Foi surpreendente o encerramento do Seminário, a presença de José Serra, que percebeu, que ele não pegaria essa carona, e pressentiu que a intelectualidade do Brasil já comentava o evento, em todo o Brasil, que o tema já corria os corredores de Brasília, não poderia deixar de comparecer. Requião fez um interessante discurso, embora deixem para outro texto as suas conclusões. Surpreendente mesmo foi o discurso do Governador de Santa Catarina, que no nosso entender (entender do G 23) é motivo de orgulho para todos os catarinenses. Luis Henrique da Silveira trouxe emoção, fez um discurso emocional, sincero, denso. Deixou de falar em hipóteses e futuros, e falou da crise verdadeira que abalou o seu estado. Um homem que sobrevive a um acidente, um acidente de automóvel, por exemplo, ao perceber o perigo real e os riscos reais pelos quais passou, e cujas conseqüências terá que enfrentar, reordena sua hierarquia de valores a partir do essencial, no caso a própria vida. Mais ou menos é o que aconteceu com o discurso do Governador de Santa Catarina, ele reduziu tudo ao essencial, ao fato irremediável, e mostrou que somente a solidariedade verdadeira, pode salvar o saudável, enterrar os mortos e esquecer o perdido, trabalhar e partilhar em busca de recuperar a dignidade do presente, e construir o futuro. Assim são as guerras, assim as catástrofes, assim as crises, sejam provocadas, sejam acidentais, todavia não podemos admitir que banqueiros experientes e financistas experimentados tenham provocado a crise por negligencia, não, houve planejamento e instrumentalização das nuvens negras que se aproximam, para forçar a submissão. Todavia, as chuvas de Santa Catarina nos ensinam que só há uma submissão possível, a submissão a Deus, fora disso, é trabalhar solidariamente para consolar os inconsoláveis, salvar o possível, construir o impensável. Sob esta nota, percebi os diversos deslocamentos nos discursos. O discurso de Serra no meu entender foi vazio, sem tom, sem emoção, apenas para aparecer, se dizer preocupado com a crise, e arregimentar o PSDB do Paraná para seus interesses, nada de mais e o esperado para um político de carreira, no meu entender sem grandes notas, sem grandes lutas. Seu discurso inteiramente gravado esvazia pela ótica transversa a iniciativa de Requião, com os elogios ao Lessa, um elogio de cooptação. O mesmo se diga do Governador de Santa Catarina que vem sendo seduzido, recebendo em mesa algumas notinhas de pontos a destacar. Saiba o Governador de Santa Catarina, que o povo do Paraná e o Governo do Paraná não ofereceram socorro e solidariedade por interesses eleitoreiros, outros, no entanto o fizeram de medo de não “participar” dos méritos de Requião, que sozinho ficaria, juntamente com o presidente Lula, nessa ação solidaria. Lula no entanto como presidente tem essa responsabilidade, e Requião diferentemente, em três ou quatro eventos, fez história e tradição de solidariedade. Não há duvida que o estado mais rico do Brasil, tenha como rico a tendência a tentar dar o tom dos acontecimentos, pois são os ricos os que mais têm a perder, mas são os pobres que convivem com a crise histórica do drama de serem pobres, iletrados, excluídos da capitalização, marginal a uma linguagem de ricos para ricos que não lhes dão oportunidade nem esperança. Esses, os pobres, são os que entendem de crise, eles é que entendem de solidariedade, partilha dor e alegria. O que o Governo de Santa Catarina sentiu foi a impotência, a mesma impotência que sentem os pobres todos os dias de sua vida, contornando todos os tipos de crises e ausência do Estado, nas suas lutas cotidianas. Foi isso que deu colorido ao discurso de Luis Henrique da Silveira.
Certamente, virá o retalhamento, a resistência ao Requião. Todavia o fato esta criado, a evidência esta posta, os acontecimentos anunciados através dos anos acabaram se revelando, isto é a bolha tem dolo, sim foi criminosa, e pretende elevar à altura, um seleto grupo de políticos e economistas que farão o núcleo de um governo Mundial. Quantos anos eu escuto e leio sobre isso? Quem não sabe qual era a ideologia dos Estados Unidos da America, que não queria, nem pretendia ser restrita a parte dos territórios da America do Norte, mas sim de toda a America. Quem não sabe ao que se propôs e se propõem a União Européia? Quem não sabe quem domina e orquestra todo o fluxo de capitais do Planeta?
A bola rolou, a seta foi lançada, a luz se espalhou, a chama se acendeu, cabe a Deus, levar os fatos históricos para o seu desfecho. Temos fé. Você já imaginou uma massa de pessoas habituadas ao conforto, ao alto nível de consumo, e a inverno rigoroso, num repente verem-se limitados, afastados desses níveis e serem arrastado para níveis inferiores? O Brasil é diferente, o pobre, a maioria do povo, em todo o território nacional, ainda não tem esgoto, toma banho frio, come o absolutamente necessário, vive uma vida muito próxima da miséria, a crise não os assusta, o desemprego não os assunta, a falta de conforto não os assusta, o fim dos combustíveis não os assusta, nem carro eles têm, às vezes nem uma lamparina de querosene. Essa gente ri, dança, chora e faz amor, não tem dentes, mas tem filhos e acreditam na vida. Por quê? Por que acreditam em Deus. Não há crise pra quem acredita em Deus, pois a morte, a máxima crise de quem perde a vida, não traz desespero para quem tem fé. A fé nos livra da escravidão e da opressão. O mote da Crise se sintetiza na frase: Dependência ou Morte, sim você ouviu bem DEPENDENCIA. Todos devem se unir solidariamente ao problema dos ricos. Não, os ricos haverão de descer de seus pedestais, para virem na miséria aprender a viver com os pobres. Passaremos fome, e daí? Esse é nosso dia a dia? Não teremos emprego, e daí, esse é o nosso dia a dia, sairemos aos milhares para os campos..., sairemos para os campos ouviram! Mas vocês perderão o bonde da história... Não.
A bola rolou, a seta foi lançada, a luz se espalhou, a chama se acendeu, cabe a Deus, levar os fatos históricos para o seu desfecho. Temos fé. Você já imaginou uma massa de pessoas habituadas ao conforto, ao alto nível de consumo, e a inverno rigoroso, num repente verem-se limitados, afastados desses níveis e serem arrastado para níveis inferiores? O Brasil é diferente, o pobre, a maioria do povo, em todo o território nacional, ainda não tem esgoto, toma banho frio, come o absolutamente necessário, vive uma vida muito próxima da miséria, a crise não os assusta, o desemprego não os assunta, a falta de conforto não os assusta, o fim dos combustíveis não os assusta, nem carro eles têm, às vezes nem uma lamparina de querosene. Essa gente ri, dança, chora e faz amor, não tem dentes, mas tem filhos e acreditam na vida. Por quê? Por que acreditam em Deus. Não há crise pra quem acredita em Deus, pois a morte, a máxima crise de quem perde a vida, não traz desespero para quem tem fé. A fé nos livra da escravidão e da opressão. O mote da Crise se sintetiza na frase: Dependência ou Morte, sim você ouviu bem DEPENDENCIA. Todos devem se unir solidariamente ao problema dos ricos. Não, os ricos haverão de descer de seus pedestais, para virem na miséria aprender a viver com os pobres. Passaremos fome, e daí? Esse é nosso dia a dia? Não teremos emprego, e daí, esse é o nosso dia a dia, sairemos aos milhares para os campos..., sairemos para os campos ouviram! Mas vocês perderão o bonde da história... Não.
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