quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Seu ignorante....

Ignorante. Quem eu???
Sim, eu sou ignorante. Aliás, todo o homem o é. Essa ignorância se manifesta sempre que se pergunta ao culto: Quem nós somos? De onde viemos? O que queremos, para onde vamos?
Quando perguntaram a Jesus Cristo, o judeu fundador do Cristianismo, se ele era bom, respondeu o mestre: Bom é o Pai que esta nos céus. Isso quer dizer que a bondade é um virtude divina, e na sua plenitude, só pode ser encontrada na unidade de Deus Pai com o Filho de onde emana o Espírito. Assim a clarividência, a lucidez plena, chamada onisciência, somente pode ser encontrada no Pai Uno e Trino. Ora, se a lucidez plena só pode ser encontrada na Trindade, todos os demais seres são ignorantes de algo, portanto todos nós somos ignorantes.
Quem acusa se julga superior ao acusado. Assim alguém que se deu ao trabalho de me chamar de ignorante num comentário ao texto: Será que sou nazista?- julga-se um sábio, um lúcido um ser superior. Fico imaginando qual a sua motivação?
Quando na escola primária, pela primeira vez um professor, o professor Barros, fez um gráfico de colunas, comparando a soma dos conhecimentos humanos em comparação ao desconhecido probabilístico tendente ao infinito, -Barros era professor de Matemática em escola publica- eu, pela primeira vez acreditei em Deus, pois aquela imensa probabilidade de desconhecido, não podia ter nascido da mente humana, nem do acaso matemático. Ficava patente a nossa ignorância e a onisciência de Deus.
A Luz da consciência humana é fugaz, minúscula no contesto do macro e micro cosmo. Ela só é tendente a verdade quando compreende que as luzes humanas são reveladas ao homem sempre que expressam realidades duráveis.
Agora, um povo, ou grupo, que decora , e devora, preserva e cultua a sua minúscula cultura, o seu minúsculo conhecimento, e se acha autorizado a chamar a outros povos de inculto, impondo-lhes um padrão, é ignorante, ridículo- ou é apenas humano? Ou seja, naturalmente limitado e ignorante.
Vou contar essa pequena história, verdadeira, para que o “excelso senhor” possa refletir na sua verdade.
Menino ainda; um casal de judeus procurou o consultório médico de meu pai. Tinham eles no antebraço o numerário e a indicação do campo de concentração onde estiveram. Eleonora e Alfred Zitto tinham estado em um campo de concentração. Procuravam pelo meu tio Péricles, que formado na Europa falava fluentemente o alemão. Eram de origem polonesa, embora de uma região da Polônia anexada à Alemanha. A senhora que era artista plástica se afeiçoou a minha mãe, e a mim, pois ambos pintávamos, eu pintava, obra infantil aprendida na escolinha de arte da Biblioteca Publica do Paraná. Ela, já senhora, excepcional escultora tornou-se minha amiga e mestre. Conversa vai, conversa vem, estimulado pelas conversas dos adultos, fazia-lhe perguntas. Zica, como eu a chamava, e as câmaras de Gás? Ela dizia, não existiam. E os fornos? Existiam, pois ali eram cremados os mortos, prisioneiros ou não, em campos de concentração de uma Alemanha sitiada, sem comida, sem combustível, num inverno rigoroso, onde os prisioneiros eram os que comiam por ultimo. Não havia como enterrá-los, era mais saudável queimá-los para evitar a tentação de desenterrá-los e come-los. Eram também queimados os fuzilados. Muitos católicos morreram ali. E eu, em réplica inconveniente de menino, dizia: Mas meus amigos judeus, na escola dizem... E ela me respondia: esses judeus de Curitiba, nenhum esteve na guerra, são famílias antigas, que aqui chegaram muito tempo antes da primeira e segunda grande guerra, eles repetem histórias, sem se preocupar com a verdade, não querem ver, que como nós, fomos todos laranjas (instrumentos) do sionismo. Nada sabem_ são ignorantes_ dos fatos, e por isso eu e meu marido fomos rejeitados pela comunidade.
Elogiava sempre meus sofríveis e pobres desenhos. Seu Zitto veja como é a vida, não morreu em um campo de concentração, mas foi atropelado pelo Expresso, o famoso Vermelhinho do Jaime Lerner, e dona Eleonora, morreu sozinha em uma casa de freiras católicas, não porque as freiras fossem boazinhas (apenas), mas porque ela recebia 1000 dólares do governo alemão como indenização de guerra. Isso não me esmorece a fé católica, pois a vida é isso mesmo, uma luta feroz pela realização das missões assumidas. “Eleonora e seu Zitto” foram, ambos, a minha introdução na visão cósmica da presunção de uma raça, foi minha mestra na ciência do racismo sectário e, da manipulação da culpa. Devo a ela o meu interesse pela psicologia, como ferramenta sionista contra o cristianismo.
Mas, como diz o meu contendor, eu sou ignorante. É obvio e, já disse, aprendi muito pouca coisa nessa vida que já vai se esgotando. Uma delas é que Holocausto é o sacrifício pelo fogo, assim, o fogo que me queima em sacrifício, de mim mesmo ao Deus da Vida, é o Fogo do Espírito Santo, aquela labareda de Luz que desceu sobre os apóstolos e sobre os crismados, nessa iniciação da vida cristã.
Mas no texto criticado, “Será que sou Nazista?” faço referência aos homossexuais, aos negros, aos amarelos, e aos brancos- ignoro, portanto, qual seja a sua motivação_ e aos judeus. Uma analise combinatória complexa pode vir da combinação de Cinco elementos, não a farei, pois um ignorante nada tem a ensinar a um sábio presunçoso.
Conheci somente um Nazista, O Paulo, dono da rede de padarias “Áustria”, em Curitiba, já falecido, agora judeus, estes os conheci em grande número, e convivi com muitos. Sou mais ignorante sobre os nazistas que sobre os judeus. Mas de qualquer modo sou ignorante.
Peço perdão amigo de te contar esse fatos, é possível que o senhor não seja judeu, mas seja homossexual, ou seja, apenas branco, ou amarelo, ou negro. Como eu não cito ou nomeio pejorativamente, ou em particular alguém, em meus textos, sinceramente não entendi a sua expressão “A Vossa Excelência, não é nem comunista, nem nazista, é um ignorante”. Pensou que eu fosse o governador? Não; o ignorante sou eu mesmo. Faça um blog. Escreva sobre o que acredita. Viva.
wallacereq@gmail.com.




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