segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Os espaços impossíveis no Porto de Paranaguá.

Os espaços impossíveis se tornam possíveis no Porto de Paranaguá.

O futuro pertence a Deus, é obvio. Todavia, quando analisamos um gráfico de tendência com dados colhidos nos últimos dez anos, temos a tendência a acreditar em alguma previsibilidade futura. O Porto de Paranaguá vem crescendo sem cessar nestes últimos anos, o que nos leva a crer, que se a indústria e a agricultura brasileira continuarem a crescer no ritmo atual, haverá alguma continuidade nesse crescimento. Isso nos leva a pensar em um planejamento para a próxima década.
Um dos principais obstáculos para o crescimento do Porto de Paranaguá é a ausência de espaços para o seu desabrochar. O outro o acesso ao porto. Além do avanço tecnológico existem outras possibilidades, que via de regra é desconsiderada. Viciamos assim eu vejo, na expectativa de soluções em áreas próximas, como o aterro do Cais Oeste, a ampliação do atracadouro de Antonina, embora de menor calado, construção de Piers (pieres) ao leste, ou Piers (pieres), dispostos em pente, como os em uso no Porto de São Francisco na Califórnia nos EUA, solução essa, que permitiria receber no porto 38 navios de uma só vez, substituindo os hoje, máximos, 17. Tudo viável.

Embora existam outras possibilidades mais ousadas, como o aproveitamento do outro lado da baia de Paranaguá, ou ainda a possibilidade de um “porto ponte” atravessando a baia, o que seria inédito; porto flutuante, ou ainda o “Terminal Turístico do Rocio” projetado anos atrás pelo aluno de Arquitetura (completar). Resta-nos para o futuro próximo, o Porto de Pontal do Paraná, já em obras, ligado ao de Paranaguá por uma ligação ferro-rodoviaria insular, via Ilha da Cotinga

A maior vantagem do Porto de Pontal em comparação ao de Paranaguá é a disponibilidade de áreas de manobra e armazenamento, e a maior desvantagem o acesso.

O problema do acesso seria parcialmente resolvido pela ligação insular. Todavia em nosso entender, o deslocamento pela ligação insular das áreas residenciais de Paranaguá é a maior vantagem. Os parnaguáras iriam morar no balneário, muito mais adequado e arejado do que o ambiente de Paranaguá.

Quem sobrevoa Paranaguá, verá que embora o porto provavelmente cresça em atracadouro e tecnologia nos próximos anos, faltam-lhe ainda áreas próximas para manobras armazenagem e estacionamento. Sem paixão, salta aos olhos do observador, aquela imensa área, vista do ar, muito subutilizada, que é o aeroporto Santo Dumont, em Paranaguá.

Eu pergunto, se extinguirmos o aeroporto de Paranaguá, retirando-o de dentro da área urbana parnaguára, não criaríamos com sua extinção uma imensa área livre, para estacionamento, para ordenação de contêiner, ou para silagem, estruturando assim ainda mais o Porto Público de Paranaguá? E pergunto ainda, seria um crime extinguir aquele aeroporto? Paranaguá perderia com isso? Não, eu não vejo assim. A cidade já densamente urbanizada ganharia em termos de sossego e segurança. Existe, alem disso, como alternativa uma planta e um projeto registrado no Ministério da Aeronáutica, em poder do Prefeito de Pontal e também nos arquivos do DER (departamento hidro aéreo ferroviário). Existe como vemos, portanto uma titularidade e um conveniente plano de construção de um aeroporto em Pontal, cuja cabeceira principal aponta mais precisamente para a Ponta do Maciel.

Ora, um aeroporto em Pontal seria mais seguro do que em Paranaguá, dada a ausência de obstáculos no seu entorno. Se a ligação rodo ferroviária insular da Cotinga for construída, como propusemos, Paranaguá distará de Pontal apenas 8,5 quilômetros, distancia menor do que o Aeroporto de São José de Pinhais dista de Curitiba, que como sabemos esta a 17 quilômetros da capital.
Paranaguá teria então um aeroporto, mais próximo que o de Curitiba. Esse deslocamento futuro do aeroporto Santos Dumont de Paranaguá para Pontal, deixaria, como já dissemos, em Paranaguá, uma imensa área para uso futuro do Porto.
Área livre, que tem sido, todos concordam, um dos grandes problemas para expansão do porto em Paranaguá. Como o Porto é a principal fonte econômica da cidade e quiçá do estado do Paraná, seu incremento em termos de área levaria como conseqüência imediata, se somado ao poder indutor do novo porto vizinho, um desenvolvimento considerável para todo o litoral. A nova pista em Pontal a serviço do novo porto e da cidade de Paranaguá, por outro lado, impulsionaria principalmente a região de Pontal, praia de Leste, e ate Matinhos. O Aeroporto já existente em Guaratuba atenderia principalmente o novo terminal turístico da baia de Guaratuba, que proporemos a seguir em outro texto especifico.

Estrada contorno da baia de Guaratuba ligando à estrada de Joinville a estrada de Paranaguá, como acesso a Paranaguá, escrever.

Wallace Requião de Mello e Silva.

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