sábado, 26 de março de 2011

Nova guerra por petróleo.

A NOVA GUERRA COLONIAL
O imperialismo acaba de lançar uma nova guerra colonial.
Um impressionante conjunto de forças militares iniciou a agressão contra a Líbia.
A aprovação da Resolução 1973 pelo Conselho de Segurança da ONU foi uma ruptura com o direito internacional.
Ela foi possível graças à capitulação da Rússia, da China, do Brasil e dos demais países que ali se abstiveram .
A ONU nunca se preocupou com os palestinos massacrados em Gaza pela entidade nazi-sionista, nunca se incomodou com as ditaturas terroristas que mataram milhares de cidadãos na América Latina, nunca fez o mínimo gesto contra as ditaduras que escravizam emirados árabes, nada fez nem faz pelas mulheres oprimidas da Arábia Saudita, nunca disse uma palavra contra a selvageria da tropa da NATO que massacra indefesos camponeses afegãos, nunca se manifestou contra os drones que assassinam velhos, mulheres e crianças no Paquistão.
Não foi preciso a ONU para que os povos tunisinos e egípcios se desembaraçassem de ditadores que haviam sido financiados e armados pelo ocidente.
Uma vez vencido Moammar Kadafi, tal como Saddam Hussein, a Líbia irá descobrir os encantos da democracia ocidental à moda do Iraque – ao custo de mais de um milhão de mortos e milhões de deslocados.
A Líbia ficará totalmente livre para a pilhagem das suas riquezas naturais.
No mundo pós Pico Petrolífero, o petróleo será libertado para as corporações ocidentais – ao custo de um novo massacre.

Colaboração Zeno Crocetti



Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)Conheça o G23 Presidente
2011/3/24 André Vieira

Leio notícia de que os bombardeios aliados atingem bairros residenciais e também equipes médicas de resgate na Líbia.

Assim, o objetivo é castigar, ferir e matar pessoas. Quando o propósito alegado é proteger civis.

Estão a castigar a Líbia, a destruir o país, a arrancar-lhe a própria pele. É o que se percebe.

Fazem como Israel faz com os palestinos.

Fazem mais do que atingir militarmente o país. Querem castigá-lo, fazê-lo doer na pele.

Só a anestesia social permite isso. A mídia é o anestésico.

O controle quase total sobre os meios, salvas raras e boas exceções, é a grande expressão do imperialismo capitalista. Graças a isso, tudo é possível.

A mídia soa a trombeta da guerra.

O povo segue hipnotizado.

A mídia frauda a realidade.

O carrasco parece mocinho que luta contra o ditador...



Alguém no mundo ainda acredita nisso?

Quantos podem entender?



Devem saber que é tudo mentira.

Que não há um ditador massacrando o povo na Líbia.

Que há uma roda de fortes bem armados a encurralar um sozinho, altivo, que ousava querer ser diferente e contrariar os ditames do grupo. Ainda mais praticando um tipo de justiça social intolerável para os que querem reduzir a vida humana à escravidão...

A Líbia está sofrendo uma espécie de "bullying". Uma sessão de tortura. Um calvário. Enquanto uma certa turba agita: "crucifica-o" "crucifica-o".



Essa turba é a imprensa.



Pois não há uma turba de verdade.


Então a imprensa cumpre a tarefa de protestar contra o 'ditador'.

E faz-se a confusão.

Alguns cabeças do ocidente pensam que estão lutando contra uma ditadura...



Estão trucidando o país para depois tomar posse...

Deixam até escapar risadas pelos cantos da boca...

Já nem fingem direito...

Já gargalham descaradamente.

'Estamos protegendo civis'. E gargalham sem conseguir se conter...



Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)Conheça o G23 Presidente

Podemos nos omitir?

Kadafi convoca população a derrotar agressores da Líbia

Kadafi distribui 1 milhão de fuzis ao povo para que “defenda a honra e o petróleo” do país. Em novo discurso em Trípoli, afirmou: “Estamos prontos para a batalha, seja longa ou curta. Vamos vencer”
Já está em avançado estágio de execução a ordem, dada pelo líder Muamar Kadafi no dia seguinte ao início dos bombardeios contra a Líbia, de abrir os arsenais e distribuir 1 milhão de fuzis Kalachnikovs à população, para que “defenda a honra e o petróleo” do país. Em novo discurso ao povo, desta vez desde sua residência em Bab Al Azizia – que Reagan e Obama já bombardearam -, Kadafi afirmou que os agressores são “um bando de fascistas que acabarão na lata de lixo da história”. “Estamos prontos para a batalha, seja longa ou curta. Vamos vencer”, anunciou o chefe da revolução líbia. “Não vamos nos render”.
Ele fez o discurso – o terceiro em uma semana - da sacada de sua residência, perto das ruínas da casa destruída no ataque aéreo contra Trípoli cometido por Reagan em 1986, mantidas tais como ficaram, e do célebre monumento da mão que esmaga um bombardeiro norte-americano. Obama, o Prêmio Nobel da Paz, já bombardeou duas vezes o local em uma semana, e deve vir mais, mesmo caso o comando da intervenção seja passado adiante. “Aqui estou, na minha modesta tenda”, assinalou Kadafi, ironizando a onda de boatos, desencadeada pelo inimigo, sobre seu paradeiro. “Não vou deixar a Líbia. Vou ficar aqui; é a minha pátria, o meu lar”.
MÍSSEIS GRAD
Dirigindo-se à multidão que o acompanhou à Praça Verde, o líder líbio assinalou: “aqui está o povo. Kadafi está no meio do povo. Eis a mais poderosa defesa antiaérea, o povo”. Nos arsenais líbios, há 2.000 mísseis antiaéreos de ombro de fabricação soviética, os Grad. Ele saudou, ainda, as manifestações em todos os lugares do mundo – que já estão sendo feitas ou sendo marcadas – “contra esse ataque injusto que viola os princípios das Nações Unidas”.
A orientação de Kadafi – armar a população contra o agressor externo -, vem sendo seguida à risca. Já empunhando o trabuco no serviço, o âncora do jornal da televisão líbia disse no ar: “Que outro líder no mundo teria a coragem de armar a população, caso não confiasse no seu próprio povo?” Outra medida anunciada pela Líbia, uma marcha “com ramos de oliveira”, de todas as tribos líbias, até Benghazi, também está em preparação; a tribo Warfalla, com mais de um milhão de membros, a ainda maior Meegarha, a Tarhuna e a Kadadfa já anunciaram participação. Kadafi, que tanto fez para a superação da divisão entre tribos, trata de combater fogo com fogo: contra a manipulação de tribos contra a unidade nacional líbia, o avanço da consciência dessas tribos para defender o país.
Em cinco dias de bombardeio feroz, a coalizão de bucaneiros despejou sobre as principais cidades líbias quase 200 mísseis Tomahawk e centenas de bombas, assassinou mais de uma centena de civis e feriu um número ainda maior, socorreu as gangs, mas não conseguiu deter a resistência da Líbia à pilhagem e à partição do país. O que foi reconhecido pelo comando invasor.
Contra a terceira maior cidade líbia, Misrata, foram 12 horas seguidas de bombardeios com avião e mísseis Tomahawk na quarta-feira dia 23, na tentativa de abrir caminho ao retorno dos mercenários. Bombardeio também de Ajdabia, estratégico entroncamento no rumo de Benghazi, o reduto das gangs patrocinadas pelos países ocidentais. 12 horas de mísseis e bombas norte-americanos, ingleses e franceses, mas, na contrapropaganda da mídia, foram os tiros do pessoal do Kadafi que “mataram civis” ali. Para salvar as cidades líbias de bombardeios aéreos que não existiam - como o Estado Maior russo revelou, e até o “Guardian” inglês admitiu -, a aviação estrangeira está realizando um banho de sangue nessas mesmas cidades. Contra Trípoli, é bombardeio toda a noite, e também de dia. Boa parte dos Tomahawks teve a capital de alvo.
Só nos três primeiros dias de bombardeio, o total de civis mortos ultrapassou a casa dos cem, com um número de civis feridos três vezes maior. Foram atingidos três hospitais, estradas, pontes, casas, ônibus e carros. O quadro se repetiu na quarta-feira 23, como descrito pela agência de notícias líbia “Jana”. “Os bombardeios do agressor colonialista cruzado contra a área de Tajura, em Trípoli, atingiram um bairro residencial deixando um grande número de mortos entre os civis”, revelou a agência. Quando chegaram as equipes de socorro, o terceiro raid, que “atingiu os que retiravam mortos e feridos dos dois primeiros ataques”; as sirenes “não paravam de tocar no centro de Trípoli e no bairro de Tajura”, registrou a AFP.
A ponto de, na terça-feira 22, Rússia, China e Índia, em comunicados separados, advertirem sobre a morte de numerosos civis em consequência dos bombardeios aéreos cometidos sob alegação da “Resolução 1973” e denunciarem o banho de sangue. Também a Alemanha – que havia se abstido da votação da “zona de exclusão aérea” - tirou seus navios e pessoal do Mar Mediterrâneo do controle da Otan, para não se meter na aventura de uma guerra contra a Líbia. Outros países, inclusive o Brasil, fizeram apelos por um cessar-fogo. A União Africana – de que Kadafi foi o principal instigador - manteve sua posição de defesa “da soberania e integridade territorial da Líbia”.
Quanto a quem assassina e quem protege civis, são os próprios autonomeados protetores vindos do norte que revelam, às vezes em atos frustros. O vice-almirante-do-ar que comanda pelo Reino Unido o ataque gabou-se na quarta-feira de que suas forças alcançaram “a quase impunidade” no espaço aéreo líbio. “Quase impunidade” – se isso não é uma confissão de um criminoso de guerra, o que mais seria?
Embora os dois pilotos do F-15 dos EUA que se esborrachou no chão dificilmente compartilhem dessa alegria. Aliás, nem o primeiro-ministro inglês, David Cameron, aquele que não esconde – nem seus dois ministros - sua vontade de matar Kadafi. “Não dá para despejar democracia de 40.000 pés de altura”, disse na semana passada. É. Não dá para extrair petróleo a partir do alto, de B-2, nem de F-18. E com um milhão de armas nas mãos do povo ....

ANTONIO PIMENTA

Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)Conheça o G23 Presidente

sexta-feira, 18 de março de 2011

Presidente da França Defende Herança Católica Europeia.

Prof. Dr. Felipe Aquino

Diante de um triste cenário europeu que apresenta um forte laicismo
anti-católico, com grandes ofensas ao Papa Bento XVI e outras
blasfêmias, destaca-se o pronunciamento do Presidente Francês, Nicolas
Sarkozy, que, com todas as letras, disse que a França tem o dever de
compartilhar com todos, "sem complexos nem falso pudor a magnífica
herança cristã" que se manifesta na civilização, na história e na
cultura do país.

A França sempre foi chamada de a “a filha mais velha da Igreja”,
porque o primeiro rei bárbaro que se converteu à fé católica foi
Clovis, que no ano 496 foi batizado pelo bispo de Reims, São Remígio.
Trezentos anos depois, com o imperador cristianíssimo Carlos Magno, a
Igreja firmou ainda mais a fé católica em seu solo, com o advento do
Sagrado Império Romano da Nação França.

Agora, felizmente, vemos o Presidente Francês desagravar a Igreja
Católica de tantas ofensas que têm recebido na Europa, de uma maneira
estúpida que não quer reconhecer o fato histórico conhecido de todos
os historiadores: a Europa atual é fruto do trabalho de cerca de dez
séculos da Igreja Católica, que salvou a Civilização Ocidental quando
os bárbaros dominaram o Império Romano do Ocidente em 476.



Em discurso na quinta-feira 2/3/2010, em Le-Puy-en Velay, na sua
visita à Catedral de Compostela, o Presidente Sarkozy falou da sua
alegria ante a "majestade sorridente" e a beleza dos lugares marcados
pela herança cristã de séculos de história aonde também se aprecia "um
formidável caminho espiritual para o Céu".

Fala do Catolicismo.

O presidente francês deixou claro que cada uma das cidades da França
"não seria hoje o que são aos olhos dos franceses e aos olhos do resto
do mundo sem suas catedrais ao redor das quais convergem sempre fiéis
e turistas". E disse que "esta herança nos obriga. Esta herança é uma
oportunidade, mas acima de tudo um dever. Estamos obrigados por esta
herança. Obriga-nos porque não somente devemos transmiti-la às
gerações que nos sucederão mas devemos assumir esta herança sem
complexos e sem falso pudor".



E o presidente afirmou que proteger o patrimônio cristão da França,"é
resistir, à ditadura do presente, à ditadura do imediato e, diria, à
ditadura do intercambiável onde tudo vale o mesmo e nada é mais
valioso".



E anunciou que, por isso, "a partir deste ano terão início outros
projetos, como o da abadia de Clairvaux (Claraval), outro lugar
excepcional e testemunho vivo da contribuição da Cristandade à nossa
civilização. Ao dizer isto não faço mais que recordar uma evidência: o
aporte da cristandade à nossa civilização". E deixou claro que
"sempre é perigoso amputar a memória".



"Se renunciarmos a transmitir a herança, se existir a tentação de não
transmitir nada, não nos lamentemos pelos resultados, mas se a ambição
é transmitir muito, o resultado nos surpreenderá".



O presidente da França ressaltou logo que "a Cristandade nos deixou
uma magnífica herança de civilização e de cultura: aos presidentes de
uma república laica. Posso dizer isto, porque é a verdade. Não faço
proselitismo, mas simplesmente observo a história do nosso país".



Assim o Presidente francês resgata a verdadeira honra da França ao
reconhecer que sem a Igreja Católica esta grande nação não seria o que
é hoje.


Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)Conheça o G23 Presidente

terça-feira, 15 de março de 2011

Para aprender a conversar com o Senhor.

PERGUNTE E RESPONDEREMOS 555/Setembro 2008

Santos e Místicos

Gabrielle Bossis, uma grande mística do séc. XX

"ELE E EU - VIVER COM DEUS"

Sem nenhum estardalhaço publicitário como fazem as grandes editoras por ocasião
de seus "bestsellers", tantas vezes medíocres, a Editora Quadrante publicou ano passado um
pequeno livrinho Ele e Eu - Viver com Deus, de autoria de Gabrielle Bossis. Tal lançamento
não pode passar desapercebido do público católico, pois trata-se de uma pequena jóia da
espiritualidade, uma grande obra mística, que pode fazer muito bem às almas sedentas. De
fato, o livrinho lançado no Brasil é uma antologia, tendo sido a seleção dos textos feita por
Paulo Monteiro Ramalho.

O livro de 11 x 16,5 cm tem só 84 páginas. A edição completa em francês (Lui et
moi - entretiens spirituels, Beauchesne, Paris) compreende sete pequenos volumes (10,5 x
18 cm), totalizando 1.228 páginas. O 1º volume (1949) está na 60ª edição (1997).

Gabrielle Bossis (1874-1950) era até agora desconhecida no Brasil. Foi uma católica
francesa, natural de Nantes, onde sempre viveu, mais exatamente em Fresne sur Loire, a
cerca de 60 quilômetros daquela cidade. Leiga, permaneceu solteira, apesar de numerosos
pedidos de casamento. De família abastada, sempre teve um bom padrão de vida, vivendo de
rendimentos deixados pelos pais, o que lhe permitiu também muitas obras de caridade.

Sua família era muito religiosa e ela estudou num colégio de freiras. Era a mais
moça de quatro irmãos. Em 1898 perdeu o pai, passando a morar com a mãe e uma irmã,
igualmente solteira. Muito viva e expansiva, era extraordinariamente dotada para todas as
formas de arte: pintura, música escultura, canto, trabalhos manuais, dança.

Gostava dos esportes da época: bicicleta e equitação. Não era de uma beleza clássica,
mas tinha muito charme, sendo inteligente, dinâmica e alegre. Conciliava seus sentimentos
religiosos com uma vida social um pouco refinada.

Em 1908 morreu sua mãe e em 1912 faleceu a irmã. Passou a morar sozinha.
Trabalhou num atelier de decorações litúrgicas para as Missões, que ela ajuda com
importantes contribuições. Ensinou regularmente catecismo e participou em outras atividades
paroquiais. Obteve o diploma de enfermeira, que exerceu durante a Primeira Guerra Mundial.

Em 1923 Gabrielle está com quase 50 anos. Eis que o pároco de Fresne, que a
conhecia desde a adolescência e tinha seguido seu crescimento espiritual, lhe pede que
escreva uma peça teatral para os jovens. É um tipo de apostolado meio desconhecido no
Brasil, mas muito difundido na época na França: peças teatrais edificantes, em nível paroquial.
Ela escreve uma peça em que ela própria vai atuar, cantando e dançando com vários jovens
paroquianos, atores improvisados. A representação conquista o público e o pároco organiza
diversas outras representações e empresta a "troupe" o outras paróquias, tendo sempre um
grande sucesso. Começa a missão de Gabrielle de escritora e atriz. De 1923 a 1936 vai compor

16 comédias em três atos e 14 "saynètes" ou balets. Todas têm um sentido moral e reflexões
espirituais, sendo apresentadas em teatros paroquiais e de movimentos religiosos.

Ela sempre atua nos espetáculos. Vai ficando famosa e viaja com seu grupo amador
por toda a França, até 1948, quando pela idade e por seu estado de saúde tem que parar. As
peças teatrais são editadas e os livros tornam-se um grande sucesso de venda, recebendo
vários prêmios. Os constantes deslocamentos a obrigavam muitas vezes a dormir nos
trens ou num banco nas estações ferroviárias, tinha que renunciar ao sono e a refeições
regulares, suportar o calor tórrido e o frio glacial. Tudo visava o apostolado. As despesas
eram todas pagas com seu bolso. E sabia conciliar o intenso trabalho com uma vida de
oração constante. Em 1936, após 13 anos de apostolado em cena, com 62 anos de idade,
Gabrielle aceita um convite para apresentações no Canadá. Até então ela não tinha nenhum
diário, era muito impetuosa e dinâmica para se observar e se descrever. Eis que na viagem
de ida num grande transatlântico, começa a escrever um diário da viagem. É aí que irrompe
com muita naturalidade uma Voz sobrenatural em sua vida. Ela se põe à escuta da Voz e
começa o diálogo, que coloca no papel. "Ele e eu". É o diálogo de Jesus com Gabrielle. Certas
descobertas recentes parecem revelar que estes diálogos com a Voz divina são de fato
anteriores a 1936, mas neste ano é que os diálogos se acentuaram e passaram a ser habituais.
Neste momento é que seus escritos se transformam em mensagens, em autêntica missão:

"Eu não te peço se não isso: "escrever". Não é muito difícil?

Eu estou contigo. Seja Minha fiel. Eu sou teu Fiel".

"Quanta doçura nos primeiros diálogos transcritos por Gabrielle", diz Lúcia
Barocchi, biógrafa de Gabrielle Bossis. "É a época em que quase que o Senhor a "corteja", em
que quer conquistar todo lugar no seu coração para ligá-la a Ele. Ternamente responde às suas
perguntas, participa de seus problemas, entra quase que na ponta dos pés nas situações
humanas mais humildes. É comovedor perceber esta divina sensibilidade no timbre cheio de
benevolência e delicado, que Gabrielle registra". Depois a pressão torna-se cada vez maior,
mais exigente, busca conduzi-la para uma vida sempre mais profunda, ávida de união eterna.
De página em página o Interlocutor invisível dispensa uma delicada lição de Amor que orienta
Gabrielle no caminho das virtudes fundamentais e a encoraja a tentar os esforços decisivos
para seu crescimento interior. O Senhor que a deseja longe do mundo e das
distrações "mundanas", a lança contudo no mundo do apostolado teatral, em que sua atenção
era toda para Ele, para que ela lhe traga almas. Ele a exorta sempre à vida de oração - e
mesmo no turbilhão de sua vida com muitas viagens ela será fiel à via-sacra cada manhã, uma
hora de adoração, a Hora santa nas quintas-feiras, visitas repetidas ao Santíssimo
Sacramento, o Angelus e o Rosário, a missa diária, o que a obriga por vezes a grandes
sacrifícios (estando na Córsega, teve um domingo que caminhar sete quilômetros a pé para
poder ir à missa):

"... Eu oferecia os perfumes intensos desta terra Córsega à Santíssima Virgem, e como
não sentisse a fadiga da subida contínua, Ele me disse: Vês que tudo é fácil no Amor. E eu
sentia Sua Presença à minha esquerda."

A Voz divina exorta igualmente Gabrielle à mortificação do espírito e da

carne, "cilícios" em todos os sentidos.

O diário vai sempre prosseguindo. Ela não fala quase dos acontecimentos de sua
vida, ignorando acontecimentos que se passam em volta, como a Segunda Guerra Mundial,
registra quase que apenas diálogos espirituais. Muita coisa escreve de joelhos durante a Hora
Santa semanal na igreja paroquial. A salvação das almas, a paixão pelos pecadores, a vida
sacramental, a caridade, tudo está lá na lição deste Mestre que ensina o amor e pede o amor.
Ele a todo momento manifesta sua ternura. Há páginas de muita profundidade e simplicidade.
Há algo com Santa Teresa do Menino Jesus - nascida um ano antes dela - e seu caminho da
infância espiritual.

Mas será mesmo Cristo que fala a Gabrielle? Ela mesma tem momentos de dúvida,
considerando sua indignidade. Mas a própria Voz vence suas dúvidas:

"O pensamento de tua indignidade te faz duvidar que seja Eu que te fala? Não teme, se
verá bem que não é por causa de teus méritos que Eu te falo, mas pela necessidade de Minha
misericórdia.

Duvidas que seja Eu? Faz como se fosse verdade... Que é que escreverias se eu não te
ditasse?"

Patrick de Laubier, professor da Universidade de Genebra, membro leigo do Pontifício
Conselho Justiça e Paz (nos últimos anos foi ordenado sacerdote), autor de várias obras, entre
as quais "Jesus, mon Frère", ensaio sobre as conversas espirituais de Gabrielle Bossis, observa
que ela, sem formação teológica particular, teria sido incapaz por si mesma de tratar, como
trata, de pontos de ordem espiritual e teológica particularmente importantes, recebendo
uma notável iluminação. "Como escrever mil e cento e quatro páginas de conversações sobre
tantos assuntos sem cometer nenhum erro teológico, com uma felicidade de expressão e uma
profundidade espiritual tão original, sem o atribuir Àquele que lhe fala? Se notará, aliás, a
dificuldade para Gabrielle Bossis de crer em sua missão e de medir a extraordinária vocação à
qual foi chamada". Laubier vê no diário de Gabrielle Bossis como mensagem particularmente
importante o Amor universal de Cristo e diz que a particularidade mais revolucionária de Ele
e Eu reside na constante tensão "missionária" de Cristo, que quer quase "ultrapassar" o limite
para se unir a nós, para nos converter. Gabrielle não é tanto aquela que recebe, mas a que
retransmite as mensagem ardentes que Cristo lança a cada um de nós.

De fato, as mensagens de Cristo não são dirigidas unicamente a Gabrielle e ele a partir
de 24 de outubro de 1944 começa a pedir a publicação delas em livro. Gabrielle concorda,
desde que seu nome não aparecesse. Um papel importante na publicação da obra terá o
Pe. Alphonse de Parvillez, SJ (1881 -1970), autor espiritual conceituado, colaborador da
revista "Études", conhecido por sua ligação com o grande escritor Daniel-Rops (colaborou
para a sua volta à Igreja e o orientou para a História da Igreja). Ele é amigo de Gabrielle desde
1929 e fica encarregado de encontrar um editor. Os tempos difíceis da guerra impedem
isso. Só em 1948 o Pe. de Parvillez vai encontrar a editora, a conhecida Beauchesne. Nesse
ínterim, o próprio bispo de Nantes, Mons. Villepelet, mostra interesse e mesmo impaciência
pela publicação. Quando ela recebe as provas do livro, o Interlocutor divino abre-se numa
comovedora efusão, "uma das mais belas páginas do diário" para Lúcia Barocchi:"Sim, fica

muito alegre e reza para que cada uma destas linhas tenha sua ressonância de passos nas
almas. Oh, Minha Filha, podes saber o caminho que terá este livrinho? Pede-me para ir aos
mais miseráveis, estes paralíticos espirituais, estes desolados sem esperança, estes mudos
diante de Deus, estes possuídos do desejo de dinheiro. Pede que Eu passe por intermédio
deste livrinho como Eu passava outrora, curando, atraindo a Mim.. (...) Ah! Que venham se
alimentar nele e respirar mais forte!".

A obra sai em julho de 1949 com prefácio do bispo Mons. Villepelet, apresentação
do Pe. Jules Lebreton, SJ, antigo decano da Faculdade de Teologia do Instituto Católico de
Paris e introdução do Pe. de Parvillez, SJ. Nenhum dos três se pronuncia sobre a origem divina
das locuções, mas garantem a perfeita ortodoxia e utilidade dos textos. O Pe. Lebreton nota
que Gabrielle, tendo se perguntado se as palavras que anotava vinham do Senhor ou dela
mesma, Cristo lhe responde: "Mas mesmo que estas palavras saíssem de teu natural humano,
não sou eu que criou este natural? Não deves tu tudo tornar a levar a mim? De mim, a raiz
de teu ser. Minha pobre filhinha". E o Pe. Lebreton acrescenta: "A dúvida era legítima; mas a
resposta foi boa. É preciso acrescentar que Deus, que criou a alma, a santifica e a move por
sua graça. Mais a vida espiritual se desenvolve, mais esta ação é poderosa, mais também ela é
manifesta. O termo ao qual aspira o cristão que quer ser inteiramente fiel à graça, é descrito
em toda verdade por São Paulo: "Não sou eu mais que vivo, é Cristo que vive em mim". O Pe.
de Parvillez explica por sua vez a natureza da obra: "São "palavras interiores", percebidas por
uma alma como vindas de Cristo, e notadas por ela logo. Nada de aparições, nem de audição
externa; tudo se passa além do mundo dos sentidos, numa região mais profunda".

Enfim, o livro alcança bastante sucesso e Gabrielle começa - ainda convalescendo
de uma cirurgia para a retirada de um tumor no seio - a preparar logo um volume II com o
material de seus cadernos. Ela está com 76 anos.

Sente-se fatigada. Em março de 1950 os médicos descobrem que o tumor atingiu
os pulmões. Gabrielle Bossis morre, depois de muitos sofrimentos, mas de forma muito
consciente, num dia significativo: na noite da festa de "Corpus Christi, 9 de junho. É sepultada
com o hábito de terciária franciscana, num túmulo por ela escolhido anos antes e no qual
mandara gravar a seguinte inscrição: "Oh, Cristo, meu irmão \ trabalhar junto de Ti \ sofrer
contigo \morrer contigo \ sobreviver em Ti".

O II volume de "Ele e Eu” sairá em dezembro de 1950, com um belo prefácio de Daniel
Rops (que consta da antologia publicada agora em português pela Quadrante). Os volumes III
a VII foram saindo gradualmente, até 1953, organizados pelo Pe. de Parvillez, a partir dos dez
cadernos deixados por Gabrielle. O vol. VI é precedido de uma biografia de Gabrielle por sua
amiga, a sra. Pierre de Bouchaud.

De 1953 para cá a obra de Gabrielle Bossis tem feito seu caminho, embora sem muito
estrondo. A autora vai se tornando conhecida. O conceituado "Dictionnaire de Spiritualité"
a menciona no verbete "Palavras interiores" ("Paroles intérieures"), de André Derville, que
lembra outras místicas do séc. XX e a compara a Santa Brígida da Suécia, Santa Gertrudes
Magna, Santa Catarina de Sena, Santa Margarida Maria Alocoque, Marina de Escobar,

Maria di Agreda. Em 1999 Patrick de Laubier publica seu ensaio teológico, que

acima mencionamos, "Jesus mon frère", e em 2005 sai na Itália uma biografia mais completa
de Gabrielle, "Luit e Gabrielle Bossis", de Lúcia Barocchi, figura conhecida do laicato
italiano (o cardeal Camillo Ruini escreve o prefácio do livro). Está agora surgindo na França
uma "Associação Gabrielle Bossis", montando um site (www.gabriellebossis.fr) em que se pede
orações pela beatificação de Gabrielle. Que a obra da Quadrante tenha o sucesso que merece
e que um dia possa ser publicado na íntegra em português o livro de Gabrielle Bossis.

Para concluir, percorramos alguns dos textos de "Ele e Eu - Viver com Deus"
(Quadrante):

20 de janeiro de 1939. Soissons. "Difunde a alegria por onde quer que passes". Na
minha solidão, pensava comigo mesma: "Ah, se Ele estivesse comigo neste vagão". Ele: "Tu
não me vês, mas estou aqui. Sempre estou contigo" (p. 14).

13 de janeiro de 1939. "Aumenta, aumenta a intensidade dos teus sentimentos de Fé,
de Esperança e de Caridade! Pensas que, se me pedisses com freqüência que te faça santa, Eu
poderia deixar de atender-te? Exercita-te na esperança e na reparação, pois não há arte que se
possa adquirir sem exercício" (p. 16).

19 de dezembro de 1936. "Há momentos em que duvidas de que seja Eu quem te fala,
tão simples e tuas próprias te parecem as minhas palavras. Mas por acaso não somos tu e Eu
uma e a mesma coisa?" (p. 17).

Argel, 23 de abril de 1937. "Não te canses de Mim. Eu não me canso de ti" (p. 20).

1937. Admirava-me de que Ele me tivesse cumulado de tantos bens durante toda a
minha vida, ao passo que a outras... Enfim disse-me com suma delicadeza: "Perdoas-me por
ter-te amado tanto?" (p. 21).

1938. "Diz-me bom-dia a cada amanhecer, logo que acordares. Como se estivesses
entrando no céu" (p. 26).

21 de maio de 1938. Nantes, de volta a casa. "Que se possa julgar a tua alma pela
ordem da tua casa" (p. 36).

1937. "Quando recebes com um sorriso as pequenas contrariedades da vida diária,
curas as minhas chagas" (p. 41).

12 de maio de 1937. "Eu ando à procura de sofrimentos que se queiram unir aos
meus" (p. 42).

1938. Eu pensava na morte e me perguntava: "Que farei [nessa hora]? Serei capaz, ao
menos, de dizer bom dia ao meu Deus? Ele, com vivacidade: "Serei Eu quem te desejará bom-
dia" (p. 45).

1e de abril de 1938. No metrô: "Fala comigo, fala comigo!" (p. 51).

25 de maio de 1937. Renne, no trem: "Por que haverias de viver na solidão, se Eu
quero que vivas em público? E depois, com muito carinho: "Minha filhinha tão amada leva-

me, leva-me aos outros. Sobrenaturaliza" (p. 52).

1938. "Com os outros, podes falar pensando em outra coisa, mas comigo, não!" (p.
55).1940. Na bela igreja do século XIII. "Evita pensar que Eu exijo que as almas sejam perfeitas
para recebê-las no meu Coração. Dai-vos a mim com todas as vossas misérias e negligências e
com as vossas faltas de cada momento. Reconhecei-as aos meus pés e pedi perdão por elas, e
estai seguros de serdes os filhos queridos do meu Amor" (p. 60).

19 de abril de 1940. "A Eucaristia é o presente do céu; nada tem valor neste mundo
fora dela" (p. 65).

D. José Palmeiro Mendes, OS



Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)Conheça o G23 Presidente

terça-feira, 8 de março de 2011

Para pensar

"Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam.



Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)Conheça o G23 Presidente

Dia internacional das mulheres


Dia internacional da mulher.
A mulher que eu tenho por modelo, não é a mulher libertaria, mas é a mulher da Fé. A mãe de Jesus Cristo, mulher judia e mãe do cristianismo, por isso considerada mãe da Igreja fundada por ELE. A Igreja tem por mãe uma mulher judia. Nunca esqueça. E Essa MULHER DEU A LUZ AO MUNDO.
Mas a cada dia que passo eu me entristeço com as mulheres de minha geração. Elas eram as primeiras em rebeldia. Hoje velhas, sozinhas, sem filhos que lhes respeitem ou netos, pois suas filhas não quiseram gerar filhos, e há mesmo as que, odeiam os homens, a começar por seus pais.
Encontrei um padre que chegava da Polônia e ele me contou os programas de fertilidade daquele país, que já vê um índice alarmante de queda da fertilidade com decréscimo de sua população. Somem a isso os da Itália, França, Canadá e Uruguai, que são os que eu já ouvi falar... E nós no Brasil assassinamos pelo aborto milhares de crianças. É o mundo que estamos vivendo.
Mas eu amo as mulheres, a começar por minha mãe, e quero lhes prestar uma homenagem diferente. Fiz uma conta.
Pensei, meu pai e minha mãe tiveram pais e mães, e eles meus avos tiveram pais e mães, e assim por diante. Então eu peguei o texto bíblico que ao discorrer sobre a ascendência de Cristo, fala em 14 gerações. Então vejam: eu, minha mãe e meu pai, meus avos, bisavós etc. até a décima quarta geração somam trinta e duas mil setecentas e sessenta e seis pessoas. Divididas por dois encontrarei o número de homens e mulheres, que viveram, amaram, lutaram, adoeceram e tiveram pelo menos um filho ou filha para que eu pudesse estar aqui no Planeta. Portanto dezesseis mil trezentas e oitenta e três mulheres deram suas vidas para que esse inútil (wallacereq) estivesse aqui escrevendo esse texto.
Como então não amá-las? Esse número somente em 14 gerações. Portanto a maternidade é a chave da vida, e a maternidade, ainda é dos dons femininos o mais precioso e caro para a manutenção da vida. Somente superada em dignidade por aquelas mulheres que ofertam esse precioso dom, em troca do serviço religioso a Deus. Assim quero crer.
Então o que eu amo na mulher? Eu amo na mulher a MATERNIDADE, sem a qual nós não estaríamos aqui. Exagero? Creio que não.
Mas me dei ao trabalho de calcular, apenas para mostrar que não sabemos nada do passado. Você sabe? Então me diga o nome dos casais da décima geração da sua ascendência, por exemplo. Fale-me algo, sobre a vida deles... viu?
Pois é. Eu amo as mulheres (principalmente as santas) e a sua maternidade, potencial ou real, desde o inicio da criação. Fecundas, amantes de seus filhos, são como estrelas a iluminar a minha sofrida e incompreendida vida.
Uma homenagem especial à mãe de nosso filho...Mulher “judia”,...em todos os sentidos.
wallacereq@gmail.com



Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)Conheça o G23 Presidente

quarta-feira, 2 de março de 2011

Requião no Senado.

Requião leva experiência paranaense para Comissão de Educação

O senador Roberto Requião foi eleito, nesta quarta-feira, 23, presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal. Em sua fala de posse, Requião disse que vai trazer para a CE a experiência vitoriosa do Paraná no setor educacional, que recebeu a avaliação máxima do Ministério da Educação, durante o seu governo.
Como primeira iniciativa, Requião propôs, e a Comissão aprovou, convite ao ministro ao ministro Paulo Haddad, do MEC, para que participe da próxima da CE, dia 15 de março, a fim de debater com os senadores o trabalho do Ministério. Em poucos minutos, Haddad respondeu positivamente ao convite. Requião disse que, como governador do Paraná (2003-2010) manteve um ótimo relacionamento com o MEC e afirmou que a Comissão deverá manter um contato permanente e ativo com o Ministério.



Wallacereq@gmail.com

Requião no Senado.

Requião leva experiência paranaense para Comissão de Educação

O senador Roberto Requião foi eleito, nesta quarta-feira, 23, presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal. Em sua fala de posse, Requião disse que vai trazer para a CE a experiência vitoriosa do Paraná no setor educacional, que recebeu a avaliação máxima do Ministério da Educação, durante o seu governo.
Como primeira iniciativa, Requião propôs, e a Comissão aprovou, convite ao ministro ao ministro Paulo Haddad, do MEC, para que participe da próxima da CE, dia 15 de março, a fim de debater com os senadores o trabalho do Ministério. Em poucos minutos, Haddad respondeu positivamente ao convite. Requião disse que, como governador do Paraná (2003-2010) manteve um ótimo relacionamento com o MEC e afirmou que a Comissão deverá manter um contato permanente e ativo com o Ministério.




Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)Conheça o G23 Presidente

Homme de Terrain

Considérant l'importance de la campagne.
Homme de terrain.

Mon fils ou être un agriculteur. Une volonté rare aujourd'hui.
Il s'avère que mon fils est né dans la ville et a eu une vie sur le terrain que nous avions moi et mes frères. Il n'a tout simplement pas savoir ce qu'est une exploitation agricole, leurs joies et leur sueur, leurs avantages et leurs inconvénients. C'est pourquoi une telle étrange vocation.
Il semble que les gens tous les jours peu de gens veulent vivre la vie à la campagne. Migrent chaque année par milliers dans les villes. Pourquoi?
Sans plus d'étudier la question et un peu mon histoire personnelle, joindre un peu de causes.
La responsabilité première pour le phénomène migratoire des années 50 ici, les militaires. Ces jeunes gens se retiraient de la campagne vers les villes et leur a offert un environnement qui les convainc de ne pas retourner à l'endroit d'origine.
Deuxièmement les enseignants et le système éducatif national qui diffusent une idéologie, un ensemble de valeurs qu'ils voient dans l'homme et du citoyen urbain "université" objectif et un miroir, presque un synonyme de progrès individuel et l'amélioration financière.
Troisièmement phénomène contribue à l'économie ces dernières années et le type d'industrialisation et de services adaptés à la nécessité pour l'exportation ainsi que le domaine de la mécanisation et la monoculture qui expulsent les travailleurs ruraux. Resultado, migração. Résultat, la migration.
Quatrièmement, la cupidité des propriétaires fonciers, les systèmes bancaires et de l'assistance déloyale de la part des gouvernements de rendre la vie très difficile pour les petites propriétés. Enfin, nous avons les moyens de communication, en particulier dans les deux dernières décennies, la vente de la ville, sa «morale», ses fantasmes, son confort, sa multiplicité professionnels montrant une classe sociale idéalisée et irréelle la vie économique.
D'autre part, ces mêmes médias omettent considérant l'importance du champ, ou délibérément se moquer de lui détruire les valeurs paysannes.
Mais rappelez-vous, tout le monde mange. Et personne ne veut planter, entretenir le bétail et l'élevage, le stockage, l'irrigation des terres ... enfin en prenant soin de la terre ... qui est beaucoup plus que de préserver intact .
Tout le monde voit le problème commence à enfler, le gonflement des villes, l'évitement du champ et une diminution de la nourriture dans le phénomène presque universel.
Brasiliens Nous ne peux m'empêcher de voir que nous avons le meilleur espace hydro-agricoles et d'élevage du monde. Ceci est notre vraie richesse. Dans un avenir noir hommes ne boivent pas d'essence, ou de manger de dollars ou de roubles, ou en yens, mais bien la qualité du papier-monnaie. Ne sont pas non digérés dans les ordinateurs, les automobiles, à l'hôpital de sérum ou de vitamines synthétiques et des canons. La poudre a un goût horrible.
Tout indique que nous avons encore besoin de temps et aura besoin d'un bon plat de nourriture. Qui aura le plus besoin de la richesse.

Aménager, réaménager et de Parana au Brésil, les gens aiment la campagne, à la dignité du métier d'agriculteur et le paysan, le créateur de la vie et la santé, est un test d'intelligence et de vision de l'avenir, il est presque une sauvegarde du Brésil et peut-être le monde entier .


Wallacereq@gmail.com





Nova postagem do Grupo de Estudos G 23 ( Curitiba Paraná Brazil)Conheça o G23 Presidente