quarta-feira, 11 de março de 2009

Primeira parte de um ensaio de minha autoria, sem revisão ortográfica e formatação.

INTRODUÇÃO.
Primeira Parte ( 30 páginas)

Lembra-te Israel, a mãe de Jesus Cristo ( judeu de Belém e rei segundo Mt 26,69-75- Lc. 22, 55-62- Jo. 18,28; 19,16 e Marcos 15, 1 -15) é mulher judia da estirpe de David. (Ver genealogia de Maria)



Este trabalho pretende ser um guia de estudo para quem se interesse pelo assunto. Foi feito com a intenção primeira de servir e guiar ao autor em seus estudos e pesquisas. Baseia-se no mandamento do amor a Deus conforme explicita o texto bíblico:

" Sabendo os fariseus ( judeus da estirpe de São Paulo) que Jesus reduzira ao silêncio os saduceus [1], reuniram-se e um deles, doutor da lei, fez-lhe esta pergunta para prová-lo: Mestre[2] qual é o maior mandamento da lei? ( Mateus 22,34-35-36). Jesus respondeu-lhe: "O primeiro mandamento é este: Ouve , Israel, o Senhor Nosso Deus é o único Senhor; amarás ao Senhor teu Deus de todo o teus coração, de toda a tua alma, de todo o teu espirito e de toda as tuas forças ( Deut .6,5). Eis aqui o segundo: Amarás o teu próximo[3] como a ti mesmo ( Lev. 19,18 ). Outro mandamento maior do que este não existe". ( Marcos 12, 29-30-31-32) .Nestes dois mandamentos se resumem toda a lei e os profetas ( Mateus 22,40)".

É neste espirito de amor a Deus e ao próximo que procuro organizar uma forma de estudar o tema: Semita, Semitismo, Anti-semitismo e Sionismo

Ouvimos, com freqüência, e freqüência sempre maior, desde o pós guerra, acusações mutuas entre judeus e não judeus, e aqui mesmo, dentro deste nosso imenso pais, tão liberal nas questões raciais, vemo-nos uns acusando de anti-semitas, outros de judeus sionistas, sem que, modo geral, tenhamos uma idéia do que seja o contexto histórico e ideológico que envolve o assunto desde sua origem.
Com um grande contingente árabe e judeu ( ambos semitas) principalmente na região sul do pais, confundem-se os conceitos, semita, anti-semita e sionista, que são por assim dizer, acalorados e agravados, pelas questões políticas e territoriais vivida em permanente conflito nos dias de hoje, como o fora de forma semelhante outrora, na região do Oriente Médio e Próximo.
Afora isto, meu interesse vem do simples fato de ter um filho , Paikan Solomon[4], com ascendência judia (semita) por linha materna. Sou católico, praticante de minha religião, meu filho é batizado na Igreja Católica Romana e é incircuncisado na carne[5].
Sou psicólogo formado pela UFPR onde também estudei Filosofia. Digamos que sou autodidata nas questões teológicas, procurando sempre balizar-me no Magistério Infalível [6]( em fé e moral) da Igreja Católica (que tem sua pedra fundamental em Pedro, judeu vocacionado por Jesus Cristo, por ele, escolhido mística e pessoalmente).
Fazem já alguns anos que estudo as praticas de minha religião e suas relações com o judaísmo . Estudo as suas Escrituras, com humildade, que são, na opinião de muitos autores, no que diz respeito ao Velho Testamento, praticamente iguais as aceitas pelos judeus de hoje, salvo os livros deuterocanonicos[7] e os apócrifos[8].
As passagens bíblicas , segundo muitos autores, começam a ser escritas provavelmente em tempos anteriores a Moisés. De qualquer modo esta tradições mantinham-se pela tradição oral.[9].
Moisés foi o primeiro codificador das tradições orais e escritas de Israel, no século XIII a.C. Essas tradições ( leis , narrativas, peças litúrgicas e históricas) foram sendo acrescida aos poucos por outros escritos no decorrer dos séculos sem que se preocupassem com a catalogação das mesmas. Eram todas legitimas.
Acontece porém, que no primeiro século da era cristã, deu-se um fato, já esperado, anunciado e cantado pelo Velho Testamento, o surgimento, pós Jesus Cristo (judeu) dos livros cristãos que se apresentavam (e são) como uma continuação dos livros judeus. Costuma-se, no meio judeu, atribuir o fenômeno do cristianismo, como uma imposição dos romanos aos judeus, mas, uma simples vista dos fatos históricos nos prova que toda esta argumentação é falsa. Tenham em consideração, como exemplo incontestável, que Pompeu, general romano, tomou Jerusalém 63 anos antes do nascimento de Jesus Cristo. Nero queimava Roma em 64 depois de Cristo, perseguindo os cristãos-judeus[10], ou pouco antes Cláudio , imperador ( 49 d.C.) expulsa os judeus e judeus - cristãos da cidade de Roma, com os quais são expulsos, por exemplo, Áquila[11] e Priscila judeus-cristãos, amigos e futuros colaboradores de São Paulo. Considere-se também, que seis anos depois, quando o imperador Tito queimava e destruía Jerusalém e seu Templo[12] não o fazia em nome dos cristãos. Deve-se lembrar que em 130 o Imperador Adriano[13], reconstruiu Jerusalém que fora destruída em 70 transformando-a em uma colônia romana dando-lhe o nome pagão de Aeolea Capitolina, dedicando o Templo de Jerusalém à Júpiter e cobrindo o Calvário ( lugar onde morreu Jesus na cruz) com um templo dedicado a Afrodite. O Cristianismo ( fenômeno judeu) se imporia "gradativamente" aos gentios[14], como fenômeno quase universal ( desenvolvido dos fatos históricos e teológicos ocorrido no seio do povo escolhido), em primeiro lugar entre judeus, com milhares de conversões iniciais, e em segundo lugar, entre os romanos gentios, tardiamente, talvez, como conseqüência do martírio, em Roma, de São Paulo e São Pedro ambos judeus, e pode-se dizer, segundo muitos outros autores, como conseqüência da força de sua moral e da penetração filosófica do monoteísmo, e finalmente como resultado da ação da Providência, até que no século III d.C. é declarado religião oficial do Império Romano[15] à época de Teodósio (395 d.C.)[16] , isto , como já dissemos, depois de muita perseguição, seja por parte de outros semitas aos semitas cristãos e aos cristãos oriundos dos gentis, seja por parte de romanos ( cidadãos do Império Romano de diversas nacionalidades) pagãos. Deve-se lembrar, no entanto que nos primeiros 100 anos, ou mais, a comunidade Cristã de Roma era formada, na sua maioria, de judeus cristãos e sírios-cristãos*. Pode-se perceber assim, claramente, que os romanos-gentios tomam parte no episódio do cristianismo inicial em Roma e na Palestina, apenas circunstancialmente, mais como representantes do poder civil vigente , e nunca como partidários das questões religiosas. Assim Pilatos, lava suas mãos, inocentando Jesus, não por simpatia, conveniência ou proselitismo religioso, mas conforme o costume jurídico, e foram, esta é a verdade, os judeus, entre judeus, os que o acusam, condenam[17] e exigiram a crucificação de Cristo. Agora, é licito também, lembrar aqui, que estava em mãos de romanos pagãos a lança que transpassou o coração de Cristo.
Em atos dos Apóstolos capítulo 26, quando Paulo faz a sua defesa diante ao rei Agripa[18]*, diz claramente que perseguia os cristãos, e dava seu inteiro consentimento quando estes eram condenados à morte, que os perseguia em todas as sinagogas, até mesmo em terras estrangeiras, o que demonstra a origem judaica dos Nazarenos. Aí nesta defesa, vê-se claramente, que foi usada pela primeira vez a palavra "Cristão", utilizada textualmente, nesta defesa, pelo rei Agripa, isto entre o ano 40 e 46 d.C. Note-se aqui, como curiosidade que Paulo se refere as palavras de Cristo, que se dirigem a ele Paulo em língua hebraica.
Observe-se, em favor desta tese, que eram também judeus (semitas) a maioria dos discípulos do cristianismo, dos apóstolos, os parentes de Jesus, e até a grande maioria das testemunhas de sua crucifixão e ressurreição. O mesmo ocorre com os Evangelistas ( autores do NT): Mateus era judeu, que escrevia para fieis oriundo do judaísmo ( segundo Orígenes) , segundo Pápias e a Igreja, Marcos, era também um judeu-cristão; Lucas, por sua vez, pagão convertido; João Evangelista, judeu, apóstolo de Cristo.
(introduzir comentário sobre os apóstolos) Saulo de Tarso, o futuro São Paulo, apóstolo tardio, fariseu, judeu da tribo de Benjamim, doutor da lei (Rabi), era um típico perseguidor dos judeus-cristãos* ou nazarenos, o que também concorre para provar, a verdadeira natureza do fenômeno cristão que difere em tudo do islanismo*. Não podemos dizer, sem grave erro, que o cristianismo que é fenômeno judeu, tem a mesma fonte , ou a mesma natureza que o islanismo.
Assim, pode-se também compreender, sem mêdo de errar, que, o cânon de Jâmnia do ano 100 depois de Cristo , e também o Misha e o Gemara, os escritos que formam o Talmude*, ambos do segundo século depois de Cristo, apresentavam-se, neste momento histórico, como verdadeiras tentativas de resistência ao Cristianismo-Judeu , que pode ser muito bem entendido como um fenômeno exclusivamente desenvolvido no seio do judaísmo, fundamentado e provado segundo as escrituras judaicas. Não seria ilícito levantar, também, a polemica hipótese histórica, de que também a "massorá * "( que quer dizer tradição), esta última , bem tardia na sua organização, tendo-se fixado em sua redação final entre 750 e 1000 depois de Cristo, como uma outra provável ação de resistência, agora sim, contra o cristianismo-gentílico largamente difundido pelo mundo, isto é contra os cristãos oriundos dos povos pagãos, não judeus, chamados gentis- cristãos ou simplesmente Cristãos .
Os judeus que não aceitavam a Cristo, e esta é a verdade, tentaram impedir que se fizesse a aglutinação de livros cristãos ( livros dos judeus convertidos) e os originados de judeus que renegam a Cristo. Por isto reuniram-se no sínodo de Jâmnia ou Jabnes ao sul da Palestina, por volta do ano 100 d.C.[19], a fim de estabelecer as exigências que deveriam caracterizar os livros do cânon judeu.
Estipularam os seguintes critérios:
O livro canônico judeu não pode ter sido escrito fora da terra de Israel.(comentar)
O livro Canônico Judeu não pode ter sido escrito em língua aramaica ou grega, mas somente em hebraico.
Não pode ter sido escrito depois de Esdras (458-428 a.C.)
Não em contradição com a Torá (Torah) ou lei de Moisés.
Assim os judeus (da Palestina) fecham o seu cânon sem reconhecer os livros escritos que não obedecem a tais critérios. Todavia em Alexandria (Egito) havia numerosa colônia judaica ( Não esquecer que desde 331 a.C. Alexandre dominava a Palestina e os judeus sofreriam mais tarde a dura perseguição de Antico Epífanes entre 175 e 163 a.C.) que vivendo em terras estrangeiras e falando língua estrangeira ( o grego) não adotou os critérios nacionalistas estipulados pelos judeus de Jâmnia. Os judeus de Alexandria traduzem os livros sagrados hebraicos* para o grego entre 250 e 100 a. C., dando assim origem a versão Alexandrina ou a dos "Setenta Interpretes"[20]. Observem que Jesus Cristo ainda não havia nascido. Esse Cânon de Alexandria encerra livros que os Judeus de Jamnia não aceitam tais como: Tobias, Judith, Sabedoria, Baruque, Eclesiástico ou (Siracides), 1/2 Macabeus, além de Est. 10,4-16,24: Dn 3,24-90; Dn 13-14.
Pode-se dizer que existiam dois cânon judeus em vigor no inicio da era cristã, o "restrito" do ano 100 depois de Cristo ( como fruto da "resistência") e o amplo de Alexandria mais velho datado entre 250 a 100 antes de Jesus Cristo. É preciso lembrar aqui ( isto é muito importante) que não se conhecia copia alguma do texto hebraico anterior aos séculos nono e décimo depois de Cristo. Somente em 1948 ( 47) achou-se os documentos de Qumran* que datam do primeiro século a.C. e do primeiro d.C. vereficando-se assim a identidade (e autenticidade) dos textos anteriores ( ponha-se atenção: estou dizendo, que eram usados anteriormente mas eram mais recentes que os de Qumran[21]).
Se tomamos os Apóstolos e Evangelistas (os Evangelistas, eram Judeus, exceto Lucas ) que ao escreverem, e o fazem tipicamente, o Novo Testamento, citam ( livremente) a tradução grega de Alexandria ( mais antiga), mesmo quando esta diferia do texto em hebraico ( do cânon restrito) . Esta tornou-se a forma comum entre os cristãos (judeus); em conseqüência, o cânon amplo, incluindo os sete livros já citados passou para uso dos cristãos. Podemos verificar que nos escritos do Novo Testamento há citações implícitas dos livros deuterocanonicos. Deve-se também notar que não são citados no Novo Testamento, nem implicitamente, os livros que de resto todos os cristãos tem como canônicos como Eclesiastes, Ester, Cantico dos Cânticos, Esdras, Neemias, Abdias e Naum. Chamamos atenção ao fato apenas porque não só judeus se prendem ao cânon restrito mas também os protestantes ( que surgem por volta de 1450 d.C. e são misteriosamente, em alguns aspectos, mais "judaizantes" do que a Igreja Católica ( a palavra católica quer dizer Universal) e costuma-se, assim afirmar, caluniosamente, que a Igreja introduziu estes livros no cânon católico no Concílio de Trento ( 1545-1929 ), o que não é verdade[22]. Por exemplo, em favor da Igreja, podemos afirmar que, os próprios rabinos liam o Eclesiástico até o século X como Escritura Sagrada: 1Mc.(?) era lido na festa de Encênia (?) , ou da Dedicação do Templo (hanukkah), Baruque era lido em alta voz nas sinagogas do sec. IV d.C. e de Tobias e Judith temos os "midrachim" ou comentários em aramaico, que atestam como tais livros eram lidos na sinagoga*. Nunca esquecer, socorrendo a nossa hipótese histórica, não com relação aos livros acima citados, que Jesus Cristo também lia na sinagoga e portanto participava do judaísmo[23] oficial, como também do Templo de Jerusalém. O que assim é mais um argumento em favor destes fatos históricos comprovantes da origem totalmente judaica, e sem interferência exterior, do advento do Cristianismo. O que veremos neste trabalho é um esforço do "Judaísmo Oficial" em desvincular-se do Cristianismo por todos os meios, até mesmo pelo mito do anti-semitismo[24]*.

Leia-se com muita atenção este texto de São Paulo aos Romanos[25] (comunidade judaico-cristã de Roma) ele deverá ser lido uma segunda vez, depois de se ter lido este trabalho guia de estudo, porque será mais fácil compreendê-lo.


Epistola aos Romanos 11.

Deus não rejeitou Israel. Pergunto, então: por acaso Deus rejeitou seu povo? De maneira alguma. Pois eu mesmo sou israelita, descendente de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não repeliu seu povo a quem de antemão conhecera. Ou será que não sabeis o que na história de Elias diz a Escritura? Senhor , mataram os teus profetas, arrasaram os teus altares, fiquei apenas eu e ainda procuram tirar-me a vida. Mas o que é que eu respondo ao oráculo divino? Reservei para mim sete mil homens que não dobraram o joelho diante de Baal. É o que continua a acontecer hoje em dia: subsiste um resto de acordo com a eleição da Graça. E se é pela graça, já não é pelas obras. Pois então a graça já não seria graça.
O que dizer, então? Israel não conseguiu o que procura. Os escolhidos, estes sim, é que o obtiveram. Os outros ficaram obcecados, como esta escrito: Deus lhes deu um espírito de obstinação, olhos para que não vejam, ouvidos para que não ouçam, até o dia presente.
E Davi diz: A sua mesa seja-lhes um laço de uma armadilha e um tropeço, um justo castigo; escureçam os olhos para não verem e dobre-se sempre suas cerviz.

Israel e a salvação dos pagãos.
Pergunto ainda: será que tropeçaram para cair de todo? De maneira alguma. Mas foi para que a queda de Israel tornar-se possível a salvação aos pagãos, e lhe provocasse a inveja. Ora se a sua queda é a riqueza do mundo e sua decadência a riqueza dos pagãos, quanto mais o será sua conversão total?
E a vós, pagãos, digo-vos que, enquanto for apóstolo dos pagãos, honrarei meu ministério, para ver se desperto o ciúme da gente de minha raça e assim consigo salvar alguns deles.
Porque se de sua rejeição, resultou a reconciliação do mundo, qual será o efeito de sua reintegração senão a vida dentre os mortos? Porque se as primícias são santas, também o é a massa, e se a raiz é santa, também o são os ramos.
Se alguns ramos foram cortados e se tu, oliveira selvagem (gentios) foste enxertada em seu lugar e agora recebes seiva das raízes, não te envaideças nem menospreze os ramos. Pois se te gloriares, sabe que não és tu que sustentas a raiz mas é a raiz que te sustenta. Dirás talvez: "Os ramos foram cortados para que eu fosse enxertado!" Sem dúvida! É pela incredulidade que foram cortados, ao passo que tu é pela fé que estás firme. Não te ensoberbeças mas teme.
Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, também a ti não poupará.
Considera pois a bondade e severidade de Deus. Para com os caídos a severidade; para contigo a bondade, se permaneceres na bondade. De outro modo também tu será cortado. E eles (judeus), se não persistirem na incredulidade, serão enxertados, pois poderoso é Deus para os enxertar de novo. Pois, se tu foste cortado de uma oliveira brava e, contra a natureza, enxertado em boa oliveira, quanto mais eles, os ramos naturais, poderão ser enxertados na própria oliveira!

A salvação de Israel.
Porque não quero irmãos, que ignoreis este mistério para que não fiqueis convencidos: o endurecimento de uma parte de Israel só há de durar até que chegue a plenitude das nações. Então todo o Israel será salvo consoante está escrito: Virá de Sião[26] o libertador para afastar de Jacó as impiedades e está será minha aliança com eles, quando apagar os seus pecados.
Quanto ao Evangelho, eles (judeus) são inimigos por vossa causa. Mas quanto a eleição são amados por causa dos pais. Porquanto são irrevogáveis os dons e a vocação de Deus. Pois assim como por algum tempo fostes (gentios) desobedientes a Deus e agora alcançastes misericórdia pela desobediência deles (judeus) assim também eles, que agora se negam a obedecer, para dar lugar a misericórdia concedida a vós (gentios), alcançarão, por sua vez misericórdia. Deus encerrou a todos na desobediência para usar com todos de misericórdia.
Ó profundidade da riqueza, sabedoria e ciência de Deus. Quão insondáveis são suas decisões e imperscrutáveis os seus caminhos! Pois quem pode compreender o pensamento do Senhor? Quem jamais foi seu conselheiro? Ou quem primeiro lhe deu, para ter direito à retribuição?
Por que Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas. Para Ele a glória pelos séculos Amém.

Lembrando Lucas 20, 17-18-19.

"A pedra rejeitada pelos construtores ( Jesus o Cristo* Messias)é que se tornou a pedra principal"

Como vemos, nenhum católico bem formado pode se auto intitular um anti-semita, tendo em vista que Jesus Cristo era semita. Todavia, não é ilícito, na caridade, levantar, naquilo que diga respeito ao "judaísmo oficial", as mesmas interdições que a ele fez o próprio Cristo, embora Cristo, também tenha dito, deles e dos pagãos, como também de muitos cristãos que sonegam-lhe a divindade: "Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem".
Finalizando cito aqui as palavras de Santo Agostinho em Confissões, 11,2:
"Sejam as minhas castas delícias as tuas Escrituras, nem seja eu por ela enganado, nem por ela engane... Dá lugar às nossas meditações sobre os mistérios da tua Lei, e não a feches àqueles que batem; pois não foi em vão que quiseste fossem escritos os densos segredos de tantas páginas... Eis a tua voz que a minha alegria, a tua voz esta acima da abundância das volúpias. Dá o que amo; pois amo, e foste Tu que o deste. Não abandone os teus dons, nem desprezes a tua erva que tem sede. Louve-Te eu por tudo que encontrar nos teus livros, e ouça a voz de louvor, e beba a Ti, e considere as maravilhas de tua Lei..."

Prólogo.

Antes que alguém possa interpelar-me, acusando-me de proselitismo do judaísmo, ou pelo contrário, de anti-semitismo, gostaria de lembrar um provérbio popular que traduz o lado positivo deste trabalho. Diz ele: "Fale mal, fale bem, falem de mim".

A História[27].

Como todos devem saber existe uma linha divisória entre história e pré-história. Esta linha divisória é a escrita. Com o aparecimento da escrita, o discurso histórico[28] torna-se objetivo e sistemático, ou pelo menos reduz os problemas encontrados no estudo do passado. As "escrituras" são, por assim dizer, o fundamento e a essência da história. Para Monteiro Lobato[29], por exemplo, a história começa com os hamitas que migram da região dos rios Tigre e Eufrates para assim formarem o Egito, mais ou menos pelo ano 4.200 antes de Cristo. Para Lange e Moraes, no paleolítico superior já havia a escrita pictórica[30], no neolítico a silábica, mas somente na idade dos metais, por volta do ano 3.000 antes de Cristo, a escrita desenvolveu-se a ponto de permitir estudos sistemáticos e precisos. Kaj Birket-Smith[31] desenvolve em seu universalmente conhecido livro sobre a história da cultura, toda uma sistemática original de investigação comparativa do passado, situando o aparecimento da escrita, nas diversas culturas da antigüidade, num ponto médio próximo dos 2.800 anos antes de Cristo.

A Pré-história.

A pré-história tem se apresentado como uma grande lata de lixo. De lá, vez ou outra, retira-se acidentalmente ou propositadamente, fósseis, objetos completos ou incompletos, e até ruínas de cidades, enfim, "Dejetos do Tempo" que são considerados fontes de informação ou fontes históricas. Todavia, neste obscuro período, no qual reinam apenas hipóteses, e do qual, propositada ou ingenuamente, a grande maioria dos autores querem nos fazer crer que caminham em terreno seguro, de uma segurança quase histórica, transformando assim suas hipóteses, suas datações e suas interpretações como se fossem fatos indiscutíveis[32].
A fragilidade deste período pré-histórico, demonstra-se sempre que nos propomos a investigar e comparar informações oriundas de diferentes fontes. Caem assim por terra, quase sempre, as datas, as conclusões, as afirmativas vulgarizadas. Vez ou outra vemos um autor, por exemplo, descrevendo um fato passado ocorrido segundo ele próprio, há milhões de anos como se fora ele o observador vivo, a testemunha viva e ocular daqueles fatos. Perguntamo-lhe então, se é capaz de descrever como era o aspecto físico de sua tataravó ou o interior da casa de seu tataravô e veremos quanta imprecisão, quanta falta de segurança descritiva, quando não o pegamos sem nenhuma resposta plausível. A pré história tem sido o berço da "presunção" humana. No entanto querem eles, estes autores sobre a pré-história, presumirem-se capazes de descrições pormenorizadas de fatos ocorridos, segundo esta mesma presunção, a milhões de anos atrás. Vejam os senhores, que na escuridão da pré-história cabe qualquer serviço a qualquer tipo de ideologia, e dos poucos fatos que coletamos nesta lata de lixo do tempo, tão esparsos entre si, haverá lugar para muita imaginação, muita teoria e muitas hipóteses que passam a público como se fossem verdades incontestáveis. Daí o serviço as ideologias.(*)
Quando morreu Menguele, o militar nazista, aqui no Brasil, seus ossos que foram examinados pelos melhores especialistas de então, e que, diferentemente de ossos encontrados hoje e de idade atribuída na longínqua antigüidade, tinham, no caso Menguele, dos seus ossos , fotos, ficha odontológica e outras informações detalhadas, e mesmo assim, vacilaram os especialistas e os interessados a decidir se eram ou não aqueles restos mortais, pertencentes a Menguele. Hoje sabemos que na Palestina dos primeiros séculos da era cristã, já se praticava alguma arqueologia, não por motivos científicos mas religiosos, assim se é possível que um homem que investigava uma escavação a mil e oitocentos anos atrás praticando alguma arqueologia religiosa tenha morrido entre escombros mais velhos do que ele, de digamos três mil anos, nada poderá nos fazer provar com segurança que este corpo e estas relações de tempo, ainda contraposta as camadas geológicas, estejam em verdadeira intimidade histórica e cronológica. Imaginem então, os senhores, as dificuldades de identificar e datar fatos do passado longínquo. Recentemente a imprensa divulgava como verdadeira a "falsidade cronológica" do Santo Sudário, que não seria da época da morte de Jesus Cristo mas sim invenção da Idade Média. Tal afirmação desmentida momentos depois sem que a imprensa ou os livros especializados fizessem a menor menção[33] ou esforço em esclarecer e divulgar o caso do desmentido. Michael Tite coordenador das investigações sobre o Santo Sudário e diretor do Museu Britânico reconheceu em carta dirigida ao professor Liugi Gonella que o Carbono 14 não oferecia prova alguma em favor de sua tese e confessa que houve intenção deliberada de enganar o público[34]. O Santo sudário é realmente o grande mistério e cada dia que passa torna-se um testemunho mais fidedigno da ressurreição de Cristo.
Afora isto, devemos lembrar que um erro de, por exemplo, quinhentos anos, período que corresponde a toda a história do Brasil, é muito fácil de ser cometido em avaliações de por exemplo, períodos de quinhentos mil anos onde cabem mil vezes a história do Brasil. Tal erro cometido nas datações da "história" do Oriente acobertariam período correspondente a todo o conjunto de conquistas sociais que correspondem à história do Brasil, e isto não é pouco.


A escrita, do desenho à letra.

Os homens falaram muito antes de escrever. A comunicação era oral e a memória transmitia-se verbalmente. Esta transmissão pode ser chamada de "tradição oral" que foi, e é fonte de informação. Por isso a Igreja Católica e o povo Hebreu tem duas fontes históricas, a Tradição e as Escrituras. Há autores que afirmam que oito mil anos atrás (datas sempre imprecisas) foram encontradas escritas figurativas (desenhos) rupestres em grutas nos territórios que hoje reconhecemos como França e Espanha. A escrita primitiva era o desenho. A arte de contar por meio de desenhos preservou-se através dos tempos e vamos encontrá-la entre os egípcios por volta dos anos 4.000 e 5.000 a.C. No princípio os hieróglifos (escrita usada pelos egípcios) designavam apenas objetos. Depois adquiriram gradativamente um significado simbólico. Assim a prática da escrita transformou os hieróglifos em escrita hierática usada pelos sacerdotes para guardar suas tradições gravando-as em argila, pedra, cera, papiro, pergaminho e tecidos. Com o tempo uma outra escrita mais popularizada, a demótica, surgiu registrando fatos da história e da vida civil. Champollion, um arqueólogo francês, foi quem decifrou a escrita hieroglífica. Maiores problemas teve George Friedrich Grotenfende (alemão) que decifrou um outro tipo de escrita, a cuneiforme, que eram riscos dispostos de maneira variada geralmente gravado em argila e que foi usada por muitos povos do Oriente Médio, como sumerianos, persas, hititas, assírios e babilônios. Grotenfend, aliando-se ao inglês Rawlinson conseguiram ler estas escritas gravadas em argila e esclarecer muitos detalhes de algumas civilizações da antigüidade. Assim vai se construindo o mosaico da história antiga.
Mais ou menos pela mesma época da ocorrência da escrita cuneiforme desenvolvia-se na região que hoje chamamos China outra escrita, com desenhos estilizados que representavam cada um uma idéia. Era a escrita ideográfica. Os fenícios, por sua vez, inventaram a escrita silábica ( segundo o Koogan- Larousse o alfabeto fenício( povo semita) aparece entre os séculos XIV e XIII a.C.) que era a representação gráfica da fala, dos sons. Do alfabeto fenício originaram-se o alfabeto grego, o hebraico, o moabita e o aramaico, que por sua vez, levado para a Ásia originou o mongol. O alfabeto oriundo dos fenícios, dos gregos, passou aos romanos que o adaptaram à língua latina.

A Linguagem dos Semitas

Nos parece importante nesta ordenação do assunto uma consideração sobre a linguagem semita.
Podemos estabelecer um quadro inicial da seguinte forma:





Ao seguir a história dos povos semitas pela via da História Sagrada encontraremos três idiomas: O hebraico, o aramaico e o grego.
Para alguns autores[35] o adjetivo "hebraico" se deriva do nome do patriarca Heber ( Êbher ou Ibhri), um dos pósteros de Sem, filho de Noé ( Cf. Gên 10.21-25). Foi de Heber que tomou nome o povo oriundo de Abraão, que por sua vez é outro dos descendentes de Sem.. O Povo "hebreu" teve assim como língua materna , e tradicional o hebraico.
Entre outros descendentes de Sem, conta-se ainda Aram,(há outra grafia ) do qual tomou nome a nação araméia ou síria, residente na Síria e na Alta Mesopotâmia; era dotada de língua muito semelhante ao hebraico, porém mais rica e sutil da que este. O aramaico foi se tornado cada vez mais comum entre os povos do Oriente ( principalmente nas suas relações diplomáticas (Cf 4 Rs. 18,26) de modo a vir a ser nos séculos IV e III a.C. a língua usual do próprio povo de Abraão ( cf. Ne 13,24 ) ficando o hebraico reservado apenas para o culto sagrado. Não esquecer do uso do Grego. (? Lembro de ter lido que houve extinção do hebraico).
No tempo de Jesus Cristo era o aramáico o idioma falado entre os judeus[36]em Jerusalém. O idioma hebraico e aramaico pertencem, portanto, ao grupo das linguas semiticas.Conclua-se que o fato de Jesus falar o aramaico não fazia dele estrangeiro como querem alguns.
Interessante notar que o aramaico é o idioma original de fragamentos do AT.( Dan 2,4,b- 7,28; Esdr 4,8- 6,18; 7,12-26; Jer 10,11). Foi a língua original do Evangelho de São Mateus do qual , porém , só existe em tradução grega.
Acredita-se que Judith e Tobias também foram escritos em aramaico. Em grego no AT foram concebidos o livro da sabedoria e a 2º dos Macabeus. Deve-se notar ainda que a tradução grega (Alexandria na África) feita nos séculos III e II a.C. dita dos Setenta Interpretes é de grande valor filológico. No mais o AT foi escrito em hebraico.

As Escrituras


a.C.
400






a.C.
300




Versão Alexandrina dos 70, texto em grego

a.C.
200




Fragmentos de Ryland, texto em grego

a.C.
100
Rolo de Isaias do Mar Morto, texto em hebraico





Cristo
0






d.C.
100
Vetus Latina, versão latina mais antiga





d.C.
200
Papiros deChester-Beatty, texto em grego





d.C.
300
Vaticana, texto em grego/ Sinaitico, texto grego





d.C.
400
Versão latina de São Geronimo, texto em latim





d.C.
500






d.C.
600






d.C.
700






d.C.
800






d.C.
900
916 Texto Massorético em hebraico/ o mais antigo.




Calendários outro grande problema.

Agora que já expusemos sucintamente o problema da escrita antiga e seus significados, e já fizemos notar que além da decifração dos símbolos existiam as diversas línguas e seus dialetos, algumas totalmente extintas, o que complica em muito a interpretação, pois não nos basta a compreensão dos sinais, assim como, hoje, não nos basta saber o significado das letras do alfabeto e seu sons correspondentes para entender e traduzir com perfeição de significados o francês, o inglês, o russo, o espanhol , o português, etc. Porém, mais grave do que isto é situar estas traduções nos seus tempos reais, pois os calendários de cada povo tem um início em algum evento social ou religioso, com características próprias e vinculada a história "pessoal" de cada povo.
Eu me confesso inábil para aprofundar esta difícil e complexa ciência comparativa dos calendários, todavia para dar uma idéia das dificuldades e estimular a curiosidade sobre o assunto, descreverei alguns tópicos de interesse.
Para nós, o advento de Jesus Cristo, colocou um marco definitivo na história e hoje, pode-se dizer um marco de uso universal. Antes e depois de Cristo é como contamos o tempo hoje. Porém, estamos falando de um passado longínquo. Observamos períodos de tempo que absorveriam varias histórias do Brasil, ocorridas e marcada nas histórias de cada povo e marcada no tempo por calendários muito diferenciados, alguns com 260 dias num ano, outros com 385 dias, uns contando o tempo a partir da fundação do Roma por exemplo, ou de algum outro evento escondido num passado por demais remoto para se precisar suas relações com o passado de outros povos. À grosso modo, pode-se dizer que o leitor já terá ouvido falar do calendário Maia e Asteca, do Babilônico, do Chinês, do Hindu, do Hebreu, do Egípcio, do de Zoroastro, do Muçulmano, dos Gregos, dos Romanos, ou mais recentemente o Calendário Juliano ( 46 d.C.) ou Gregoriano ( 1582 d.C) ou o calendário Revolucionário Francês, ou o Calendário Positivista, ou o Maçônico. Cada qual diferindo na forma de datar e nos interesse a preservar ou ressaltar.
Dizem os estudiosos sobre o assunto que podemos chegar a alguns denominadores comuns. Por exemplo, quanto aos tipos, os calendários podem ser astronômicos, religiosos e civis. Os astronômicos se dividem em siderais, lunares, solares e lunissolares. O assunto é complexo e apaixonante. Merece aprofundamento.
O Babilônico, um dos mais antigos que se conhece, influenciou muitos outros, como o hebraico, o chinês, o muçulmano e muitos outros calendários(*). Tem 12 meses e um ano de 260 dias. Seus meses chamam-se Nisan, Aiar, Tammuz, Ab, Elul, Tshirit, Arahsamna, Kislimmu, Tebet, Shebat e Adar.
O Egípcio, o solar mais antigo que se conhece, tem 365 dias num ano que se divide em três estações, Akket ou a estação das cheias do Nilo, Pert ou estação de semeadura, e Shemu a estação da colheita. Seus meses são: Thot, Phaophi, Athir, Choiach, Tybi, Méchir, Phamenot, Pharmouth, Pachons, Payni, Epiphi e Mesore.
O Hebraico tem um complexo sistema baseado no calendário Babilônico. Seu ano civil tem 383, 384,385 conforme especiais circunstâncias e mais um mês suplementar chamado Adhar ou Veadar (hoje, os hebreus usam o ano solar Gregoriano).
O Chinês esta entre os mais antigos. Sofreu a influência da Babilônia, dos helenos, e dos jesuítas mais recentemente. Tinha originalmente 354 dias. Corresponde com o calendário Capiro e o Metor o que comprova a influência babilônica e helenista. Como acontece com os calendários Babilônico e Hindu, usa ciclos cronológicos que se acredita serem fictícios como o Yuen (origem) que corresponde a 4.617 anos solares, e o Chang-Yuen que corresponde a 88.639.860 anos solares. Porém, e é preciso que se observe, afirmam os estudiosos, que a introdução destes "ciclos" são tardios na história chinesa(*). Deste calendário derivam-se o Japonês antigo, o da Coréia, e do Viet-Nam.
O Hindu na sua fase mais antiga carece de documentação precisa a seu respeito para um período anterior ao quinto século depois de Cristo. Sabe-se que sofreu muitas influências estrangeiras, dos arianos, e dos chineses. Tem um ano solar de 12 meses. Lembrem-se que estas influências também são comprovadas pelo estudo da lingüística que põe a Índia sob o tronco ariano (com a expansão dos Árias). Estes laços entre os povos e isto, acrescido da possibilidade da ocorrência do dilúvio universal e da nova e possível segunda origem comum de todos os povos, como nos conta a Bíblia, em nada diminuímos a hipótese histórica daí deduzível. Werner Keller em seu livro "A Bíblia Tinha Razão" diz sobre o Dilúvio Universal: "Quando ouvimos a palavra dilúvio, pensamos quase imediatamente na Bíblia e na história da arca de Noé. Com o cristianismo esta se tornou a história mais conhecida do dilúvio, embora não seja de modo algum a única. Nos povos de todas as raças existem diferentes tradições de uma inundação imensa e catastrofica. Os gregos contavam a lenda do dilúvio de Deucalião; já muito antes da vinda de Colombo, corriam entre os primitivos habitantes do continete americano numerosas histórias a respeito de uma grande inundação. Na Austrália, na India, na Polinésia, no Tibete, em Caxemira, na Lituania, há histórias de uma grande inundação que vem sendo transmitida de geração em geração até nosso dias". Outra narração do dilúvio importante pela semelhança com a narracão biblica é a de Gilgamesh que narra a criação e o dilúvio dos antigos sumérios em lingua acadia. Para os Hebreus, todos os homens pós diluvio, e também para nós cristãos, são descendentes dos filhos de Noé, Sem , Cam, e Jefeth.
O Mulçumano; no mundo arábe antigo ( o arabe é povo semita que se diz descendente de Ismael filho de Abraão descendentes de Sem, filho de Noé) utilizavam o calendário persa(*). Em 580 d.C. nasce Maomé ( casa-se com uma judia que lhe auxilia na feitura do Alcorão) e morre em 632. Somente no ano 1.079 o soberano persa mulçulmano, Djelaleddin cria um calendário correlato ao do zoroastrismo, baseando-o no calendärio de Zoroastro que por sua vez tomou como modelo os calendários egípsio e babilônico por volta do quinto século antes de Cristo.
O Maia e Asteca; que exigiriam aqui um estudo especial dada sua "originalidade", também é religioso e solar. Ambos tem 260 dias e o asteca um décimo terceiro mês [37].
O Grego; existe mais de um calendário grego, o ateniense por exemplo, tem doze meses, seu ano chama-se Atico e tem meses planos e concavos, de 30 ou 29 dias. Seus meses são: Hecatombaion, mês dos sacrifícios ou hecatombes; Metageintnion, dos desejos; Boednomion, das corridas; Pyanopsion, das favas cozidas; Maimakterion, de Apolo; Posideion, dedicado a Posidão (Netuno); Gamalion , ou das núpcias; Antestherion das flores; Elaphebolion, da caça aos viados; Mounikion, ou dedicado a Artemis; Tharglion ou da festa de Apolo e Artemis; Skirophorion ou em honra a Atena (Minerva). Tem 345 dias e treze meses.
O Romano; que começa desde a fundação de Roma em 753 a.C. Tem 304 dias e 10 meses lunares e dois meses suplementares. O primeiro mês é Mars e o ultimo Februarius. São: Mars, Apliris, Maius, Junius, Quintilis, Sextilis, September, October, November, December, Januarius, Februarius.
Dos limites da era cristã para cá temos alguns calendários famosos como o Juliano( calendário cristão atribuido ao papa Juliano), o Gregoriano (o calendário atual mandado elaborar pelo papa Gregório) e alguns outros, curiosos, como, o revolucionário francês que elaborado pela revolução francesa queria extinguir as festas e datas religiosas do cristianismo, o Positivista com o mesmo intuito, organizado por Augusto Conte que quis dar uma idéia de continuidade revolucionária do positivismo. Criou-se assim,segundo Conte, os meses comemorativos de Moisés, Homero, Aristóteles, Arquimedes, César, São Paulo, Carlos Magno, Dante, Gutemberg, Shakspeare, Decartes, Frederico II, (o imperador anti-papa) e Bichat note-se que despresam a pessoa de Jesus Cristo. Por fim, o calendário maçonico que inicia no ano 4.000 e nega a era cristã tendo fixado no ano 1.000 a "luz verdadeira" época da sagração de Saul como primeiro rei dos Hebreus.
Mais do que repetindo, percebemos claramente a dificuldade de precisão histórica, seja pela correlação comparativa de culturas e suas cronologias, ou pelas deformações linguísticas e da escrita, que por sua vez, nunca foi de domínio público como é nos dias de hoje, ou pela significação oculta na forma da palavra escrita e falada. Seria a lenda de Babel possível? Houve um momento na História dos homens uma lingua universal? Esta hipotese é verossimel? Para Cristãos e hebreus é possivel, pois ambos advogam uma origem comum para todos os homens.
Nos tempos modernos temos uma falsa visão da comunicação universalizada, e esquecemos que vivem, hoje, na terra, simultâneamente, uma enorme gama de povos, cada qual em um estágio cultural diferenciado, com suas línguas e crenças de riquíssima variedade, muitas não fazem uso de escrita,e que, quase sempre as desconcideramos em nosso discurso cotidiano de uma comunicação globalizada. O mesmo ocorreu com os estagios de desenvolvimento dos povos da antiguidade, toda a generalização parece assim leviana. Neste sentido o acúmulo e compreenção de escrituras antigas que permaneciam como testemunhos mudos, desde o seu esquecimento, é de maxima importancia para fixar ou datar e comprender fatos históricos. Lendas passam assim a serem verazes com as novas descobertas. De fabulas passam a fazer parte da história da humanidade.

As Bibliotecas fontes de consulta histórica.

Os homens parecem ter demorado para perceber que as "escrituras" eram riquezas espirituais que geravam riquezas materiais e culturais.
Em português, espanhol e italiano diz-se biblioteca. Em alemão biblioteck. Em inglês bibliotec ou library (livrary). Em toda a parte e em todas as épocas, estes tesouros dão testemunho de cultura e história. Os povos, como vimos acima documentam sua história conforme seu grau de cultura, registram assim a história, a cultura e a civilização que construíram. Parece ter nascido, assim, desta necessidade de guardar os produtos da vida espiritual dos homens, as bibliotecas. Os antigos gregos a chamavam bibliothéke, ou seja: biblio que quer dizer livro e théke que fala daquilo que serve para guardar (caixa).
Alguns autores citam, como primeira biblioteca que se tem notícia histórica a construída por Ramsés II ( 1301-1235 a.C.) no Egito. Os Assírios na época do rei Assurbanibal (669-625 a.C.) possuíam 30.000 taboinhas de barro com inscrições cuneiformes. Aristóteles o Filósofo grego ( 384-322 a.C.) possuía uma biblioteca modelo para a sua época. Um de seus discípulos, Teofrasto a herdou e passou, 31 anos mais tarde, para Nereu de Scepsis. Não se sabe como esta biblioteca passou para as mãos de um comerciante de nome Apelicon e dele aos romanos. Outro discípulo de Teofrasto, Demétrio, convenceu o rei persa do Egito, Ptolomeu I a construir a biblioteca de Alexandria em 260 a.C. Conta-se que, com Ptolomeu II esta biblioteca já acumulava 700 mil papiros. Atribuem alguns autores, com incertezas, à César a culpa do incêndio ocorrido na Biblioteca de Alexandria. Para o historiador Borges Hermida este incêndio se situa quando ainda governava o califa Omar atribuindo o incêndio à invasão do general Amru ao Egito quando foi incendiada a biblioteca de Alexandria pelos conquistadores árabes, perdendo-se ai preciosos documentos gregos e romanos. No entanto, sabe-se com mais certeza que foi Marco Antônio (romano) que a reconstruiu e acrescentou 200 mil obras tomadas do rei Eumenas de Pergamo. É de Pergamo que vem o nome de pergaminho, couro de animal que servia para as escrituras. Júlio César fundou uma biblioteca pública em Roma que foi terminada após sua morte por Asinus Polion em 37 a.C. Sabe-se que pelo terceiro século d.C. Roma possuía mais de 30 bibliotecas de porte. Todavia, a arqueologia tem encontrado antigas bibliotecas inéditas. Em 1947, por exemplo, um pastor árabe encontrou em uma gruta a noroeste do Mar Morto os documentos Qumrân.
Há quem afirme que a primeira biblioteca cristã foi a fundada pelo bispo Alexandre em Jerusalém no terceiro século d.C. A Ela seguiu-se a de São Damaso em Roma. Suas funções eram a de guardar os tesouros da cultura.
Durante as guerras impostas pelos germanos ao Império Romano, os monges em seus mosteiros preservaram documentos pré-cristãos que foram salvos das imensas bibliotecas públicas de Roma. Assim, foram salvos os clássicos latinos e gregos entre outras obras de primordial importância para os fundamentos da cultura ocidental. Os monges chamados amanuenses* copiaram, heróica e minuciosamente, na íntegra os preciosos textos. Assim, ficaram célebres as bibliotecas cristãs, consideradas formadoras da cultura ocidental, organizadas nas Catedrais de Chartres, Reims (França), São Galo (Suíça), Monte Cassino (Itália), Monte Athos (Grécia) e Santa Catarina, esta isolada na península do Sinai (Egito). A partir do século XIII, mosteiros e bibliotecas cristãs são transformadas em universidades pela Igreja, que é, para quem analise os fatos históricos com isenção, a verdadeira responsável pela alfabetização em massa, pela escola ao estilo das que conhecemos hoje e pela instituição das Universidades.
João Gutemberg (1400-1468) inventou a imprensa popularizando a Bíblia. Em 1870, em Londres o Museu Britânico transformou-se em uma biblioteca com mais de um milhão de títulos. Hoje pode-se dizer que a Biblioteca Nacional de Paris, a Biblioteca do Museu Britânico e a Biblioteca do Vaticano (da Igreja Católica) são as principais tanto pelo volume de títulos, como pela importância histórica de seus documentos. A primeira biblioteca brasileira foi a do mosteiro de São Bento em Salvador em 1581. A Biblioteca Nacional (1810) é a maior da América Latina com 1.330.000 obras, 600 mil manuscritos, 300 mil mapas e preserva, entre outras, a memória da imprensa nacional com coleções de jornais e revistas.


A Porta[38].

Digamos que para entrar no mundo da história, o mundo das antigas escrituras, existem muitas portas. Poder-se-ia entrar pela porta do antigo Egito, pela da Caldeia, da Assíria, da Babilônia ou pela porta dos arianos que acabam dando origem aos helenos ou, finalmente, pela da China ou Índia. Dado ao claro objetivo deste trabalho como esta bem explícito no seu título, entraremos pela porta histórica dos hebreus.
A "Porta" parece ser no estudo da história um símbolo atávico, um profundo arquétipo. Pela "Porta" entramos na vida, pela "Porta" entramos na tumba , pela "Porta" se entra no Templo de Salomão ou se defende castelos e cidades.


Uma porta teológica excepcional: e aberta a quem bater...;

João 10, 1-10.

Em verdade, em verdade vos digo, quem não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, é ladrão e salteador. Mas quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. A este o porteiro abre, e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz à pastagem. Depois de conduzir todas as suas ovelhas para fora, vai adiante delas; e as ovelhas seguem-no, pois lhe conhecem a voz. Mas não sequem o estranho, antes fogem dele, porque não conhece a voz dos estranhos. Jesus disse-lhes esta parábola, mas não entendiam do que ele queria falar.
Jesus tornou a dizer-lhes: Em verdade, em verdade vos digo, eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim, foram ladrões e salteadores; mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta ; se alguém entrar por mim, será salvo; tanto entrará como sairá e encontrará pastagem. O ladrão não vem senão para furtar, matar e destruir. Eu vim para que as ovelhas tenham vida, e para que a tenham em abundância.









QUADRO SINÓPTICO

Pré - História

Idade da pedra....................Período Paleolítico Inferior, 500 mil a.C. à 30 mil a.C.
Período Paleolítico Superior, 30 mil a.C. à 18 mil a.C.
Período Neolítico, 18 mil a.C. à 5 mil a.C.

Idade dos Metais................. Período do Cobre, 5 mil a.C. à 2500 a .C.
Período do Bronze, 2500 a.C. ao início do uso do Ferro
Período do Ferro, até o início da História.


Observar que alguns povos, como já dissemos acima, tiveram sua entrada na história, com a escrita, em idades correspondentes ao período do cobre, enquanto outras, a maioria como afirma Birket- Smith* iniciam sua escrita no período do bronze. Ainda que nós considerássemos as escritas que apareceram no Neolítico superior é bom lembrar que elas não eram propriamente escritas no sentido histórico. Outro dado importante, é que os alfabetos, originários do fenício,incluindo o hebraico, aparecem depois do século XIV e XII a. C.,( trezentos ou quatrocentos anos antes de Saul, ou seja mais ou menos à época de Moises (1250) ) portanto a história no sentido discursivo como a conhecemos há de ser considerada a partir destas novas datas.






História Geral

Antiguidade
..................

Do aparecimento da escrita até 395 d. C.. Divide-se em Oriental e Ocidental

Idade Média
..................
395 à 1453

Idade Moderna
..................
1453 à 1789

Idade Contemporânea
..................
depois de 1789











Intruduzir os povos arianos: ARIANOS

Introduzo aqui um resumo da história dos povos arianos ou indo europeus, como também são chamados, porque este rápido conhecimento deste sumario, dara ao pesquisador uma ideia de que é quase sempre falsa as afirmações encontradas em livros de esotéricos, em pretensas religiões revolucionarias ou correntes de magia, que numa constancia impressionante reportam suas origens a uma antiguidade de culturas milenares, onde se escondem os seus segredos. É verdade que tanto na Antiguidade Oriental como na Ocidental escondem-se segredos de toda ordem, porém sem a força que se quer dar as ideologias que dão suporte aos frequentes ataques à civilização contemporânea.
Primeiramente é preciso explicar o conceito dos povos arianos, que é um conceito linguistico, inferido das semelhanças linguisticas encontradas entre diversos povos, assim como também é caracterizado, pela via da linguistica, o grupo das linguas semiticas. É preciso diferenciar o conceito de povo ariano do conceito do "[39]Arianismo", uma heresia cristã que tem seu nome derivado do Bispo Ario, e que, ao se estudar a formação do cristianismo junto aos povos bárbaros*, frequentemente fazemos confusão. Confundimos os de origem ariana, com os que abraçaram o arianismo como religião.Também é com este "Arianismo" do bispo Ario, que mantemos relações ao estudarmos o Concilio de Niceia, ao tempo do Imperador Romano Constantino, que tem, como já vimos, estreitas relações históricas com Jerusalém e a Palestina. Bem posto isto, voltamos aos povos arianos.
Pelo estudo comparado das linguas, chegou-se a conclusão ( passível de revisão) de que existiu um tronco comum de um povo de raça branca ao qual se chamou ariano, ou também indo europeu. Acredita-se pela semelhança linguística muito rica em detalhes que os povos arianos viveram em conjunto em algum lugar da Ásia ou Europa e depois se dispersaram.( o que teria provocado esta "Diáspora" ariana?) Da grande população ariana, um ramo se dirigiu para a Índia e deu origem aos indús ou árias. Outro encaminhou-se para o planalto do Irã e formou os iranianos ( medos e persas) outro ainda ou se dirigiu, ou se fixou, conforme a hipótese histórica empregada, na Europa onde formou a maioria de seus povos, incluindo gregos e romanos.
Sabe-se também que na Ásia Ocidental, antes dos medos e dos persas surgiram vários outros povos de origem ariana, entre eles os hititas que por utilizarem o cavalo, ainda desconhecido nesta região, acabaram formando um grande império com estreita relações com os povos semitas.
Os medos e persas que também eram chamados iranianos habitavam o planalto do Irã, entre o mar Cáspio e o Golfo Pérsico. O norte era ocupado pelos medos e ao sul os persa tendo como capital Persépolis ( ). Os medos os primeiros a terem preponderância no planalto na epoca de Ciáxeres, aliado aos babilonios tomou Ninive destruindo o imperio assirio dos sargônidas. Mas seu filho acabou derrotado por Ciro, o fundador do imperio persa , foi este ariano que permitiu a volta dos israelitas que estavam presos na Babilonia desde o tempo de Nabucodonosor à Jerusalém para que reconstruíssem o Templo. Ciro depois de ter conquistado a Lídia de Creso, partiu para a conquista do grande império caldeu que se extendia por toda a Mesopotâmia até o Mediterraneo. Em 538 a.C. Ciro tomou a Babilônia e morreu pouco depois quando combatia os bárbaros que vinham da Ásia Central.Cambises filho e sucessor de Ciro o ariano, completou a tomada do Egito de Psamético III na batalha de Pelusa em 525 a.C. Segui-se Dario, que unificou a moeda o "dárico" construiu estradas e criou um correio.O mundo civilizado de então estava dividido aparentemente em dois blocos: O imperio que compreendia todas as civilizações do Oriente Próximo ( Äsia Ocidental e Egito) e o pequeno pais dos Gregos.* Dario emprendeu guerra aos gregos e foi vencido. Os gregos serão derrotados pelo macedônio ( Ariano?), Felipe. Alexandre o filho de Felipe com um exercito grego conquista o imperio persa à epoca de Dario III o último soberano.
Como vemos tanto os persas como os gregos com o macedônio Alexandre teriam supremacia sobre a mosopotâmia, incluindo os sitios a que se refere a História Sagrada.
O pesquisador das religiões dos povos arianos devem se preocupar com estas datas, começando talvêz pelo povo grego. Julgo como alguns que, tendo em vista, o estudo das religiões arianas, devemo traçar algumas palavras sobre os Indus, que não vivem na Asia Ocidental, mas dada a sua mesma origem da raça branca que os persas gregos e romanos merecem aqui destaque.

Os Indus

A India fica na Asia ao sul das montanhas do Himalaia e é banhada pelos rios Indo e Ganges. Seus abitantes os hindus ou arias teriam invadido o país pelo ano 2500 a.C.


História dos Hebreus.

"Dentre todos os povos asiáticos - europeus, somente Israel e a Grécia possuem autêntica historiografia. Em Israel, que ocupa lugar privilegiado entre todos os povos civilizados do Oriente, a historiografia se originou em época tão remota que causa causa
surpresa, e produziu logo de inicio obras de importância... Na Grécia surgiu mais tarde".
E.Meyer.

Há pouco mais de 4.000 anos, ou seja, há dois mil anos antes de Cristo, alguns povos viviam às margens do Mediterrâneo na Ásia e na África. Tudo leva a crer que formavam duas grande potências: a Caldeia e o Egito. Entre estes dois povos viviam outros pequenos grupos como a Síria e Canaan (esta última também chamada posteriormente de Palestina). Diversas tribos viviam aí, da cultura da terra e dos seus rebanhos E DE SUAS ARMAS, entre as quais achava-se o tronco Hebreu que provinha do patriarca Abraão. Este homem e sua família eram oriundos de Ur, na Caldeia, donde imigraram para a Palestina (Canaan), (por que motivo?[40]) no décimo nono século antes do nascimento de Cristo.
Com a marcha de Abraão e de seus descendentes, começa a história que as Sagradas Escrituras nos conservam e que podemos muito bem situar no curso da história geral do mundo antigo. Esta é a sua principal vantagem como "Porta" histórica.
Abraão imigrou[41] para a Palestina (Canaan) na época em que reinava na Caldeia o Rei Hamurabi (autor do Código de leis de Hamurabi, sexto rei da dinastia da Babilônia que foi o grande centro de poder entre os anos 1830 a 1530 a.C.). O período anterior a Abraão é-nos difícil fixar as datas precisas para os riquíssimos acontecimentos narrados nas Escrituras.
A vida nômade e agrícola e guerreira das tribos provenientes desta imigração durou cerca de quatrocentos anos (quem morava em Canaan?). Em seguida o povo hebreu, chamado também de povo de Israel, dado ao novo nome que Deus deu a Jacob chamando-lhe Israel ( que quer dizer aquele que lutou com Deus e venceu[42]), imigra e retira-se para o Egito (episódio de José do Egito) ocupando um lugar situado no delta do rio Nilo, que era sem dúvida o lugar mais rico e produtivo daquela região.
Tornaram-se escravos, no Egito, dos egípcios. Pelo ano 1250 a.C., Deus suscitou-lhes um "libertador", na pessoa de Moisés (hebreu criado pelo faraó cujo nome significa salvo das águas). Liderados por ele os hebreus cruzaram o Mar Vermelho para se dirigirem à Canaan (Palestina). Depois de se deterem perdidos no deserto por quarenta anos, os israelitas (hebreus) empreenderam a conquista armada de Canaan (Palestina) pela tomada de Jericó (ano 1200 a.C.)
A terra ocupada foi distribuída em doze territórios de acordo com as doze tribos. As quais, foram se estabelecendo gradativamente em Canaan (Palestina). Seguiu-se um período de difícil caracterização. Neste período os hebreus (israelitas) viviam em lutas contínuas com os moradores da Palestina (Canaan). Este período ficou conhecido como o dos Juizes e durou duzentos anos.
O povo hebreu, foi se desenvolvendo aos poucos até que conseguiu se organizar como um reino no meio de seus vizinhos (quais na região de Jericó). O último Juiz, Samuel, que era profeta, resolveu, após hesitação conceder a constituição de um reino, sagra então um rei. Saul foi o primeiro rei local, no ano 1000 a.C., no seio dos hebreus. Seu reinado parece ter sido apenas um prelúdio, pois caberia a David, pastor e herói guerreiro, que pelo casamento com a filha de Saul, se tornaria rei e sucessor de Saul, firmar o poder real: primeiro sobre a tribo de Judá e em seguida sobre o conjunto de todas as tribos Israelitas. David[43], não constrói uma cidade mas toma, pelas armas, a cidade de Jerusalém. (Construída por quem?).
A David sucede em 970 a.C. Salomão (seu filho), que organiza o reino de Israel, faz uma aliança com o Egito e Tiro e constrói na cidade tomada de Jerusalém, o Templo conhecido como o "Templo de Jerusalém".
Pouco depois da morte de Salomão, sob o reinado de Roboão, em 930 a.C. rompe entre as tribos uma disseção que termina com o cisma: as dez tribos do Norte separam-se das tribos de Judá e Benjamim para constituírem um reino independente. Este reino do norte durará cerca de dois séculos tendo por capital a cidade de Samaria[44] (quem era o rei?), que seria conquistada em 722 a.C. por Sargon II rei da Assíria (verificar circustâncias).
O reino de Judá, oriundo do cisma escapou ao domínio assírio e continuou a existir como um pequeno reino flutuante entre outros rivais: o Egito e a Assíria (bem depressa subjugada por Babilônia como?).
O rei Josias em 622 a.C., empreende uma vasta reforma religiosa-social cujos efeitos foram de curta duração. O reino de Judá começa a declinar, até submeter-se à expedição de Nabucodonosor (quando e quem era ?) que em 598 a.C. se apodera de Jerusalém.
Nabucodonosor transforma a "Judeia" em Estado vassalo e deporta para a Babilônia uma grande parte da população. Estabelece um vice-rei: Sedécias (de que nacionalidade) mas, este se revolta a favor dos israelitas (hebreus). Nabucodonosor toma uma segunda vez a cidade de Jerusalém, e a incendeia em 589 a.C. A quase totalidade da população foi deportada para a Mesopotânia, ficando a "Judeia" sob administração dos Caldeus.
O Exílio dos israelitas (hebreus) durou até que Ciro, rei da Média, autorizou a volta dos deportados, sob a direção de Zorobabel em 538 a.C.
Os israelitas privados de seus reis, procuram organizar-se em uma comunidade religiosa. Em 331 a.C., toda a Canaan (Palestina) é conquistada por Alexandre Magno
( Macedônio).
A partir de 323 a.C. a Judeia passa sucessivamente sob o domínio da dinastia dos generais de Alexandre, que dividiram entre si o Império Grego. Um pouco mais tarde entre os anos 175 e 163 a.C., os hebreus israelitas atravessaram um período de grande tribulação e perseguições por parte do rei assírio Antico Epifanes. Foi a época da revolta e da guerra de libertação empreendida por Judas Macabeu.
A "Judéia" conhece então uma independência que se estendeu por cerca de um século: sua administração estava nas mãos de um príncipe asmoneus (família hebraica, descendentes dos macabeus[45]).
No ano 63 a.C., Pompeu o Grande, a frente dos exércitos romanos, invade a Palestina ( Síria e Canaan) reduzindo-a a uma província romana. Um pouco mais tarde, César divide-a em quatro partes, governada cada uma por um tetráquio[46] (?), a testa da Galiéia (quais eram as outras?), foi colocado um príncipe judeu ( não era indumeu?) com o nome de Herodes.
No ano 7 d.C., o governo da "Judéia" é confiado a um procurador romano, mas este governo foi delineando um novo movimento de independência que provocou ao final uma dura represália romana, uma guerra civil e o último sítio de Jerusalém, onde o imperador romano Tito, entrou no ano de 70 d.C. Com a destruição de Jerusalém termina a história dos antigos hebreus. Foi, sem dúvida antes do ano 5, da nossa era que Jesus Cristo nasceu em Belém, sendo na época, Tibério o imperador romano. Jesus Cristo (hebreu) morreu na cruz no ano 30 e ressuscitou três dias depois, permanecendo entre os apóstolos por quarenta dias quando ascendeu aos céus. O apóstolo Paulo (hebreu, da tribo dos fariseus) converteu-se em 36 d.C. Pedro (hebreu) e Paulo ( hebreu) sofreram o martírio em Roma entre 60 e 70 d.C. São João (hebreu) morreu na Ásia no ano 100 d.C.


Superioridade moral do Novo Testamento

Uma interessante ferramenta de estudo foi proposta em 1861 por Adolfhe Monod, em seu livro "Lucilia e o Abade", onde procurou um comparativo dos autores clássicos com o Antigo Testamento e o Novo Testamento. Isto pode ser feito hoje com muito mais instrumentos e fontes e precisão histórica. Por isso transcrevo aqui um pequeno trecho de seu livro para dar uma idéia do fértil trabalho que pode resultar desta comparação:
" Essa convicção será ainda robustecida quando comparardes as máximas daquele livro com as lições contemporâneas da sabedoria humana. Lá esta um povo, o povo Judeu, aonde a razão nada fez ; e no outro, o povo Grego, onde ela fez os maiores prodígios. Como é que o primeiro tem luzes tão sublimes da religião, enquanto que o segundo apenas tem conjecturas dos filósofos e as superstições da populaça? Ao passo que alguns pescadores da Galiléia a única pintura que existe de uma vida completamente santa; anunciam um Deus justo; revelam uma eterna bem-aventurança, e o caminho que a ela conduz: tudo é confuso, incerto, e desregrado, em Roma e na Grécia. Remontemos ao Antigo Testamento. É preciso retrogradar seiscentos anos para chegar ao tempo dos últimos profetas Judeus; porque a história Judaica é muitos séculos mais antiga que a dos Gregos e a dos Romanos. O tempo em que os profetas Malaquias, Aggeo, Daniel Ezequiel, Jeremias, Isaias, e Oseas ( 500 a 600 a.C.) pregavam aos Judeus esta bela doutrina: "Antes de mim não houve quem fosse formado Deus, nem o haverá depois de mim. Eu é que sou, eu é que sou o senhor, e sem mim não há Salvador....Eu sou, eu mesmo sou o que apago as suas iniquidades por amor de mim, e não me lembrarei dos teus pecados( Isaias.43-10,11,25). Santo, Santo, Santo, Senhor Deus dos exércitos, cheia esta toda a terra de sua gloria (Isaias 6-3) Cessai de obrar perversamente. Aprendei a fazer o bem: (Isaias 1.16) E rasgai os vossos corações e não os vosso Vestidos, e convertei-vos ao senhor vosso Deus: porque ele é benigno e mavioso( Joel 2. 13.). Este tempo corresponde aquele que viviam os sete sábios, em que a filosofia ensaiava timidamente os seus primeiros passos. Thales tirava o mundo da água, e Pitágoras ensinava a metempisicose; Anaxagoras apenas começava a aparecer, e Sócrates ainda não era nascido. O tempo em que David celebrava a criação, a providência e a graça, nestes cânticos que de séculos em séculos tem sido as delicias das almas piedosas; e confessando o seu pecado como uma revolta contra o próprio Deus, mas confiando ao mesmo tempo na misericórdia daquele que tinha ofendido, escrevia estas palavras a que nada se asemelha na antiguidade profana: "A minha maldade eu a conheço: e o meu pecado diante de mim esta sempre.Contra ti, só pequei e fiz o mal diante de teus olhos:...Tu me borrifará com o hisope e serei purificado; lavar-me-has e me tornarei mais branco que a neve.( Ps.50.5,6,...9)"
Esse precedeu aquele que em que Homero e Hesiodo lisongeavam os ouvidos do povo, ou encantavam todos os espiritos com fabulas tão frivolas apesar de sua beleza. Moises, que publicou o Decálogo, esse código eterno da mais pura moral, esse fundamento de toda as leis e de todas as sociedades, era contemporâneo de Orfheu; e os Gregos enterneciam-se com as aventuras de Eurídice, em quanto os Judeus escutavam com terror a lei proclamada no Sinai. Abraão, que compreendeu o valor da fé e a necessidade de uma ilimitada obediência aos preceitos de Deus: a Josefh, que sendo instado a praticar uma ação que era considerada entre os pagãos como ligeira falta, exclamava: "como poderia eu cometer tão grave falta e pecar contra meu Deus?...correspondem Inachus, Cadmus, e Cecrops, na mais profunda noite. De uma parte uma luz tão viva, e da outra tão espessas trevas; e essa luz num povo bárbaro, e aquelas trevas num povo civilizado: qual será o homem sensato que possa explicar isto, não sendo a Bíblia obra de Deus! Que povo não foi o Judeu! Em quanto Jesus Cristo não veio, e só eles liam as profecias não tiveram entre todos os povos quem os igualasse no conhecimento de Deus: e apenas o Evangelho chegou aos Gregos e aos Romanos, esses mesmos Judeus ficaram tão inferiores a estes quanto noutros tempos os excediam. E não querem reconhecer ainda que eles não deveram a sua primitiva superioridade senão à circunstância de possuírem o Antigo Testamento, e a sua inferioridade atual ao terem rejeitado o Novo Testamento".

desenvolver o tema da história recente dos hebreus( SEGUE TEXTO SOBRE A PALESTINA E JERUSALÉM)

Jerusalém - Em árabe Al. Quds ou ainda Gerusalemme.

Sabe-se que o local era habitado pelos jeruseus no início do II milênio a.C.. David tomou-o para si, fundou sobre (na) cidade sua capital-reino. Salomão, seu filho, iniciou a construção do Templo de Jeová. Este foi destruído por Nabucodonossor em 587 a.C. Após o retorno( libertados pelo rei ariano Ciro) de seus habitantes ( judeus) que haviam sido deportados para a Babilônia (587-539 a.C.) o Templo foi reconstruído. Foi tomado por Antíco Epífano, que nele introduziu culto estrangeiro (Qual?). Em 63 a.C., os soldados romanos, por sua vez, tomaram posse de Jerusalém. Herodes o Grande, reconstrói parte do Templo (20-19 a.C.) erguendo grossos muros de arrimo. O Templo (2º templo) foi destruído em 70 d.C., por Tito ( o candelabro e a arca da Aliança (?) participaram do desfile triunfal de Tito em Roma). A partir daí, os judeus vinham lamentar-se às ruínas do Templo (mais tarde Muro das Lamentações - Resto das muralhas de Herodes). Em 132 fracassa a insurreição chefiada por Simão Bar-Kokheba. Os romanos retomam Jerusalém e transformam a cidade em uma colônia "Aelia Captolina" interdita os judeus. Com o "Império Romano" e com o cristianismo oficial depois do século III d.C., Jerusalém transforma-se em cidade de peregrinação, Constantino ( 325 ) manda construir a primeira Basílica do Santo Sepulcro.
Os persas (arianos) de Khosrõ II em 614, e depois os árabes em 637, os cruzados de Godofroi de Bouillon em 1099, Saladino (Quem?) em 1187, Frederico II (que ocupou a cidade de 1229 a 1240) dominaram a cidade sucessivamente (e nos tempos modernos?). Durante o período islâmico (Maomé era casado com judia) a cidade conservou o seu "caráter" sagrado (Qual?) . O Califa (?) Abd Al-Malik edificou aí a Cúpula do Rochedo (Mesquita de Omar) (691) - Acredita-se que foi ele, ou seu sucessor, Al-Walid que edificou sobre a esplanada do templo (Herodes ou Salomão) a mesquita Al-Aqsã, . Sultões (mamelucos?) cuidaram das fortificações (não só eles), das portas da cidade, da cidadela (?), das madersas (?), das caravancaras (?) e fontes públicas. O período otomano foi de decadência, Jerusalém continuava interditada aos judeus. Em 1917, Jerusalém, foi tomada por forças franco-inglesas, vindo a ser a capital da Palestina sob mandato britânico em 1922. Em 1947 as Nações Unidas aprovam a partilha da Palestina, que não foi aceita pelos árabes criando um conflito (até hoje). A ONU proclamava a internacionalização de Jerusalém que não foi reconhecida. A cidade acaba dividida pela linha do armistício em 1948 entre o "Estado de Israel" e a Jordânia. Em 1967, foi "reunificada" sob administração israelense após a tomada da velha Jerusalém na guerra dos "Seis Dias", pelo exército israelita.

Aqui introduzir Palestina -Israel (introduzir as Escrituras o Livro dos Livros)

Holocausto e Genealogias.
O holocausto no seu sentido enciclopedico é o sacrificio consumido pelo fogo.Era comum nos povos da Mesopotâmia o sacrificio humano em holocausto. No texto de Gênesis a primeira vez que ouvimos falar em holocausto( não humano) é no contexto de Abel e Caim ,filhos de Adão o proto- homem Abel pastor de ovelhas, portanto nômade, oferecia holocaustos que eram agradáveis a Deus. Caim, agricultor, portanto sedentário, oferecia holocaustos que não eram agradáveis a Deus. Cuja fumaça não subia aos céus, em vista disso enche-se de ciúmes de seu irmão Abel e o mata.
Introduzir o Diluvio Universal:

A despeito de todos os esforços para relativisar a idéia da ocorrência de um Dilúvio Universal, tornando-o fenômeno local ou arquetípico, podemos, licitamente, utilizar desta premissa histórica. Há fontes históricas suficientes, ainda que pareça não existirem provas geológicas. Assim como os radicais linguisticos mostram a origem comum dos povos, ou como querem alguns mais "rigoristas", a origem comum de alguns povos, assim também, as narrações encontradas em inúmeros povos ou apontam para uma origem comum dos homens, ou apontam para o testemunho comum, de um cataclisma mundial. Repare o pesquisador que encontrará desde o diluvio grego, ocorrido anteriormente a Deucalião e Pirra, como os testemunhos caldeicos(? ) de um diluvio testemunhado por Gilgamesche, ou os dilúvios narrados pelos povos pré -colombianos na América.
O importante é que, pela via das Sagradas Escrituras, é fundamental o entendimento da possibilidade de um dilúvio universal, pois não só este explica uma segunda origem comum de todos os homens, como faz frequente referencia à história da restauração moral dos homens. Do diluvio e de Noé, por via genealógica é que se determina a eleição de um dos ramos do povo semita. ( pesquisar mais dados sobre notícias sobre o Diluvio Universal)
SEMITAS
Como vimos até aqui, foi preciso nos referir e entender o conceito de Diluvio Universal para que possamos começar a definição do vocábulo Semita. Depois do diluvio, Noé e seu filhos deixaram a arca. A história sagrada supõe o exterminio de todos os povos pelas águas, e portanto que todos os novos povos pós-diluvianos descendem diretamente dos sobreviventes da Arca, incluindo os animais.( aqui encontra-se uma dificuldade: o texto refere-se aos animais da Arca e os animais da terra, dando a entender, suponho a possibilidade de sobrevivência de outros animais, o que por inferência permite supor( não provar) a sobrevivência de outros homens). O Gênisis nos diz que Noé ainda viveu muito tempo, mas não nos diz se ele próprio teve outros filhos pós -dilúvio.
Assim a posteridade de Nóe se restringe aos seus filhos Sem, Cam o pai de Canaan, e Jafet. Neste preciso sentido bíblico os povos semitas são os descendentes de Sem e dos filhos por linha direta de Sem. Embora todos os outros povos tenham , como consequencia do dilúvio o mesmo pai, isto é Noé, o Gênesis vai diferenciar os camitas ( origem dos cananeus), descendentes de Cam, e os jaftitas, descendentes de Jafet.
Por linha genealógica são precisamente semitas: Sem, o irmão mais velho, pai ( e origem) de todos os filhos de Heber,( que para alguns da origem ao nome hebreu) que teve como filhos: Elam (elamitas), Assur ( assírios), Arfaxad, Lud e Aram (arameus).
Aram, filho de Sem, gerou: Us, Hul, Geter e Mês.
Arfaxad, filho de Sem, gerou: Salé e Salé gerou Heber que teve dois filhos : Faleg ( que quer dizer divisão porque neste tempo o mundo foi dividido) e Jetan.
Jetan por sua vez gerou Elmodad, Salef, Asarmot, Jaré, Aduram, Usal, Decla, Ebal, Abimael,Sabá ,Hefir, Hevila e Jobab. Sendo estes os filhos de Jetan da-se nos entender que estes habitavam desde Mesa, na direção de Sefar ( sefaraditas?) até as montanhas do Oriente.
Estes são os povos originários de sem na mais longínqua antiguidade histórica. Com o tempo se identificam outros povos semitas nos textos da história sagrada dos quais trataremos oportunamente.

[1] Saduceus: Partido religioso e político cujo nome se relaciona com Sadoc, o Sumo Sacerdote colocado por Salomão em lugar de Abiatar ( I Rs 2, 35) Os Saduceus separaram-se dos fariseus quando Jonatas usurpou o sumo sacerdócio (i35 a.C.) Desde Então os saduceus entraram em luta com os fariseus, dos quais se distinguem pelas crenças religiosas (Mt 22,23; Mc 12,18; At 23,8) Na política apoiavam a dominação romana e controlavam a nomeação dos sumos sacerdotes.

[2] Mestre, o mesmo que Rabi.

[3] Próximo: para o israelita era o irmão, o conterrâneo, da mesma tribo e da mesma raça ( Ex 20,17) A estes se devia amar e não a estrangeiros ( Lv 19, 33s) Jesus amplia esta noção de próximo, exigindo amor aos estrangeiros e até aos inimigos (Lc 10,29 e notas).
[4] Salomon: sobrenome judeu encontrado na lista de Schindeler ( Schindeler era um alemão católico que protegia judeus durante a Segunda Guerra Mundial).

[5] Incircuncisado na carne: Operação cirúrgica para remover o prepucio, pele que cobre a glande do membro viril. A pratica conhecida por muitos povos antigos, existe ainda hoje em tribos primitivas da África, América e Austrália e entre israilitas. Tudo indica que os israelitas aprenderam a circuncisão dos egípcios. O uso da circuncisão não é simples pratica higiênica, mas um rito de puberdade que marca o inicio da idade viril( em tribos primitivas). Em Israel a circuncisão se fazia já no oitavo dia do nascimento (lc, 1, 59; 2,21) e é para os judeus considerado um sinal de aliança (Gn 17, 3- 14) um rito de inserção no povo eleito (Ex 4,324-26; 1 Mc 1,15 e notas) Os profetas mostram que é mais importante do que a marca da carne a "circuncisão do coração" (Dt 10,16; 30,6; Jr4,4; Ez 37,26) que consiste na remoção dos obstáculos postos pelo homem em sua relação com Deus( Rm 4,3.9.22; Gl 6,6; Cl 2,11).Todavia para o judeu a incircuncisão no judeu o torna proscrito, fora do povo, traindo a aliança.

[6] Magistério Infalivel:

[7] Deuterocanonicos. Canônico em sentido ativo, diz-se da Sagrada Escritura, enquanto é critério de verdade, norma de fé e de costumes. Em sentido passivo é o livro que esta contido no cânon ou lista oficial dos livros reconhecidos pela Igreja como inspirados. Distinguem-se livros protocanônicos , que houve desde o inicio consenso de toda a Igreja sobre sua origem inspirada e livros deuterocanonicos de cuja inspiração em determinadas igrejas locais duvidou-se por algum tempo.

[8] Apócrifos: São escritos judaicos ou cristãos não usados na liturgia e na teologia. Propugnam muitas vezes doutrinas estranhas e mesmo heréticas. Para recomendá-las aos leitores são apresentados( via de regra) como pretensas revelações de personagens bíblicos do AT e NT. Mas não foram inseridos entre os livros canônicos. Há livros apócrifos tanto no At como no Nt. Os protestantes chama de Apócrifos aqueles livros que os católicos chamam de deuterocanonicos e aos que os católicos chamam apócrifos os protestantes chamam pseudo-epígrafos. Para o NT a terminologia é a mesma.

[9] Tradição oral:
[10] Judeus Cristãos:

[11] Áquila, judeu que se converteu com sua esposa Priscila em Roma, donde foi expulso por um decreto de Cláudio, junto a outros judeus. Nesta ocasião São Paulo o encontrou em corinto, trabalhou e hospedou-se em sua casa (At 18,2s) Áquila e Priscila acompanharam Paulo a Éfeso, onde encontraram Apolo e o instruíram na doutrina do Apóstolo. São Paulo o tinha em grande estima (Rm 16,3-5).

[12] Templo: O primeiro Templo, foi construído por Salomão entre 867 e 964 a.C. ( 1Rs 6-8), foi destruído por Nabucodonosor em 586 a.C. O segundo Templo foi construído por Zorobabel em 515 a.C que foi profanado por Antico Epífanes em 167 a.C. (1Mc 4,59; 2Mc 1,9 e notas) . Herodes o Grande o restaurou a partir do ano 20( o que seria o terceiro Templo) transformando-o numa das construções mais grandiosas do Médio Oriente. Este Templo foi destruído por Tito em 70 d.C.

[13] Adriano, Imperador foi o responsável pela Diáspora, a dispersão dos judeus.

[14] Gentios: Termo judaico e cristão para indicar aqueles que professam religiões não -monoteistas, isto é, pagãos. A qualificação "gentio" os distingue do "Povo Escolhido". São Paulo se gloria de ter sido chamado a pregar o Evangelho, em primeiro lugar aos judeus, e em segundo aos gentios (pagãos) sem que estes tenham a menor necessidade tornarem-se judeus.

[15] Império Romano: Período histórico que inicia-se ( preparado por Otávio, também chamado Augusto) com Júlio César e termina com a Divisão do Império à época de Teodósio em 395 que marca o fim da Antiguidade e o começo da Idade Média. Pode-se considerar desta data em diante o Imperio do Ocidente e o Imperio do Oriente. Os fato mais importantes relacionado com este trabalho foram a Diáspora à época de Adriano, e o nascimento de Jesus Cristo sob o governo de Augusto, a Destruição do Templo de Jerusalém por Tito sob o governo de Vespasiano, e as perseguições aos cristãos, a priemira decretada por Nero, a de Trajano, a de Marco Aurélio, e a mais violenta, conhecida como "'Era dos Mártires" sob Diocleciano. O Império Romano compreendia a Espanha, a Gália, a Dalmácia, a Dácia, a Tracia, a Armenia ( Mesopotâmia e Palestina inclusa) o Egito, a Numídia e a Mauritânia.

[16] Anteriormente a Teodósio, Constantino imperador, filho de Santa Helena, pelo edito de Milão( -313) dava liberdade de culto aos cristãos, foi Constantino que convocou o Concílio de Nicéia (325) . Juliano o sucessor de Constantino tenta restabelecer a antiga religião dos Romanos, mas fracassa. No governo de Teodósio o cristianismo tornou-se religião oficial de Estado.
[17]
[18] Agripa II, filho de Herodes Agripa I e neto de Herodes Magno, que vivia irregularmente com sua irmã Berenice, que mais tarde foi levada por Tito para Roma.
[19] Observar que os seguintes acontecimentos extra-bíblicos são muito importantes para a compreensão e avaliação dos primeiros 100 anos: Em 49 Cláudio expulsa os judeus de Roma; 64 o incêndio de Roma, e perseguição dos cristãos em Roma; 68 Suicídio de Nero e destruição do "mosteiro" essênio de Qumrân ; 70 destruição de Jerusalém e do terceiro Templo pelas tropas do imperador romano Tito.
[20] Setenta( Septuaginta LXX), nome dado à tradução dos livros do AT, escritos em hebraico e aramaico, para o grego. Foi feita no Egito entre 250 e 100 a.C. O nome setenta baseia-se na tradição de que a tradução foi feita por setenta e dois sábios , doutores da lei, enviados por Jerusalém. Os escritores do NT e os cristãos dos primeiros séculos utilizavam esta tradução.

[21] Qumrân, localidade junto à costa noroeste do Mar morto, a 13 km ao sul de Jerico, em cujas proximidades se descobriram em 1947 preciosos manuscritos da Bíblia hebraica. Os manuscritos são datados por inferência à destruição do lugar onde foi achado, presume-se, por isso, entre 150 e 68 a.C., pois neste ano foi destruído pelos romanos-gentios o" mosteiro essênio" que ali existia. Esta descoberta muito bem datada e convenientemente feita por pastores árabes , levanta uma hipótese, ou força a teoria de que Jesus cristo não participava do judaísmo oficial, o que no meu entender não é verdade. Dizem os estudiosos de Qumrân que esta seita, parecida com a dos fariseus ( nunca soube que os fariseus fossem uma seita) a dos essênios mantinham-se separados do judaísmo oficial. Veja-se a conveniência desta teoria para preservar o judaísmo atual de suas relações com o cristianismo.
[22] Resalve-se aqui que a Maçonaria Filosofica, de rigem judaica, é fundamento para muitas das correntes protestantes de cunho judaizante.

[23] Judaísmo: entendido como cristalização do pensamento e aspirações do povo (hebreu) como se concretizou a partir do cativeiro da Babilônia.

[24] Anti-semitismo, neologismo, substituto do conceito anterior anti-judaismo. Até aqui, nesta altura de minha pesquisa, me dá a impressão de que o novo conceito pretende englobar todos os povos semitas numa espécie de resistência a uma perseguição teórica do Ocidente Cristão aos "Povos Semitas". O conceito será tratado no capitulo" A nti-semitismo".

[25] Epistola aos Romanos: O inicio da comunidade cristã de Roma remontam à década de 40. A comunidade cristã de Roma não parece ser fruto de uma atividade missionária de um dos apóstolos. Parece ter resultado da união de judeus cristãos oriundos da Palestina e de cristãos oriundos da Síria. Acredita-se que São Pedro só tenha chegado à Roma após a epistola aos romanos ter sido escrita pois São Paulo não o menciona ( assunto a verificar). Lembramos ainda que um edito do imperador Cláudio em 49/50 expulsa os judeus e judeus cristãos cuja comunidade era bem prospera em Roma ( e com eles os judeus-cristãos como Priscila e Aquila). Paulo parece querer corrigir deturpações teológicas do cristianismo provocadas pelos cristãos judaizantes ( 16,17s)e judeus não convertidos.
[26] Sião: monte situado na velha Jerusalém ou na Jerusalém Oriental onde esta o túmulo de Davi e o cenáculo onde realizou-se a ultima ceia de Jesus Cristo. Deve haver outro significado!
[27] Cicero tem a História na conta de "lux veritatis..., Magistra Vitae- Luz da Verdade...mestra da vida ( De Oratore 2.9)

[28] Idées sur la Philosophie de L' Histoire de L'Humanitá, Paris 1834.

[29] Monteiro Lobato....

[30] Lange e Morais- História Fundamental da Civilização, Editora Fernado Alvares 1974.

[31]Birket-Smith, História da Cultura, Edições Melhoramentos, 19...
[32] Ver as divergências sobre a data do nascimento de Cristo, que ocorreu na plenitude dos tempos, num periodo de solida informação histórica.

[33] Revista Catolicismo pp. 23, mês abril de 1997.

[34] Boletim da Agencia Informativa Argentina, n 2084, de 27 de novembro de 1996, pp. 335-336.
[35] Explicar o Fenicio-Punico.....
[36] Normalmente se faz entender que Jesus falava língua estrangeira, o aramaico, dando a impressão de que vivia fora ou apartado do povo hebraico o que não é verdade.
[37] Ver Bispo Diego de Landa que permitiu a decifração da escrita destes povos.
[38] Porta. As cidades mais importantes eram cercadas por muralhas. A saída e entrada da cidade eram guardadas e controladas por uma ou mais portas. A porta além de significar segurança (Sl 87,2; 26,2), tornou- se
[39] Arianismo, heresia cristã oriunda de Ario de Alexandria( presbitero) condenada num sinodo local por Alexandre de Alexandria em 318, e pelo primeiro concilio ecumenico de Niceia em 325, e recondenado pelo concílio ecumenico de Constantinopla. Tal heresia negava a divindade de Jesus Crisrto.
[40] Para as Sagradas Escrituras por motivo religioso, para alguns historiadores como consequencia da destriução de Ur pelas Hordas Helamitas.
lugar publico onde se faziam negócios e decidiam-se questões judiciais (Rt 4). Merece estudo especial as portas do Templo de Jerusalém. No sentido simbólico Jesus Cristo comparou-se à porta, pois somente por ele temos acesso às realidades celestes e recebemos os dons divinos.

[41] Alguns autores falam em emigração de Abraão que é o deslocar-se dentro das própias terras. Mas como Abrão ( Abrão é o primeiro nome de Abraão com Sara chamava-se Sarai) saia da Caldeia do rei Hamurabi imigrou, isto é deslocou-se para outra terra.

[42] Significado encontrado na 4º edição da Biblia Sagrada do Centro Biblico de São Paulo, 1962.

[43] Monteiro Lobato,
[44] Samaria: Fundada em 880 a.C. por Omri (1Rs 11,24) estava situada 77Km ao norte de Jerusalém, numa colina de 450m de altitude e de fácil fortificação, no entroncamento de estradas importantes e no centro do reino de Israel até a ruína da nação, em 722 a. C. ( 2Rs 18,9-12) e depois tornou-se o centro administrativo da província síria e persa da Samaria. Herodes O Grande a reconstruiu dando-lhe o nome de Sabaste( Augusta) em homenagem ao rei Augusto, nome que subsiste na designação atual Sebastie. (o diácono Filipe pregou ali o Evangelho (At 8,5-9) ).

[45] Macabeus, descendentes de Judas Macabeu .

[46] Tetrarca: Governador da quarta parte de um determinado território. No NT o título indica qualquer governante de um reino dividido, ou um príncipe inferior ao rei, ou mesmo igual ao rei.


Referências
[1] Saduceus: Partido religioso e político cujo nome se relaciona com Sadoc, o Sumo Sacerdote colocado por Salomão em lugar de Abiatar ( I Rs 2, 35) Os Saduceus separaram-se dos fariseus quando Jonatas usurpou o sumo sacerdócio (i35 a.C.) Desde Então os saduceus entraram em luta com os fariseus, dos quais se distinguem pelas crenças religiosas (Mt 22,23; Mc 12,18; At 23,8) Na política apoiavam a dominação romana e controlavam a nomeação dos sumos sacerdotes.

[1] Mestre, o mesmo que Rabi.

[1] Próximo: para o israelita era o irmão, o conterrâneo, da mesma tribo e da mesma raça ( Ex 20,17) A estes se devia amar e não a estrangeiros ( Lv 19, 33s) Jesus amplia esta noção de próximo, exigindo amor aos estrangeiros e até aos inimigos (Lc 10,29 e notas).
[1] Salomon: sobrenome judeu encontrado na lista de Schindeler ( Schindeler era um alemão católico que protegia judeus durante a Segunda Guerra Mundial).

[1] Incircuncisado na carne: Operação cirúrgica para remover o prepucio, pele que cobre a glande do membro viril. A pratica conhecida por muitos povos antigos, existe ainda hoje em tribos primitivas da África, América e Austrália e entre israilitas. Tudo indica que os israelitas aprenderam a circuncisão dos egípcios. O uso da circuncisão não é simples pratica higiênica, mas um rito de puberdade que marca o inicio da idade viril( em tribos primitivas). Em Israel a circuncisão se fazia já no oitavo dia do nascimento (lc, 1, 59; 2,21) e é para os judeus considerado um sinal de aliança (Gn 17, 3- 14) um rito de inserção no povo eleito (Ex 4,324-26; 1 Mc 1,15 e notas) Os profetas mostram que é mais importante do que a marca da carne a "circuncisão do coração" (Dt 10,16; 30,6; Jr4,4; Ez 37,26) que consiste na remoção dos obstáculos postos pelo homem em sua relação com Deus( Rm 4,3.9.22; Gl 6,6; Cl 2,11).Todavia para o judeu a incircuncisão no judeu o torna proscrito, fora do povo, traindo a aliança.

[1] Magistério Infalivel:

[1] Deuterocanonicos. Canônico em sentido ativo, diz-se da Sagrada Escritura, enquanto é critério de verdade, norma de fé e de costumes. Em sentido passivo é o livro que esta contido no cânon ou lista oficial dos livros reconhecidos pela Igreja como inspirados. Distinguem-se livros protocanônicos , que houve desde o inicio consenso de toda a Igreja sobre sua origem inspirada e livros deuterocanonicos de cuja inspiração em determinadas igrejas locais duvidou-se por algum tempo.

[1] Apócrifos: São escritos judaicos ou cristãos não usados na liturgia e na teologia. Propugnam muitas vezes doutrinas estranhas e mesmo heréticas. Para recomendá-las aos leitores são apresentados( via de regra) como pretensas revelações de personagens bíblicos do AT e NT. Mas não foram inseridos entre os livros canônicos. Há livros apócrifos tanto no At como no Nt. Os protestantes chama de Apócrifos aqueles livros que os católicos chamam de deuterocanonicos e aos que os católicos chamam apócrifos os protestantes chamam pseudo-epígrafos. Para o NT a terminologia é a mesma.

[1] Tradição oral:
[1] Judeus Cristãos:

[1] Áquila, judeu que se converteu com sua esposa Priscila em Roma, donde foi expulso por um decreto de Cláudio, junto a outros judeus. Nesta ocasião São Paulo o encontrou em corinto, trabalhou e hospedou-se em sua casa (At 18,2s) Áquila e Priscila acompanharam Paulo a Éfeso, onde encontraram Apolo e o instruíram na doutrina do Apóstolo. São Paulo o tinha em grande estima (Rm 16,3-5).

[1] Templo: O primeiro Templo, foi construído por Salomão entre 867 e 964 a.C. ( 1Rs 6-8), foi destruído por Nabucodonosor em 586 a.C. O segundo Templo foi construído por Zorobabel em 515 a.C que foi profanado por Antico Epífanes em 167 a.C. (1Mc 4,59; 2Mc 1,9 e notas) . Herodes o Grande o restaurou a partir do ano 20( o que seria o terceiro Templo) transformando-o numa das construções mais grandiosas do Médio Oriente. Este Templo foi destruído por Tito em 70 d.C.

[1] Adriano, Imperador foi o responsável pela Diáspora, a dispersão dos judeus.

[1] Gentios: Termo judaico e cristão para indicar aqueles que professam religiões não -monoteistas, isto é, pagãos. A qualificação "gentio" os distingue do "Povo Escolhido". São Paulo se gloria de ter sido chamado a pregar o Evangelho, em primeiro lugar aos judeus, e em segundo aos gentios (pagãos) sem que estes tenham a menor necessidade tornarem-se judeus.

[1] Império Romano: Período histórico que inicia-se ( preparado por Otávio, também chamado Augusto) com Júlio César e termina com a Divisão do Império à época de Teodósio em 395 que marca o fim da Antiguidade e o começo da Idade Média. Pode-se considerar desta data em diante o Imperio do Ocidente e o Imperio do Oriente. Os fato mais importantes relacionado com este trabalho foram a Diáspora à época de Adriano, e o nascimento de Jesus Cristo sob o governo de Augusto, a Destruição do Templo de Jerusalém por Tito sob o governo de Vespasiano, e as perseguições aos cristãos, a priemira decretada por Nero, a de Trajano, a de Marco Aurélio, e a mais violenta, conhecida como "'Era dos Mártires" sob Diocleciano. O Império Romano compreendia a Espanha, a Gália, a Dalmácia, a Dácia, a Tracia, a Armenia ( Mesopotâmia e Palestina inclusa) o Egito, a Numídia e a Mauritânia.

[1] Anteriormente a Teodósio, Constantino imperador, filho de Santa Helena, pelo edito de Milão( -313) dava liberdade de culto aos cristãos, foi Constantino que convocou o Concílio de Nicéia (325) . Juliano o sucessor de Constantino tenta restabelecer a antiga religião dos Romanos, mas fracassa. No governo de Teodósio o cristianismo tornou-se religião oficial de Estado.
[1]
[1] Agripa II, filho de Herodes Agripa I e neto de Herodes Magno, que vivia irregularmente com sua irmã Berenice, que mais tarde foi levada por Tito para Roma.
[1] Observar que os seguintes acontecimentos extra-bíblicos são muito importantes para a compreensão e avaliação dos primeiros 100 anos: Em 49 Cláudio expulsa os judeus de Roma; 64 o incêndio de Roma, e perseguição dos cristãos em Roma; 68 Suicídio de Nero e destruição do "mosteiro" essênio de Qumrân ; 70 destruição de Jerusalém e do terceiro Templo pelas tropas do imperador romano Tito.
[1] Setenta( Septuaginta LXX), nome dado à tradução dos livros do AT, escritos em hebraico e aramaico, para o grego. Foi feita no Egito entre 250 e 100 a.C. O nome setenta baseia-se na tradição de que a tradução foi feita por setenta e dois sábios , doutores da lei, enviados por Jerusalém. Os escritores do NT e os cristãos dos primeiros séculos utilizavam esta tradução.

[1] Qumrân, localidade junto à costa noroeste do Mar morto, a 13 km ao sul de Jerico, em cujas proximidades se descobriram em 1947 preciosos manuscritos da Bíblia hebraica. Os manuscritos são datados por inferência à destruição do lugar onde foi achado, presume-se, por isso, entre 150 e 68 a.C., pois neste ano foi destruído pelos romanos-gentios o" mosteiro essênio" que ali existia. Esta descoberta muito bem datada e convenientemente feita por pastores árabes , levanta uma hipótese, ou força a teoria de que Jesus cristo não participava do judaísmo oficial, o que no meu entender não é verdade. Dizem os estudiosos de Qumrân que esta seita, parecida com a dos fariseus ( nunca soube que os fariseus fossem uma seita) a dos essênios mantinham-se separados do judaísmo oficial. Veja-se a conveniência desta teoria para preservar o judaísmo atual de suas relações com o cristianismo.
[1] Resalve-se aqui que a Maçonaria Filosofica, de rigem judaica, é fundamento para muitas das correntes protestantes de cunho judaizante.

[1] Judaísmo: entendido como cristalização do pensamento e aspirações do povo (hebreu) como se concretizou a partir do cativeiro da Babilônia.

[1] Anti-semitismo, neologismo, substituto do conceito anterior anti-judaismo. Até aqui, nesta altura de minha pesquisa, me dá a impressão de que o novo conceito pretende englobar todos os povos semitas numa espécie de resistência a uma perseguição teórica do Ocidente Cristão aos "Povos Semitas". O conceito será tratado no capitulo" A nti-semitismo".

[1] Epistola aos Romanos: O inicio da comunidade cristã de Roma remontam à década de 40. A comunidade cristã de Roma não parece ser fruto de uma atividade missionária de um dos apóstolos. Parece ter resultado da união de judeus cristãos oriundos da Palestina e de cristãos oriundos da Síria. Acredita-se que São Pedro só tenha chegado à Roma após a epistola aos romanos ter sido escrita pois São Paulo não o menciona ( assunto a verificar). Lembramos ainda que um edito do imperador Cláudio em 49/50 expulsa os judeus e judeus cristãos cuja comunidade era bem prospera em Roma ( e com eles os judeus-cristãos como Priscila e Aquila). Paulo parece querer corrigir deturpações teológicas do cristianismo provocadas pelos cristãos judaizantes ( 16,17s)e judeus não convertidos.
[1] Sião: monte situado na velha Jerusalém ou na Jerusalém Oriental onde esta o túmulo de Davi e o cenáculo onde realizou-se a ultima ceia de Jesus Cristo. Deve haver outro significado!
[1] Cicero tem a História na conta de "lux veritatis..., Magistra Vitae- Luz da Verdade...mestra da vida ( De Oratore 2.9)

[1] Idées sur la Philosophie de L' Histoire de L'Humanitá, Paris 1834.

[1] Monteiro Lobato....

[1] Lange e Morais- História Fundamental da Civilização, Editora Fernado Alvares 1974.

[1]Birket-Smith, História da Cultura, Edições Melhoramentos, 19...
[1] Ver as divergências sobre a data do nascimento de Cristo, que ocorreu na plenitude dos tempos, num periodo de solida informação histórica.

[1] Revista Catolicismo pp. 23, mês abril de 1997.

[1] Boletim da Agencia Informativa Argentina, n 2084, de 27 de novembro de 1996, pp. 335-336.
[1] Explicar o Fenicio-Punico.....
[1] Normalmente se faz entender que Jesus falava língua estrangeira, o aramaico, dando a impressão de que vivia fora ou apartado do povo hebraico o que não é verdade.
[1] Ver Bispo Diego de Landa que permitiu a decifração da escrita destes povos.
[1] Porta. As cidades mais importantes eram cercadas por muralhas. A saída e entrada da cidade eram guardadas e controladas por uma ou mais portas. A porta além de significar segurança (Sl 87,2; 26,2), tornou- se
[1] Arianismo, heresia cristã oriunda de Ario de Alexandria( presbitero) condenada num sinodo local por Alexandre de Alexandria em 318, e pelo primeiro concilio ecumenico de Niceia em 325, e recondenado pelo concílio ecumenico de Constantinopla. Tal heresia negava a divindade de Jesus Crisrto.
[1] Para as Sagradas Escrituras por motivo religioso, para alguns historiadores como consequencia da destriução de Ur pelas Hordas Helamitas.
lugar publico onde se faziam negócios e decidiam-se questões judiciais (Rt 4). Merece estudo especial as portas do Templo de Jerusalém. No sentido simbólico Jesus Cristo comparou-se à porta, pois somente por ele temos acesso às realidades celestes e recebemos os dons divinos.

[1] Alguns autores falam em emigração de Abraão que é o deslocar-se dentro das própias terras. Mas como Abrão ( Abrão é o primeiro nome de Abraão com Sara chamava-se Sarai) saia da Caldeia do rei Hamurabi imigrou, isto é deslocou-se para outra terra.

[1] Significado encontrado na 4º edição da Biblia Sagrada do Centro Biblico de São Paulo, 1962.

[1] Monteiro Lobato,
[1] Samaria: Fundada em 880 a.C. por Omri (1Rs 11,24) estava situada 77Km ao norte de Jerusalém, numa colina de 450m de altitude e de fácil fortificação, no entroncamento de estradas importantes e no centro do reino de Israel até a ruína da nação, em 722 a. C. ( 2Rs 18,9-12) e depois tornou-se o centro administrativo da província síria e persa da Samaria. Herodes O Grande a reconstruiu dando-lhe o nome de Sabaste( Augusta) em homenagem ao rei Augusto, nome que subsiste na designação atual Sebastie. (o diácono Filipe pregou ali o Evangelho (At 8,5-9) ).

[1] Macabeus, descendentes de Judas Macabeu .

[1] Tetrarca: Governador da quarta parte de um determinado território. No NT o título indica qualquer governante de um reino dividido, ou um príncipe inferior ao rei, ou mesmo igual ao rei.
[1] Motivo, Noé diz em Genesis, que os filhos de Jafete serviriam os semitas nas tendas, e os filhos de Cam seriam escravos dos escravos de Sem.

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