quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A Invenção da Imprensa no Paraná.

A Invenção da Imprensa no Paraná.
Não sou tão ingênuo, pelo menos tão ingênuo, que possa esperar uma radical mudança na opinião de nossos inimigos políticos, principalmente aqueles que militam na imprensa. Todavia vou contando as minhas histórias para esclarecer, e iluminar, porque, por vezes, tenho pena da desinformação de nossos preconceituosos contendores.
Quando Wilson Martins em seu livro “A Invenção do Paraná” ao assinalar a chegada de Candido Martins Lopes ao Paraná, descrevendo a fundação do 1o Jornal do Paraná em Abril de 1854, (152 anos atrás, pagina 59) , Wilson não sabia que elogiava também a invenção (o início) da família Requião. Wilson Martins, como todo intelectual curitibano, (embora possivelmente também parente de Candido Martins Lopes) é cheio de preconceitos típicos da nossa elite, e um deles, diretamente, diz respeito a uma aversão mal resolvida ao governador Requião, embora sejam amigos, ambos, de Cláudio Veiga, presidente da Academia de Letras da Bahia, estado onde desponta luminar outro Requião, um arauto da imprensa brasileira, Altamirando Requião dono do famoso “Diário de Noticias” de Salvador, já falecido.. Pura antipatia do Wilson, sem motivos reais. No mito da Curitiba semita, tendem a defender a estrela de David, e recusar a estrela de Belém... que tem ouvidos ouça.
No entanto, por ironia do destino, sua pena, sem saber , ou ate sabendo, faz o elogio de minha família, a família tão combatida, e tão caluniada pelas “elites” e “jornalistas” paranaenses e que, a despeito disso, tanto tem feito pelo Paraná nesses cento e cinqüenta e tantos anos.
Candido Lopes, impressor, delegado de policia, juiz de paz e vereador; patrono da cadeira número dois da Academia Paranaense de Letras, e fundador do primeiro jornal do Paraná foi casado com Gertrudes da Silva Lopes (em 1836), e é parente direto do Governador Requião, como nos conta Francisco Negrão em “Genealogia Paranaense”; volume seis, (pagina 110) para quem queira conferir. Sua filha, quarta filha, Gertrudes Lopes, casou-se com Luiz Antonio Requião, natural da Bahia, dando inicio a família Lopes Requião, portanto pais de Euclides Lopes Requião. Euclides o avô do governador. Vejam senhores que Candido Lopes é tri-avô de Requião e Luis Antonio é bisavô de Requião, finalmente Euclides Lopes Requião, seu avô (pagina 122 GP.). Euclides é pai da mãe do Governador. Um dos filhos, entre os 10 filhos de Candido Lopes, Jesuíno Lopes, foi herdeiro do jornal “Dezenove de Dezembro”, jornal que daria origem ao jornal Gazeta do Povo, hoje o principal jornal caluniador de Requião e que passou as mãos da Família Cunha Pereira numa história que precisa ser pesquisada pelos “difamadores de plantão”. A imprensa portanto, começa no Paraná, como vemos, no seio da família do “desafeto” número um dos “jornalistas”, a Imprensa começa na família do Governador Requião, que por sinal além de advogado é jornalista. Curioso, o combate é gratuito, mesmo sendo os Requião, para honra dos jornalistas do Paraná, (o governador e sua esposa), ambos jornalistas, ela também estudou arquitetura. Porém um dia, ambos, desistiram de escrever sobre a vida dos outros, e resolveram escrever a própria história, que como vemos foi cheia de sucessos. Tem sido tão grande a influencia desse casal, que posso até mesmo supor, que um jornalista paranaense haverá, é possível, de presidir o Brasil num futuro próximo , mesmo com o combate cerrado da imprensa local. O futuro dirá.. Queira Deus, que eu esteja certo! Eu, pelo menos, terei muito orgulho, e serei eleitor de Requião, como alias muitos eleitores do Brasil.
O corporativismo é o movimento coorporativo profissional, que incita à reação de classe, independente das razões ou da verdade. Ele pode ser positivo e negativo. Vejam vocês ate sobre o casamento do filho de Requião, se tentou criar, um “quadro”, porém os jornalistas que testemunharam, viram uma festa decente, simples e de bom gosto. Aqueles que lá estiveram, no fundo de seus corações começaram a Respeitar o que atacavam por desconhecer. Ninguém ama o que não conhece.
O que é o corporativismo ao inverso? Veja como é:
Talvez eles, os jornalistas preferissem ver o governador e sua mulher (que como já disse são também jornalistas) disputando com eles, um espaço, ou uma coluna, na Gazeta do Povo, num blog, atacando algum outro político “gratuitamente”, ao invés de governar o Paraná, e pela terceira vez. E pela Terceira vez eleitos democraticamente pelo povo do Paraná Mas a vida, senhores, quis mais do casal Requião e Maristela. Muito mais, como vemos, nós e testemunhamos, aqui.
Mas não fica aí, não está apenas aí, na origem da imprensa no Paraná o comprometimento da família do governador com a Imprensa do nosso estado, pois pelo lado paterno, o pai de Requião, foi também jornalista redator; medico, político, tendo sido vereador (1946) e prefeito em Curitiba (1951), e de quebra, foi fundador e diretor da Tribuna de Vitória no estado do Espírito Santo em 1938. E seu bisavô paterno, Justiniano de Mello e Silva, deputado abolicionista, fundou alguns jornais neste estado, assim como militou na imprensa do Rio, em Pernambuco, no Sergipe, no Rio Grande do Sul, na Argentina (Córdoba) e naturalmente em Curitiba onde viveu parte de sua vida. Na pena de Pilotto em “Cem Anos de Imprensa no Paraná” ficamos sabendo que Justiniano fundou e redatoriou os seguintes jornais no Paraná: em 1877 “O Paranaense”; em 1888 “O Sete de Março”; em 1890 lança no “Sete de Março” o Manifesto do Partido Operário Nacional; em 1891 funda “O Diário do Comercio”; em 1993 colabora com a Revista Azul de Emiliano Perneta; em 1994 publica “A História da Revolução no Paraná”; em 1905 publica pela Imprensa Nacional no Rio de Janeiro sua maior obra histórica literária (dois volumes; 1400 páginas); em 1940, depois de ter praticado um Jornalismo com letra maiúscula, faleceu em Colatina no ES, morria na casa de seu neto e homônimo, (que, curiosamente, foi prefeito de Colatina duas vezes). Justiniano tendo iniciado sua atividade literária com Sylvio Romero em Recife no Jornal “A Crença” em 1870. (136 anos atrás) quando os críticos da família, ainda não tinham escolhido a profissão de escribas, porque o vestibular era mais fácil, e o numero de candidatos menor.
Não me parece pouco. Ë claro que eu sei que os meninos, jornalistas iniciantes, ávidos de espaço e existência, não haverão de considerar importante o que digo aqui, (águas passadas não movem moinhos, dirão) mas o leitor prudente pode comparar e testemunhar a desproporção dos contendores e a altivez das vitimas. (jornalistas liliputianos, e vitimas Guliverianas, sentindo as alfinetadas como picadas de pulgas). Para terminar, apenas como registro histórico, lembro: Mauricio Requião, ex. deputado federal, e atual Secretario de Educação do Paraná, professor universitário, também rodou, com a Guy Martins, o jornal “O Expresso Metropolitano”, de expressiva tiragem, e que era distribuído nos ônibus da capital, mas foi proibido pelo prefeito de Oposição (o “Democrático” Sectário). Assim como, em igual iniciativa, e de distribuição gratuita, o próprio governador Requião rodou em Curitiba o jornal “Relatório Urgente” no ano de 1982 igualmente distribuído nos ônibus, do qual, honrosamente, fui colaborador, naqueles longínquos anos em que Tereza Urban era a redatora e jornalista responsável.

Wallace Requião de Mello e Silva.

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