quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Pornografia e homossensualidade, uma hipótese.

A construção da homossensualidade pela pornografia.
O texto que trago aqui necessitará de um aprofundamento. Seria necessária para sua melhor compreensão uma leitura previa de alguns livros. A Psycnologie Récreative do autor Russo C.Platonov. “Como alterar o comportamento Humano” de H.R.Beech, e “Manipulação de Comportamento” de R.Vance Hall.
Esses autores trazem uma boa base sobre a ciência da reflexologia, absolutamente necessárias para compreender o que direi, ainda que superficialmente nesse texto.
Vamos começar pelo fisiologista russo Pavlov de onde deriva a ciência dos reflexos condicionados. Esse autor descobre que a apresentação do som de uma campanhinha concomitantemente com um pedaço de carne, fazia um cão salivar. Com o estabelecimento do reflexo condicionado, o autor prova que podemos retirar a carne, e o cão salivará apenas ouvindo a campanhinha. Ora, se apresentamos dois ou três estímulos concomitantemente, também ocorrerá o mesmo fenômeno, e a base natural, a carne ou o alimento, será em diferentes medidas substituído pelo condicionamento dos reflexos e, portanto das secreções hormonais e seus efeitos.
Uma leitura sobre os hormônios sexuais, e suas secreções endógenas e exógenas, também seria necessária para a compreensão desse texto. Na adolescência, ou no fim da infância, inicio da puberdade, a natureza amadurece a sensualidade natural, produzindo níveis hormonais, compatíveis e necessários para o amadurecimento sexual em uma base hetero sexuada (instintiva). Essas secreções podem ser comparadas à saliva do cão, e elas têm sempre um estimulo natural, instintivo, que visa ou a defesa e manutenção da vida individual, ou a procriação da espécie, o que significa em ultima analise o mesmo principio; a manutenção da vida.
A pornografia é um estimulo artificial complexo ( condiciona muitos estímulos ao mesmo tempo) e forma um complexo condicionado, que pode, sob certas circunstancia em personalidades tímidas, submissas, ou fortemente reprimidas construir o redirecionamento instintivo, fazendo aparecer a excitação sensual numa base antinatural, ou seja, construindo a homossensualidade.
Veja, que no sexo, que é a arte do sentir, em primeiro momento a pulsão sexual natural e heterossexual, depois, e somente depois, o vivenciar o próprio erotismo em desenvolvimento pratico, mas que no caso da pornografia (arte do olhar) que desvaloriza o sentir, introduzem-se vários estímulos contraditórios. Isso também pode ser introduzido pelo relacionamento com a mãe, nas suas complexas relações de amor e ódio. (Modelo Relacional de Lorenz).
Numa descoberta sexual, vivida a dois, o sentir predomina. Na observação da pornografia, o PRAZER, base do reforço condicionável, pode ser gradativamente aproximado do homossexualismo pela apresentação de imagens. Suponha que a criança se masturba com essas fotos como estimulo. A figura masculina, que não estaria presente, exceto a sua própria, na descoberta da relação sexual natural, se introduz agora artificiosamente, como imagem casada, subliminar, do prazer. Ora o garoto, passa sem o perceber, a sentir prazer na exposição das figuras masculinas e femininas. Assim, com o tempo, o pervertido autor das imagens, introduz a figura de duas mulheres, ou dois homens com uma mulher ou, duas mulheres com um homem; em relação promiscua. A semente esta não só plantada, mas em desenvolvimento ate a apresentação escancarada do homossexualismo. Se o garoto não tiver uma experiência heterossexual satisfatória ele começará, aos poucos (sensibilização sistêmica) a reorientar o seu complexo condicionado. O mesmo vale para as meninas. Essas sucessivas apresentações já bastante estudadas pelas técnicas da dessensibilização sistemática, e pelas múltiplas técnicas de combate às fobias, por exemplo, nos dão uma pista para compreensão do fenômeno. É, portanto, possível construir a homossensualidade e também desconstruí-la. Já quando a pratica se estabelece, não só como homossensualidade, mas agora como homossexualidade, o tratamento exige algo mais de atenção ao nível dos símbolos (justificativas morais) criados e internalizados.
Wallace Requião de Mello e Silva.

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