petróleo no mercado internacional e também devido aos reflexos monetários decorrentes da decisão dos EUA de desvincular o dólar do ouro.


O Brasil se encontrava submetido à ditadura militar e não havia qualquer transparência sobre o endividamento galopante da época, tendo a dívida externa saltado de cerca de US$ 5 bilhões em 1970 para US$ 85 bi em 1982, apesar de termos pago US$ 99 bilhões a título de juros e amortizações no período. Em meio a tremenda crise financeira mundial provocada principalmente pela elevação unilateral das taxas de juros internacionais pelos EUA, em 1983 o Brasil ingressou em sucessivas renegociações desfavoráveis e onerosas com os bancos privados internacionais, permeadas por forte interferência do FMI, tanto no processo de endividamento como na economia nacional, por meio dos programas de ajuste fiscal. Em 1995 houve a transformação de grande parte da dívida em títulos – bônus Brady – operação que exigiu que o Brasil comprasse garantias no valor de US$3, 8 bilhões somente para dar segurança ao mercado. A partir de 1995, acelerou-se a emissão de vários outros títulos da dívida externa.


Em 2005, quando a dívida externa ultrapassava o patamar de US$ 200 bilhões, a dívida externa teve outra relevante redução explicada principalmente pelo pagamento antecipado ao FMI no valor de US$ 15,5 bilhões, cujos juros eram de cerca de 4% ao ano. Simultaneamente a esse pagamento da dívida com o FMI, verificou-se que o Brasil acelerou a emissão de títulos da dívida externa a taxas de juros muito mais elevadas, variando de 7,5 a 12% ao ano, e aumentou o endividamento “interno” a juros de 19% ao ano na época (sendo que os investidores externos ganharam 35% devido à variação cambial). Desta forma, a dívida simplesmente mudou de mãos. Deixamos de dever ao FMI para dever àqueles que adquiriram os títulos da dívida externa e “interna”, que renderiam muito mais aos seus detentores. Além de trocar dívida mais barata por dívida mais cara, não ficamos livres das imposições do FMI, tais como a realização de elevado superávit primário, reforma da previdência, privatizações, liberdade de capitais, dentre outras.


Desta forma, continuamos pagando a dívida externa, que alcançou o patamar de US$ 267 bilhões em 2008, apesar da propaganda de que somos credores, inclusive perante o FMI. Há um grande equívoco em deduzir que “a dívida externa acabou” ante a simples comparação entre o atual montante da dívida externa e o imenso volume de reservas internacionais acumuladas pelo Brasil, em torno de US$ 230 bilhões atualmente. Em primeiro lugar, tal simplificação leva a uma distorção de nossas reais obrigações e compromissos com o exterior, pois a dívida externa não é o único componente do passivo externo brasileiro1. Em segundo lugar, a dívida externa nos obriga ao pagamento de juros e demais comissões e taxas que representam um custo anual de cerca de 10%, em média, ao passo que as reservas internacionais encontram-se, em sua grande maioria, aplicadas em títulos da dívida norte-americana que não rendem quase nada. O mais grave é que para acumular esse enorme “colchão” de reservas, desde 2006 o Brasil tem emitido grande quantidade de títulos da dívida interna para atender ao apetite dos investidores internacionais que buscam aqui as maiores taxas de juros reais do mundo, além de moeda que se valoriza frente ao dólar e total liberdade de capitais. Só recentemente o ingresso de capitais passou a ser tributado em 2% a título de IOF, o que é desprezível se considerarmos que o ganho real dos estrangeiros que investiram em títulos da dívida interna em 2009 já alcança 50%. Esse fabuloso ganho decorre da desvalorização cambial de 36% e da taxa de juros praticada de 10% em média (1,36 x 1,1 = 1,5).


Portanto, apenas mudamos de credor, pois continuamos pagando não ao FMI, mas a esses novos credores, a juros altíssimos, muito mais onerosos do que o que pagávamos ao FMI.


Em 2008 o pagamento de juros e amortizações da dívida brasileira (interna e externa) consumiu R$ 282 bilhões, equivalentes a 30,57% do Orçamento Geral da União executado. Observe-se que nesse montante não esta incluída a “rolagem”, ou seja, o pagamento de principal (amortizações) por meio da emissão de novos títulos. Essa sangria de recursos para pagar dívida tem impedido a realização de investimentos. Os recursos dos tributos pagos pela sociedade estão sendo drenados para a dívida e não para a melhoria dos serviços de saúde, educação, segurança, infra-estrutura, etc.


Há um jogo financeiro. A propaganda de que não devemos encobre a verdade. Os números mostram a barbaridade a que chegamos: Dívida Interna já ultrapassou o patamar de R$1, 8 trilhão; Dívida Externa de US$ 267 bilhões e o “mercado” colocando o Brasil de joelhos para cumprir os compromissos de juros que vencem todos os dias, ou seja, embora a SELIC esteja em 8,75% o Tesouro Nacional só conseguiu vender os títulos da dívida interna nos últimos leilões a 13%. É o “mercado” exercendo a pressão pré-eleitoral, pois sabe que todo governante fará tudo para evitar uma moratória no final de seu mandato. FHC chegou a pagar juros de 20% em 2002 e teve que recorrer ao FMI. Até quanto vão exigir de Lula?


Como enfrentar essa situação? O primeiro passo é conhecer a realidade dessa dívida: como ela surgiu e como chegou a essa situação exorbitante, apesar de décadas de pagamentos excessivos a título de juros e amortizações, além da entrega de quase todo o patrimônio nacional por meio das privatizações. O instrumento para o conhecimento da dívida é a AUDITORIA, procedimento previsto na Constituição Federal de 1988 (nunca cumprido), mas já aplicado no passado, no governo Getúlio Vargas, quando se obteve redução de cerca de 40% tanto do estoque da dívida como do fluxo de pagamentos.


A atual CPI da Dívida Pública em funcionamento na Câmara dos Deputados constitui um importante passo no sentido da investigação da dívida pública brasileira; uma oportunidade para que a sociedade conheça o caráter dessa dívida. Para que possa investigar, a CPI precisa de tempo e não pode ser engavetada apenas 4 meses após sua instalação, principalmente porque grande parte dos requerimentos de informações dirigidos às autoridades monetárias foram respondidos de forma insuficiente ou ainda encontram-se pendentes.


É preciso estimular o debate sobre a questão da dívida pública, para que a sociedade compreenda a verdadeira razão pela qual não há recursos para atender às necessidades prementes do povo em serviços de saúde, educação, moradia, emprego, e nem recursos para investimentos produtivos, avolumando-se as injustiças que fazem crescer a violência em nosso país.


Coordenação da Auditoria Cidadã da Dívida

Colaboração Lineu Santos, aposentado da Copel e Lactec.
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Os inimigos de Requião e do povo; tentam...

Os inimigos de Requião.
Os inimigos de Requião o acusam. Acusam o governo de ser omisso, sem planejamento e incompetente. Agora, ao aproximar-se a campanha política, o acusam de mentiroso numa estratégia massiva, que eles, os inimigos imaginam mortal.
Vamos por parte. Quem acusa se julga melhor do que o acusado, portanto os inimigos de Requião se julgam presentes, competentes e planejadores, e o que é pior, verazes.
O pior, entre os mentirosos, é aquele que diz: ”Eu não minto”. Já mentiu. Esse mente e é perigoso, mais que isso é hipócrita. Mas vamos dizer que eles tenham razão, que o governo é omisso, sem planejamento e incompetente, e que de quebra tenha produzido algumas mentiras.
Pois bem, a primeira pergunta que devemos fazer é: No que resultou essa omissão; essa falta de planejamento, essa incompetência?
Em primeiro lugar nenhum patrimônio público foi vendido para amigos. Nenhuma concessão ou serviço público foi privatizado no período. A Previdência do estado continuou pública, e empresas públicas já privatizadas foram recuperadas, caso da Copel, Sanepar, Ferroeste.
A desnutrição caiu. A mortalidade infantil diminuiu. A mortalidade materna com relação ao parto desapareceu. O analfabetismo diminuiu como nunca em toda a história do estado. As escolas melhoraram, se informatizaram, foram reequipadas. A TV Paulo Freire foi criada, equipada e opera com sucesso e bom gosto. Todas as salas de aula foram equipadas com TV multimídia interativas, as bibliotecas escolares reforçadas, os alunos receberam livros didáticos públicos e gratuitos. Cento e cinqüenta mil novas vagas. Professores recebem formação continuada, tem plano de cargos e salários e recebem em dia. As escolas rurais e municípios pequenos receberam 1142 ônibus escolares. Equipamentos de saúde cresceram como cogumelos em todo o estado. Centenas, de ambulâncias públicas socorrem os paranaenses, novos hospitais construídos, velhos hospitais reformados. O funcionalismo público recebe em dia com antecipação do décimo terceiro (vocês já esqueceram como era?), a agricultura e a indústria bateram recordes. As Exportações aumentaram em volume e lucro. As estradas estão boas. O porto público eficiente e bem equipado, todas as cidades do estado tem seus planos de desenvolvimento urbano aprovados, as pequenas cidades receberam tele-centros e bibliotecas. As pequenas propriedades e médias propriedades no campo se desenvolveram com assistência técnica. Consumiram mais de 4.000 tratores novos (quando, em que governo isso aconteceu?) o que significa o consumo de implementos e aumento de produtividade. Agricultores receberam instrução de como tirar o Máximo desses equipamentos. O estado passou a adquirir para a merenda escolar, produtos de pequenos produtores, alias a merenda escolar não faltou em mais de 2000 escolas publicas estaduais. O número de empresas aumentou, e seu tempo de sobrevivência também. Os impostos estaduais baixaram, o arrocho fiscal desapareceu, a arrecadação aumentou. A Taxa de desemprego diminuiu, (sempre levando em consideração que há os que não trabalham porque não querem, e os que trabalham muito e não tem emprego, como catadores de papel, ou donas de casa). As unidades do CEASA distribuem 4000 toneladas ano, para 400 instituições assistenciais. O número de cortes de fornecimento de luz e água por inadimplência caiu assustadoramente. Também caiu o numero de ligações irregulares e gatos. O Paraná em Ação documentou e regularizou a situação familiar, militar e dívidas públicas, de centenas de milhares de paranaenses, introduzindo-os na cidadania e na formalidade. Três grandes usinas Hidroelétricas foram inauguradas no período, e uma mais, está em construção. A policia foi reequipada, recebendo viaturas, coletes e armamento, meios de comunicação, cursos e qualificação. Nove penitenciarias construídas e três totalmente reformadas. A TV Educativa foi realizada equipada, e é uma realidade nacional incontestável, divulgando o Paraná, no seu jeito simples de ser. O lixo tóxico, as embalagens tóxicas, as embalagens de lubrificantes foram e vem sendo sistematicamente recolhidas e destinadas. Milhões de árvores foram plantadas nos leitos dos rios. O litoral tem recebido infra-estrutura nas temporadas como nunca recebeu em toda a história do Paraná. Aeronaves do Governo lhe emprestam agilidade, das quais sete foram compradas pelo governo Requião (dois xavantes, um Caravan, um Skayline, três helicópteros). Cinqüenta municípios receberam equipamentos de combate a incêndios e Corpos de Bombeiros Comunitários. As grandes cidades receberam melhoramentos nessa área. As mulheres puderam entrar para o Corpo de Bombeiro. Os colégios agrícolas foram ressuscitados e reequipados. Os jogos escolares retomados, e multiplicados. O futebol amador fortalecido, assim também o futsal. Novas indústrias se instalaram no Paraná, o comercio se expandiu também o turismo. Centenas ou milhares de pequenas obras melhoraram as pequenas cidades. As Universidade e faculdades estaduais receberam recursos e desenvolvem projetos reais com aplicação direta aos interesses econômicos da população do Paraná. Índios e quilombolas tiveram graves situações saneadas, reconhecidas, regulamentadas. Milhares de casas construídas. Grande combate a traficantes e comércio de drogas. Quadras cobertas e Centros Poli-esportivos vieram em socorro da hiper atividade de crianças e adolescentes. Unidades de atendimento de adolescentes em conflito com a lei foram construídas nos mais modernos padrões. O executivo e o legislativo, assim como o Judiciário conviveram pacificamente. O ministério público pode atuar e a ouvidoria pública e a Justiça gratuita estiveram sem interrupção a serviço dos paranaenses. Regiões de baixo IDH foram atendidas com investimentos nunca imaginados nestes últimos 50 anos. Produtos artesanais do campo ganharam espaço nas grandes redes de supermercados. Um Centro de Agro-ecologia forma técnica absolutamente necessária num estado agrícola. Cursos profissionalizantes extintos, foram reativados. O Litoral ganhou uma universidade. O Fundo de aval permitiu que pescadores comprassem barcos e motores novos; bem, para terminar, ainda que tenha me esquecido de algo, tudo graças à omissão, a incompetência e falta de planejamento. Se tudo isso resultou da incompetência e falta de planejamento, imaginem vocês com que presença, com que competência e com que planejamento, a “Aliança Santa” do governo passado, se apropriava de todos os negócios públicos, todas as concessões e serviços públicos, todas as empresas publicas que seriam compradas com dinheiro público e exploradas por amigos do governo, ou melhor, do governador planejador do golpe.
Por isso votarei no Pessutti ( PMDB), para que essa “oh!-missão” continue acontecendo.


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Seu ignorante....

Ignorante. Quem eu???
Sim, eu sou ignorante. Aliás, todo o homem o é. Essa ignorância se manifesta sempre que se pergunta ao culto: Quem nós somos? De onde viemos? O que queremos, para onde vamos?
Quando perguntaram a Jesus Cristo, o judeu fundador do Cristianismo, se ele era bom, respondeu o mestre: Bom é o Pai que esta nos céus. Isso quer dizer que a bondade é um virtude divina, e na sua plenitude, só pode ser encontrada na unidade de Deus Pai com o Filho de onde emana o Espírito. Assim a clarividência, a lucidez plena, chamada onisciência, somente pode ser encontrada no Pai Uno e Trino. Ora, se a lucidez plena só pode ser encontrada na Trindade, todos os demais seres são ignorantes de algo, portanto todos nós somos ignorantes.
Quem acusa se julga superior ao acusado. Assim alguém que se deu ao trabalho de me chamar de ignorante num comentário ao texto: Será que sou nazista?- julga-se um sábio, um lúcido um ser superior. Fico imaginando qual a sua motivação?
Quando na escola primária, pela primeira vez um professor, o professor Barros, fez um gráfico de colunas, comparando a soma dos conhecimentos humanos em comparação ao desconhecido probabilístico tendente ao infinito, -Barros era professor de Matemática em escola publica- eu, pela primeira vez acreditei em Deus, pois aquela imensa probabilidade de desconhecido, não podia ter nascido da mente humana, nem do acaso matemático. Ficava patente a nossa ignorância e a onisciência de Deus.
A Luz da consciência humana é fugaz, minúscula no contesto do macro e micro cosmo. Ela só é tendente a verdade quando compreende que as luzes humanas são reveladas ao homem sempre que expressam realidades duráveis.
Agora, um povo, ou grupo, que decora , e devora, preserva e cultua a sua minúscula cultura, o seu minúsculo conhecimento, e se acha autorizado a chamar a outros povos de inculto, impondo-lhes um padrão, é ignorante, ridículo- ou é apenas humano? Ou seja, naturalmente limitado e ignorante.
Vou contar essa pequena história, verdadeira, para que o “excelso senhor” possa refletir na sua verdade.
Menino ainda; um casal de judeus procurou o consultório médico de meu pai. Tinham eles no antebraço o numerário e a indicação do campo de concentração onde estiveram. Eleonora e Alfred Zitto tinham estado em um campo de concentração. Procuravam pelo meu tio Péricles, que formado na Europa falava fluentemente o alemão. Eram de origem polonesa, embora de uma região da Polônia anexada à Alemanha. A senhora que era artista plástica se afeiçoou a minha mãe, e a mim, pois ambos pintávamos, eu pintava, obra infantil aprendida na escolinha de arte da Biblioteca Publica do Paraná. Ela, já senhora, excepcional escultora tornou-se minha amiga e mestre. Conversa vai, conversa vem, estimulado pelas conversas dos adultos, fazia-lhe perguntas. Zica, como eu a chamava, e as câmaras de Gás? Ela dizia, não existiam. E os fornos? Existiam, pois ali eram cremados os mortos, prisioneiros ou não, em campos de concentração de uma Alemanha sitiada, sem comida, sem combustível, num inverno rigoroso, onde os prisioneiros eram os que comiam por ultimo. Não havia como enterrá-los, era mais saudável queimá-los para evitar a tentação de desenterrá-los e come-los. Eram também queimados os fuzilados. Muitos católicos morreram ali. E eu, em réplica inconveniente de menino, dizia: Mas meus amigos judeus, na escola dizem... E ela me respondia: esses judeus de Curitiba, nenhum esteve na guerra, são famílias antigas, que aqui chegaram muito tempo antes da primeira e segunda grande guerra, eles repetem histórias, sem se preocupar com a verdade, não querem ver, que como nós, fomos todos laranjas (instrumentos) do sionismo. Nada sabem_ são ignorantes_ dos fatos, e por isso eu e meu marido fomos rejeitados pela comunidade.
Elogiava sempre meus sofríveis e pobres desenhos. Seu Zitto veja como é a vida, não morreu em um campo de concentração, mas foi atropelado pelo Expresso, o famoso Vermelhinho do Jaime Lerner, e dona Eleonora, morreu sozinha em uma casa de freiras católicas, não porque as freiras fossem boazinhas (apenas), mas porque ela recebia 1000 dólares do governo alemão como indenização de guerra. Isso não me esmorece a fé católica, pois a vida é isso mesmo, uma luta feroz pela realização das missões assumidas. “Eleonora e seu Zitto” foram, ambos, a minha introdução na visão cósmica da presunção de uma raça, foi minha mestra na ciência do racismo sectário e, da manipulação da culpa. Devo a ela o meu interesse pela psicologia, como ferramenta sionista contra o cristianismo.
Mas, como diz o meu contendor, eu sou ignorante. É obvio e, já disse, aprendi muito pouca coisa nessa vida que já vai se esgotando. Uma delas é que Holocausto é o sacrifício pelo fogo, assim, o fogo que me queima em sacrifício, de mim mesmo ao Deus da Vida, é o Fogo do Espírito Santo, aquela labareda de Luz que desceu sobre os apóstolos e sobre os crismados, nessa iniciação da vida cristã.
Mas no texto criticado, “Será que sou Nazista?” faço referência aos homossexuais, aos negros, aos amarelos, e aos brancos- ignoro, portanto, qual seja a sua motivação_ e aos judeus. Uma analise combinatória complexa pode vir da combinação de Cinco elementos, não a farei, pois um ignorante nada tem a ensinar a um sábio presunçoso.
Conheci somente um Nazista, O Paulo, dono da rede de padarias “Áustria”, em Curitiba, já falecido, agora judeus, estes os conheci em grande número, e convivi com muitos. Sou mais ignorante sobre os nazistas que sobre os judeus. Mas de qualquer modo sou ignorante.
Peço perdão amigo de te contar esse fatos, é possível que o senhor não seja judeu, mas seja homossexual, ou seja, apenas branco, ou amarelo, ou negro. Como eu não cito ou nomeio pejorativamente, ou em particular alguém, em meus textos, sinceramente não entendi a sua expressão “A Vossa Excelência, não é nem comunista, nem nazista, é um ignorante”. Pensou que eu fosse o governador? Não; o ignorante sou eu mesmo. Faça um blog. Escreva sobre o que acredita. Viva.
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Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)
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Otestemunho ocular do Google Mapas.

Um testemunho do Google Mapas.
Caro leitor,
Certamente, você que está longe, e não pode vir ao Paraná terá alguma dificuldade para acreditar. Então entre no Google Mapas, clique sobre imagens de satélite, e procure o Paraná. Encontrado, desça até duzentos metros, ai, desta altura, percorra o estado do Paraná. Observe a qualidade das estradas, o programa de Matas Ciliares à beira dos rios, a força de nossa agricultura, a qualidade de nossas pequenas cidades. As áreas preservadas de mata nativa. As indústrias, e agro indústrias. Penso que seja isso que você poderá ver dessa altura. Depois compare com o Paraguai, e norte da Argentina, e veja, sinta a diferença. No Paraquai e Argentina você poderá descer ate 50 metros, no Paraná, não sei o motivo, você poderá descer ate o máximo de 200 metros. Mas é suficiente. Sei, você ficará encantado. Imprima uma foto de satélite de qualquer região do Paraná, desde uma altura, digamos de mil metros, e a compare com uma foto de satélite tomada da mesma altura, impressa, do seu próprio estado.
Você ficará impressionado com o desenvolvimento do Brasil. O MTS, por exemplo, mostra uma pujança agrícola surpreendente, todavia, dado ao seu tamanho imenso, não pode ser comparado ao Paraná, que, com apenas 2,6% (dois vírgula seis por cento) do território nacional, é campeão em produção.
Com isso não estamos desmerecendo outros estados, pois é visível o desenvolvimento em todo o país, eu estou apenas pedindo para que você verifique como vai o nosso querido Paraná. Preste atenção, como já disse, na proteção dos rios, veja o que foi feito e o que falta fazer.
O nosso modelo de distribuição das populações, com a quase paralisação do fluxo migratório campos-cidade, e o início da migração cidade- campo poderá conter a semente de justiça social e qualidade de vida, e direito a terra, que os brasileiros tanto almejam. A semente de dignidade que milhões de brasileiros que vivem em favelas nas grandes cidades, tanto necessitam, e o Brasil precisa resolver, pois é um contra-testemunho de compromisso fraternal com o s irmãos brasileiros mais pobres.
Nas favelas, os governos, deveriam ensinar profissões agrícolas, desde o manejo e condução de implementos agrícolas e tratores, plantadeiras e colheitadeiras, como as mais refinadas técnicas no trato dos cultivares e animais. Diplomados, treinados e seduzidos pela nova perspectiva de vida, os próprios governos seriam os promotores do meio de migração e trabalho, e sempre que possível, da posse de terra cultivável.
Um país continental, não pode permitir que milhões de pessoas sejam expulsas do campo, para que possamos atender às demandas de exportação, que são em última analise a satisfação das necessidades de países estrangeiros e manutenção de sua fartura, enquanto nossos irmãos passam fome, vivem apinhados nas periferias , sem dignidade ou serviços básicos garantidos pela Constituição.
Navegue no Google Mapas, você se habituará a ver e compreender o Brasil de uma maneira mais integrada, mais plena de oportunidades, de negócios e empreendimentos, mais claros nas suas necessidades regionais.
Pois, brasileiro, se você não fizer isso, estrangeiros farão, e de posse dessa visão geral, ocuparão o Brasil, em todas as suas demandas, e farão desse país, a grande casa de campo das sociedades ricas do Planeta.
Reaja Brasil dos homens empreendedores e visionários, pois voar é preciso, trabalhar necessário, ter domínio soberano sobre o solo pátrio absolutamente necessário, para que não sejamos apenas os peões da casa de campo dos donos do Capital Internacional que a governam à distância manipulando os preços internacionais, avaliando, desde longe, à distância a nossa produção, o nosso subsolo, a nossa energia, e por esse meio controlando o nosso “mercado”. Quando não são eles que através de pacotes determinam a nossa produção.
Eles vêem qual riqueza estamos produzindo esse ano, ou que produziremos o ano que vem, então baixam o preço do trigo, do ferro, do alumínio, da soja, da carne. Prevêem pelo que estamos plantando a nossa necessidade de insumos, e sobem o preço do que precisamos comprar, assim, impedem que nós, povo brasileiro, nos capitalizemos, e nos tornemos ricos e poderosos no contexto econômico mundial. Eles nos deixam o suficiente para que não esmoreçamos, para que a produção da casa de campo deles não se paralise, pois comida e bebida, minerais e energia, não são apenas necessidades de brasileiros.
Deixemos de ser “Bonzinhos” e “Bobinhos”, sejamos ao menos justos conosco mesmos e com o nosso povo, é o mínimo que se espera. Já podemos, não com a mesma precisão que eles podem, pois para nós eles disponibilizam imagens de 200 metros, para eles, eles dispõem de imagens zero metro, rasteira no solo. Mas se formos espertos, observando a produção de outros países, podemos ver o que lhes falta, de que necessitarão, e então de posse dessa informação, negociar como adultos, vendendo e comprando com a justiça agora ditada pela necessidade de cada qual.
O Brasil é a solução do mundo.
Quando o afro descendente, que aqui vive em condições superiores aos seus ancestrais perceber o quanto pode fazer pelos seus ancestrais, fazendo a ponte, Brasil- África, não só os negros enriquecerão, em ambos os continentes, como a África voltará a ser o continente Negro.
Com isso, me desculpem essa grande verdade, a Europa entrará na falência, a Ásia terá problemas, e o Brasil, a América do Sul, e o Continente Africano dominarão o mundo econômico. Se a Europa, os EUA querem sobreviver, socorram a África e desviem seus olhos cobiçosos do Brasil, caso contrário, o fenômeno que descrevo acontecerá irremediavelmente, e o reino negro, como já dizia meu Bisavô em sua obra, “Nova Luz Sobre o Passado” será duro como o ferro fundido, inflexível como o ébano, implacável como o elefante na sua memória de um rancor contido há séculos.
Habituem senhores brasileiros a voar, ver os fatos concatenados uns aos outros, terem do mundo uma visão mais holística, compreender a complexa rede de elos econômicos e como manipulá-los, pois como se diz no Futebol, quem não faz gol, leva. No campo econômico quem não domina é dominado.
Brasil, o 14 Bis saiu do chão para inspirar.

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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Integração ferroviaria



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