sábado, 24 de janeiro de 2009

Cooperativas Industriais de Recuperação de Veículos

As grandes “Cooperativas Industriais de Recuperação de Veículos”.

Diante de uma crise de alcance universal, pode-se supor que ela atinja frontalmente a indústria de veículos, justamente por serem grandes grupos transnacionais, com imensos fluxos de capitais, para além das fronteiras nacionais. Qualquer sensível mudança no padrão produtivo dessas empresas, hoje montadoras, haverá o desemprego no setor, e em casos graves, ate mesmo a migração ou paralisação dessas plantas industriais. E consequente crise no setor de peças, componentes, e pneus. Se isso acontecer, a solução imediata, razoável e prudente, será a formação de cooperativas industriais de recuperação de veículos, formadas com esse contingente de desempregados do setor.
Vejam vocês que a recuperação de veículos é um trabalho quase artesanal, e por isso caro e moroso. Agora se montamos Plantas Industriais de Recuperação de Automóveis Utilitários e Caminhões, incluindo o parque de maquinas agrícolas (com a possibilidade de alteração do uso para bio-combustíveis), nós manteríamos, a indústria de peças, estofos, pneus e componentes, ativa. Tornaríamos o preço das restaurações viável, a qualidade das restaurações próxima de um Ótimo automotivo, e reciclaríamos o parque nacional de veículos, comprando, ou resgatando no mercado interno esses milhões de veículos em circulação e restaurando, e novamente colocando-os no mercado. Ate que, a nossa criatividade de brasileiros, adéqüem a realidade de nossas necessidades, a veículos, desenhados segundo as nossas novas necessidades, veículos brasileiros, nascidos do parque existente e da tecnologia já conhecida, em indústrias, já não de restauração, mas de desenvolvimento de projetos automotores.
Nós escrevemos essas poucas linhas, para alertar ao setor, que há sim alternativas, de manutenção de um número suficiente de veículos, em condições de trafegabilidade e segurança, sem que as chantagens que sofreremos dos grandes grupos empresariais do setor, a pressão que tentarão nos impor.
Nós habituamos aos padrões da indústria automotiva, engolindo, uma seqüência de novos modelos, não pela nossa necessidade imediata, mas pelas necessidades daqueles parques industriais. Um altomével familiar deveria durar vinte anos. Se tivermos, além dessas alternativas, outras, teremos nesse momento de crise, formas de garantirmos o emprego, e a circulação interna de produtos do setor.
Os sindicatos vinculados ao setor, já podem estudar formas de estabelecer acordos com os governos, para a viabilização dessas Cooperativas Industriais de Restauração de Veículos Automotores.
A idéia é assim mesmo simples, cabe a cada um, em seu nível de conhecimento, introduzir e incrementar esses projetos, que poderão ser solução para a manutenção dos transportes dentro das fronteiras do nosso país e manutenção dos niveis de emprego.
A simples mudança desses veículos, para o uso potencial de bio-combustíveis, viabiliza por si só um novo parque industrial, uma nova e dinâmica frente de trabalho. É melhor comprar veiculos restaurados do que réplicas.

Wallace Requião de Mello e Silva.

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