domingo, 28 de fevereiro de 2010

A Igreja de Óculos Escuros.

A Igreja de óculos escuros.
Quem não tem colírio usa óculos escuros diz o refrão. Era uma alusão à irritação dos olhos. Olhos irritados prejudicam a visão.
Se não em engano no dia 22 de Fevereiro a Igreja festejou São Pedro, o pescador judeu, mártir e o primeiro Papa da Igreja. Esse homem, nos diz a Bíblia, recebeu as chaves que guardam o Magistério do Cristianismo. Ao recebê-las de Cristo ouviu: “ Pedro tu és a pedra, e sobre ti erguerei minha igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão sobre ela”. O que estou querendo dizer com isso? Estou dizendo que a Igreja não sucumbirá ao mal.
Mas há vezes, que eu me vejo confundido, como se a Igreja andasse com os olhos irritados, escondidos por óculos escuros, que lhe protegem dos fatos reais, mas não a isenta de alguma perda de visão.
A nova Campanha da Fraternidade nos diz que não é possível servir a dois senhores ao mesmo tempo, assim sendo não podemos servir ao dinheiro e a Deus. Logo em seguida, proporá o ecumenismo, numa contradição flagrante, que no meu humilde entender, é justamente, servir não a dois senhores, mas a muitos senhores. E muitas doutrinas.
Você não entendeu? Jesus fundou uma igreja. Deu-lhe a guarda de sua doutrina. Assim surgiu a palavra grega católico, ou seja, que congrega, catalisa, os cristãos em uma só cabeça visível, Cefas (Pedra), o tal Pedro a quem Jesus chamou e disse “Sobre ti erguerei minha Igreja”.

Mas o que faz o ecumenismo dito moderno. Digo moderno porque o ecumenismo tradicional nada mais queria dizer que “Terra habitada por Cristãos”, Assim tivemos vinte e tantos Concílios Ecumênicos. Alguns muito antes do surgimento do evangelismo ( protestantismo).
Mas o ecumenismo hoje significa diálogo entre confissões cristãs. Ora nisso esta a contradição: o ecumenismo manda, ou melhor, aconselha em nome da PAZ, "reduzir a doutrina nos pontos de conflito",( será?) de modo a seguir um cristianismo com muitas cabeças, muito senhores. Ora, então, não servir ao dinheiro e a Deus, mas ao mesmo tempo em contradição servir as igrejas que são verdadeiros cultos ao dinheiro e a doutrinas estranhas, entre elas o ataque a Nossa Senhora?
Às vezes eu me pergunto se o ecumenismo não é aquele dragão com dez cabeças do qual nos fala São João em Apocalipse? Querendo devorar a Igreja e seu Filho!
Então eu fico olhando essa Igreja de óculos escuros, moderna, com alguma desconfiança, porém não com desespero, pois foi Cristo Nosso Senhor quem disse: E as portas do Inferno não prevalecerão sobre ela.

Fico assim silencioso num ato de confiança, embora em minha confiança haja alguma reserva, pois como dizia meu pai: Não ultrapasse sem visão perfeita. Ou como disse Cristo: Não tentarás o Senhor Teu Deus.

Já que é assim, eu tiro meus óculos escuros e cubro meus olhos com óculos de grau. Quero ver.

Qual é o caminho? Seguir a Pedro, ou seguir tantas cabeças e doutrinas diferentes que levou Luther a comentar sobre seus "Pastores": " cada cabeça uma sentença".
Um imenso dragão com suas muitas cabeças, cada um baforando os seus erros com cheiro de enxofre.
Wallacereq@Gmail.com


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sábado, 27 de fevereiro de 2010

27 de Fevereiro.

Como o texto que estava aqui éra uma bobagem, eu aproveito o título.
Hoje é aniversário de minha mãe.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O retrato do absurdo.

O retrato do absurdo.
A mente humana é mesmo um show.
Da observação das fezes de um cachorro, o lápis de Deus, esboça o retrato do absurdo.

Vamos tomar por base o texto bíblico: “Ganharas o pão de cada dia com o suor de teu rosto”.
A unanimidade, dos teólogos, atribui a essa frase a descrição da necessidade que todos temos do trabalho para o próprio sustento. Não há no texto bíblico, outra referência de finalidade do trabalho a não ser o sustento da vida.
Eu observava as fezes dos animais, e intuitivamente percebi que são mais leves, menos mal cheirosas e mais absorvíveis pelo meio ambiente que as humanas. Vemos também intuitivamente que comemos muito em relação aos animais, e transformamos o que comemos em fezes. Fétida e pesadas fezes. Ora, do que comemos muito pouco é absorvido pelo corpo. O corpo retira do que comemos e bebemos um pequena parcela, e a maior parte torna-se dejeto úmido e descartável.
Sendo assim, não é difícil compreender que transformamos o suor do rosto, o nosso trabalho, e o nosso dinheiro em merda. Sim, gastamos muito em inúteis comidas, que não alimentam e que uma vez processadas são eliminadas do corpo; fossemos nós algo como uma indústria, e os economistas já haveriam decretado sua insustentabilidade. Interessante.
Nutrição não se confunde com alimentação.
Os animais irracionais no habitat natural parecem se nutrir mais adequadamente que os homens ( A da Silva Mello ).
Não seria ocaso de perguntar se nós fossemos mais atentos, mais racionais ou instintivos ( dependendo do resultado) nos apetites, se na verdade não economizaríamos muito, e não aproveitaríamos mais os nutrientes, e poluiríamos menos, e viveríamos mais, se, como os animais, comecemos para saciar a necessidade e não a gula?

A carcaça dos animais, em sua grande maioria fede menos que a dos homens. Os cadáveres dos seres humanos fedem muito, e apodrecem rapidamente. Não é isso um indicativo de nossa total inadequação do que comemos? Se for possível cientificamente pesar o que comemos e bebemos, e o que expelimos em termos de urina e fezes, descontada a transpiração e respiração (perdemos muita água pela respiração), acabaríamos por concluir que há comida de sobra no mundo, comida suficiente para que ninguém passe fome, no entanto, como porcos, transformamos tudo em um excesso de fezes. O homem transforma na verdade 90% de seu trabalho em MERDA. Retrato do absurdo.
Assunto para os nutricionistas.

Quem assistiu ao filme: “O Último Imperador”, haverá de lembrar que o médico do pequeno imperador cheirava e examinava suas fezes e assim mudava seu cardápio. Podemos provar, hoje, que os chineses comem muito menos do que nós e aproveitam muito mais sua alimentação. Ou seja, “cagam” menos, o que redunda em dizer que aproveitam mais o seu trabalho. Ou seja, gastam menos energias para mais trabalho.

Uma analise funcional da “maquina” humana e sua economia operacional, ( aproveitamento do combustivel) haveria de ser um programa experimental de governo, vinculado ao Ministério da Saúde, Energia e Trabalho que repassariam ao fim, ao Ministério da Educação a “reeducação” alimentar de todos.
Parece loucura? O tempo dirá que não.
Wallacereq@gmail.com.

OBS: A China tem dez vezes a nossa população, porém, não tem dez vezes o nosso território. A minha curiosidade seria saber quanto em termos de peso, os chineses comem em media por dia. Isso, possivelmente, provaria que os brasileiros, comem, em peso, muito mais, e se nutrem muito menos. Será?
Voce não gostaria de saber? Por exemplo que área a China tem plantada? Qual sua população urbana, o que fazem com as fezes de quase dois bilhões de pessoas?
Será que eles nada tem a nos ensinar?
Wallacereq@gmail.com

O Jejum educa.

Para concordar ou discordar.
O jejum educa.

Já vimos em um dos nossos textos que a frustração é o inicio da sociabilidade. A frustração tem limites fisiológicos e mecanismos inversores. Por exemplo: a fome mobiliza para a satisfação dessa necessidade. No caso de uma criança de colo, se ela, a fome, for muito severa, o corpo, em uma reação inversa, alimenta-se de si mesmo desenvolvendo conseqüências de ordem psicológicas. Não vou desenvolver aqui. No caso de um animal carnívoro a fome estimula a agressividade e coloca o animal em prontidão para a caça, o abate, e a satisfação. Superado esse limite, o animal torna-se evasivo, amuado, mostrando-se abatido quase como se de caçador se tornasse caça. Demonstra fraqueza, enquanto o corpo alimenta-se de suas reservas. Mas a criança ainda não manifestou, e o animal não tem razão e voluntariedade. Vivem do impulso.
Esses impulsos existem, em graus educáveis, nos homens.
Todavia, as Sagradas Escrituras nos falam de Jejum. Não nos falam apenas, aconselham, e Jesus chega a assinalar a sua importância ao dizer: Esse tipo de demônio só se expulsa com oração e jejum. Vivemos em um tempo de pouca crença, e falar em demônio (mau espírito) parece besteira, algo de pouca realidade cientifica e pouco profissional; muito mais nos escandaliza se vindo de um psicólogo clinico.

Porém o jejum voluntário tem alcance psicológico espantoso.

O que faz o jejum voluntário?

A sede e a fome são sensações produzidas pela frustração. São fundadas em instintos profundos dos mais necessários para a manutenção da vida. Sede, fome e respiração. Realiza-se fisiologicamente e se revela ao campo da consciência como uma “fissura”. O controle consciente dessa fissura é o educar o impulso, no caso, educar os impulsos mais fortes de corpo, mais fortes que o sexo, pois esse depende da saúde geral do corpo e só aparece na puberdade assim como diminui seu apetite com a idade, enquanto a respiração, a sede e a fome permanecem enquanto vivemos. O Jejum Voluntário, assim, educa esses dois impulsos, os quais submetidos fortalecem a vontade humana no domínio da fissura dos demais impulsos instintivos. Tudo indica, educar a respiração é educar a emoção, é educar a alma. Todos já ouviram falar de “vontade de ferro”, força de vontade, etc. Ora isso faz referência ao domínio que uma pessoa tem sobre seus impulsos. Como vimos superficialmente acima, ao dominarmos e educarmos a fome, nós dominamos a agressividade, a vitalidade reacional, a intempestividade. Ao dominarmos voluntariamente a sede, dominamos o mal estar que nos proporciona todo o esforço físico que nos consome água e açucares. Sem precisar descer aos detalhes fisiológicos, podemos notar que o homem treinado no jejum, tem um domínio sobre a vida instintiva em nível superior, ora isso em termos psicológicos nos denuncia maior racionalidade em detrimento da impulsividade, e em termo religioso maior espiritualidade sobre o domínio da carne sobre a personalidade. Como, já vimos em outro texto, à frustração é o principio de toda a socialização, a antecipação ou retardo, ou seja, controle voluntário sobre a frustração faz do individuo muito mais sociável sob o ponto de vista psicológico, e muito mais espiritualizado sob o ponto de vista religioso, pois a vontade da alma impera no domínio das necessidades carnais, sem, no entanto anulá-las, mas as submetendo à vontade e a razão educa-os; e isso se traduz sem esforço em conhecimento e autoconhecimento. (o Cristianismo nos ensina que somos uma unidade indissolúvel de alma e carne, de tal modo necessárias uma à outra, que esperamos pela ressurreição da carne, pois a alma permanece num estado incompleto na morte física, separada de sua carne).
Que vantagens teriam sobre o homem moderno esse domínio sobre os seus impulsos mais profundos e sua “fissura”? Um homem se livraria ou evitaria muitos de seus vícios. Um homem saberia controlar e bem utilizar sua sexualidade. Um homem educaria positivamente sua agressividade, um homem teria mais equilíbrio emocional, mais coerência intra-psíquica, mais domínio de si.
Ora, se Deus nos fez racionais e livres na vontade, nos ensinou lógica e naturalmente a submeter pela vontade a nós mesmos, e em conseqüência exercer os jogos de sujeição /domínio que dizem respeito à socialização. Dominar-se significa submeter o corpo ao espiritual no ponto de vista religioso, e o instintivo ao racional no campo psicológico. No entanto Jesus ao sublinhar a importância do jejum, o vincula a expulsão de um tipo de demônio, ou seja, a sujeição e domínio de outro espírito. Ou melhor, o domínio próprio tem ação sobre o domínio alheio. Como Deus nos criou para o Bem através do Fim Ultimo do Homem, ou seja, a salvação de sua alma, uma possessão, pelo contrário, de um individuo é o domínio de uma vontade maligna sobre a alma humana, e através dela sobre seu corpo. A alma submetida enfraquece no seu domínio moral e esse domínio sobre a moral individual se manifesta através do corpo, não só pela superação do instintivo sobre o racional, mas sobre o mal sobrepondo o bem individual, repetindo o mecanismo de inversão, que pode levar o cidadão ao suicídio. A morte de si mesmo se apresenta para o suicida como remédio para o sofrimento e licença contra as frustrações, ou seja, o individuo já não suporta, a si e seus limites, ao outro e seus limites, e a Deus e a imposição moral de seus limites.

Julga escapar e se condena.

Desde que a criança deixa o ventre materno, onde vivia sem a sensação de peso, mergulhada em um espaço de pressão quase constante do liquido que a envolve, temperatura constante, recebendo alimentos, líquidos e “respiração” pelo cordão umbilical, seu nível de frustração era mínimo, embora haja quem discorde sob o ponto de vista psicológico. atribuindo traumas, de vida intra-uterina, podemos dizer, com mais segurança, e com mais simplicidade, que o nascer, separa e frustra. A temperatura muda há agora a sensação de peso, surge à fome e a sede, os pequenos músculos fazem mais esforço para mover-se donde se conclui que a frustração e não a satisfação é o motor da socialização. Ora se o nível de frustração era baixo no útero materno havia satisfação em nível elevado, mas sociabilidade zero, assim a frustração (* entendida por alguns, como reforço negativo) é que moldará à luz, os comportamentos de relação com a mãe, outras pessoas e com as coisas. Ora, a oração nos coloca em harmonia com a vontade de Deus e o jejum voluntário nos submete a Deus e desenvolve AUTORIDADE sobre demônios. (sobre espíritos maus).

OBS: donde podemos traduzir a exortação de Jesus: Aquele tipo de demônios, só se expulsa pela Oração e Jejum, ou seja, só se expulsa pelo perfeito contacto com a vontade de Deus e pelo perfeito domínio de Si (Jejum). É Deus quem opera, mas opera através de um instrumento humano que tenha coerência para, em sua carne, não oferecer resistência a Autoridade de Deus. O Jejum, portanto, fortalece a autoridade da vontade sobre as “fissuras” do corpo. Isto é socializar-se.


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sábado, 13 de fevereiro de 2010

Uma Chama que se apaga. Uma alma e um juizo eterno.

Wallace, gostaria que você informasse no seu bloq o falecimento de Otavio Canhão Bernardes, grande escultor Angolano com obras em praças do Lobito e aqui em Curitiba na Praça Fernando Pessoa com a obra a chama da poesia, é verbete no dicionário da Adalice Araújo.Morreu hoje dia 13 de fevereiro às 6hs da manhã, estava no Rio de Janeiro desde novembro de 2009,para tratamento de saúde junto com sua filha e esposa.

Um grande abraço, Maristella Della Giacoma


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Uma Chama que se apaga. Uma alma e um juizo eterno.

Wallace, gostaria que você informasse no seu bloq o falecimento de Otavio Canhão Bernardes, grande escultor Angolano com obras em praças do Lobito e aqui em Curitiba na Praça Fernando Pessoa com a obra a chama da poesia, é verbete no dicionário da Adalice Araújo.Morreu hoje dia 13 de fevereiro às 6hs da manhã, estava no Rio de Janeiro desde novembro de 2009,para tratamento de saúde junto com sua filha e esposa.

Um grande abraço,Maristella Della Giacoma



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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Licença, senhores. Licença é isso.

Oktoberfest (relato de uma jovem traida pela ilusão do mundo)


Essa é nossa realidade!!Cuidado com nossos filhos!!!
Eis aqui um testemunho autêntico.
Meu nome é Patrícia, tenho 17 anos, e encontro-me no momento quase sem forças, mas pedi para a enfermeira Dane minha amiga escrever esta carta que será endereçada aos jovens de todo o Brasil, antes que seja tarde demais:
Eu era uma jovem 'sarada', criada em uma excelente família de classe média alta Florianópolis. Meu pai é Engenheiro Eletrônico de uma grande estatal e procurou sempre para mim e para meus dois irmãos dar tudo de bom e o que tem e melhor,inclusive liberdade que eu nunca soube aproveitar.
Aos 13 anos participei e ganhei um concurso para modelo e manequim para a Agência Kasting e fui até o final do concurso que selecionou as novas Paquitas do programa da Xuxa. Fui também selecionada para fazer umBook na Agência Elite em São Paulo.
Sempre me destaquei pela minha beleza física, chamava a atenção por onde passava. Estudava no melhor colégio de 'Floripa', Coração de Jesus. Tinha todos os garotos do colégio aos meus pés.
Nos finais de semana freqüentava shopping, praias, cinema, curtia com minhas amigas tudo o que a vida tinha de melhor a oferecer às pessoas saradas, física e mentalmente.
Porém, como a vida nos prega algumas peças, o meu destino começou a mudar em outubro de 2004. Fui com uma turma de amigos para a OKTOBERFEST em Blumenau.Os meus pais confiavam em mim e me liberaram sem mais apego. Em Blumenau, achei tudo legal, fizemos um esquenta no'Bude', famoso barzinho na Rua XV.
À noite fomos ao 'PROEB' e no 'PavilhãoGalego' tinha um show maneiro da Banda Cavalinho Branco.Aquela movimentação de gente era trimaneira''.
Eu já tinha experimentado algumas bebidas, tomava escondido da minha mãe o Licor Amarula, mas nunca tinha ficado bêbada. Na quinta feira, primeiro dia e OKTOBER,tomei o meu primeiro porre de CHOPP.
Que sensação legal curti a noite inteira 'doidona', beijei uns 10 carinhas, inclusive minhas amigas colocavam o CHOPP numa mamadeira misturado com guaraná para enganar os 'meganha', porque menor não podia beber; mas a gente bebeu a noite inteira e osotários' não percebiam.
Lá pelas 4h da manhã, fui levada ao Posto Médico, quase em coma alcoólico, numa maca dos Bombeiros.. Deram-me umas injeções de glicose para melhorar. Quando fui ao apartamento quase 'vomitei as tripas', mas o meu grito de liberdade estava dado. No dia seguinte aquela dor de cabeça horrível, um mal estar daqueles como tensão pré-menstrual. No sábado conhecemos uma galera de S. Paulo, que alugaram um ap' no mesmo prédio. Nemimaginava que naquele dia eu estava sendoapresentada ao meu futuro assassino. Bebi um pouco no sábado, a festa não estava legal, mas lá pelas 5:30 h da manhã fomos ao 'ap' dos garotos para curtir o restante da noite. Rolou de tudo e fui apresentada ao famoso baseado 'Cigarro de Maconha', que me ofereceram.
No começo resisti, mas chamaram a gente de 'Catarina careta', mexeram com nossos brios e acabamos experimentando. Fiquei com uma sensação esquisita, de baixo astral, mas no dia seguinte antes de ir embora experimentei novamente.O garoto mais velho da turma o 'Marcos', faziacarreirinho e cheirava um pó branco que descobri ser cocaína. Ofereceram-me,mas não tive coragem naquele dia.Retornamos a 'Floripa' mas percebi que alguma coisa tinha mudado, eu sentia a necessidade de buscar novas experiências, e não demorou muito para eu novamente deparar-me com meu assassino 'DRUGS'.Aos poucos, meus melhores amigos foram se afastando quando comecei a me envolver com uma galera da pesada, e sem perceber, eu já era uma dependente química, a partir do momento que a droga começou a fazer parte do meu cotidiano.
Fiz viagens alucinantes, fumei maconha misturada com esterco de cavalo, experimentei cocaína misturada com um monte de porcaria.
Eu e a galera descobrimos que misturando cocaína com sangue o efeito dela ficava mais forte, e aos poucos não compartilhávamos a seringa e sim, o sangue que cada um cedia para diluir o pó.
No início a minha mesada cobria os meus custos com as malditas, porque a galera repartia e o preço era acessível. Comecei a comprar a 'branca' a R$ 10,00 o grama, mas não demorou muito para conseguir somente a R$ 20,00 a boa, e eu precisava no minimo 5 doses diárias.
Saía na sexta-feira e retornava aos domingos com meus 'novos amigos'. Às vezes a gente conseguia o 'extasy', dançávamos nos 'Points' a noite inteira e depois... farra!
O meu comportamento tinha mudado em casa, meus pais perceberam, mas no início eu disfarçava e dizia que eles não tinham nada a ver com a minha vida...
Comecei a roubar em casa pequenas coisas para vender ou trocar por drogas...Aos poucos o dinheiro foi faltando e para conseguir grana fazia programas com uns velhos que pagavam bem.Sentia nojo de vender o meu corpo, mas era necessário para conseguir dinheiro. Aos poucos toda a minha família foi se desestruturando.Fui internada diversas vezes em Clínicas de Recuperação.Meus pais, sempre com muito amor, gastavam fortunas para tentar reverter o quadro.Quando eu saía da Clínica agüentava alguns dias, mas logo estava me picando novamente. Abandonei tudo: escola, bons amigos e família.Em dezembro de 2007 a minha sentença de morte foi decretada; descobri que havia contraído o vírus da AIDS, não sei se me picando, ou através de relações sexuais muitas vezes sem camisinha.
Devo ter passado o vírus a um montão de gente, porque os homens pagavam mais para transar sem camisinha.
Aos poucos os meus valores, que só agora reconheço, foram acabando, família, amigos, pais, religião, Deus, até Deus, tudo me parecia ridículo.
Meu pai e minha mãe fizeram tudo, por isso nunca vou deixar de amá-los.
Eles me deram o bem mais precioso que é a vida e eu a joguei pelo ralo. Estou internada, com 24 kg, horrível, não quero receber visitas porque não podem me ver assim, não sei até quando sobrevivo, mas do fundo do coraçãopeço aos jovens que não entrem nessa viagem maluca...Você com certeza vai se arrepender assim como eu, mas percebo que é tarde demais pra mim.
OBS.: Patrícia encontrava-se internada no Hospital Universitário de Florianópolis e a enfermeira Danelise, que cuidava de Patrícia, veio a comunicar que Patrícia veio a falecer 14 horas mais tarde depois que escreveramessa carta, de parada cardíaca respiratória emconseqüência da AIDS.
Por favor, repassem esta carta. Este era o último desejo de Patrícia.
POR FAVOR AMIGOS, PEÇO-LHES ENCARECIDAMENTE QUE ENVIEM ESSA CARTA A TODOS...SE ELA CHEGOU A SUA MÃO NÃO É POR ACASO! SIGNIFICA QUE VOCÊ FOI ESCOLHIDO PARA AJUDAR ALGUÉM!!!




Colaboração Lineu Santos.
Wallacereq@gmail.com

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Janela Aberta para o espaço.... da Arte.




Wallacereq@gmail.com