segunda-feira, 1 de março de 2010

E agora José?

Santo de Casa não faz milagre. (será?)

Diz a Bíblia que o profeta só não é recebido em sua própria casa. A frase é verdadeira e se repetiu em toda a história. No Paraná enquanto jornalistas mercenários tentam demolir ao Governador Requião, o PMDB do Brasil se agita, em vias de fortalecer a massa peemedebista para tomar posição diante de uma elite que tomou o PMDB de assalto.
Lula não é bobo. Não é mal informado. E sabe que o PMDB só lhe será útil se tiver o apoio das bases populares, e da militância.
Haverá então de estar observando o fenômeno PMDB com atenção. Ora se o PMDB reage em oposição a sua Presidência (sempre votada sem o uso da democracia interna), Lula deve pensar: O apoio do comando do Nacional do PMDB não redundará em voto das bases, pois eles não têm voto nas bases do partido.
Ora, Dilma cresce junto à opinião publica e isso reafirma a liderança do PT. Então ele conclui, para que dividir, com meia dúzia de pessoas do PMDB o governo, se já não precisamos deles eleitoralmente, ( ou seja, eles não acrescem voto, mas, o PMDB das bases pode se tornar perigoso na oposição) e caso fizéssemos essa aliança, ela não significa voto, pois o PMDB em suas bases não apóia a convenção mercenária que reconduziu a presidência. Isso tira o PMDB do foco presidencial.
Então a cúpula partidária perde sua força de barganha. E as bases do partido podem sim, como única alternativa democrática, escolher pela candidatura própria, onde, entre os poucos nomes possíveis, estará o de Roberto Requião governador do Paraná.
Com ou sem chances, o PMDB, prudentemente rejeitado por Lula, pode apresentar chapa para concorrer à presidência da Republica com mínimas chances, é verdade, mas por outro lado, liberto dos Meireles da Vida e seu Programa de governo em favor das Instituições Financeiras.
Então Lula pensa duas vias: vou manter o Michel Temer, para anular por completo o PMDB. Ai o PMDB, debanda das expectativas de qualquer apoio ao LULA, e tende para propostas mais inovadoras como a de Marina Silva, ou outra, que difira do retorno das lideranças derrotadas pelo PT e Lula, e que hoje formam as fileiras do PSDB, e da Cúpula do PMDB. E isso é um risco para a eleição de Dilma, principalmente se o PMDB se tornar oposição à Dilma. A segunda via, no entanto, pode libertar o PMDB para que se organize democraticamente.
Melhor será estadista Lula, fechar a porta para esse PMDB de elite, sem voto popular, e deixar que o PMDB se organize (não propriamente contra o PT lhe fazendo oposição, mas concorrendo com lealdade e disputando a presidência da Republica) numa quarta via democrática, para o bem do Brasil.
A segunda opção é democrática. A primeira, aquela da manutenção do poder pelo poder com a anulação das oposições, macula para sempre sua imagem de “metalúrgico lutador” pela liberdade democrática brasileira.
Bem presidente é o que eu tinha a lhe dizer. Não sou ingênuo. É melhor o PT numa aliança com a militância do PMDB, do que perder a eleição vítima da guerrilha e do rancor do nosso PMDB das bases. O senhor sabe que mais importante que uma aliança vazia, é evitar a organização de inimigos: rancorosos, competentes e numerosos. Ou sua confiança esta na urna eletrônica?
Wallacereq@gmail.com, futuro senador da Republica Brasileira.
Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)
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